"Me informaram que um avião que voava da Ucrânia para Istambul tinha sido sequestrado e que os sequestradores queriam aterrissar em Sochi", disse Putin no documentário, divulgado uma semana das eleições presidenciais.
Em seguida, Putin consultou seus assessores de segurança, que o informaram que nesses casos o plano de emergência indica que a única opção era derrubar a aeronave, na qual viajavam 110 passageiros.
Aparentemente, os pilotos do Boeing 737 da Turkish Pegasus Airlines - que voava da cidade ucraniana de Kharkiv com destino a Istambul - informaram que um dos passageiros portava uma bomba e que tinham que mudar de rota e se dirigir a Sochi.
Então, pouco antes de chegar ao Estádio Olímpico de Fisht, com mais de 40 mil lugares, viajando em um ônibus junto a vários membros do COI para a abertura dos Jogos, Putin ordenou aos militares que "atuassem de acordo com o plano", ou seja, que abatessem o avião.
O diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB), Alexander Bortnikov, reconheceu que a aviação russa foi mobilizada com a missão de impedir que esse avião entrasse em território nacional.
Putin afirma no documentário que não contou nada às pessoas que o acompanhavam no ônibus e tentou tranquilizá-las. O presidente russo também revelou que só soube que se tratava de uma ameaça falsa depois de vários minutos, quando já se encontrava no interior do estádio.
"Depois tive um segundo informe no qual o próprio chefe de segurança me disse que tinha sido uma piada de um bêbedo e que o avião se dirigia à Turquia e em breve pousaria", comentou.
Perguntado sobre como se sentiu ao saber da boa notícia, Putin respondeu que era melhor não falar disso.
A Rússia mobilizou navios de guerra, baterias antiaéreas e dezenas de milhares de policiais e tropas para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos de Inverno mais caros da história, que tinham sido ameaçados pela guerrilha islâmica do Cáucaso.
EFE
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