Filipe Martins - A VIDA NO ENTREMEIO: ENTRE O IMANENTE E O TRANSCENDENTE

"O amor sui (o amor próprio) deve ser quebrado pelo amor dei (amor a Deus), que é capaz de direcionar o homem à sua origem divina e ao seu destino cosmogônico, mas essa quebra do amor sui não depende exclusivamente da vontade humana; sua mais importante precondição é a intervenção de Deus, e a certeza de que ela efetivamente ocorreu será sempre um dos mistérios da vida de um cristão, inacessível ao escrutínio empírico. (...) A quebra, ou superação, do amor sui só pode ser obtida mediante a combinação do esforço humano com a ação indomável da graça divina" — (Eric Voegelin, From Enlightenment to Revolution, Cap. 2, p. 47)

"Dois amores construíram duas cidades: a terrena, o amor próprio até o desprezo de Deus; e a celeste, o verdadeiro amor de Deus até o desprezo de si" — (Agostinho, Cidade de Deus, 14, 28)

"Digo, porém: andai em espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o espírito, e o espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis" — (Apóstolo Paulo, Gálatas 5:16-17)

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