Igual ao traído apaixonado, não importa o quão fatual sejam as evidências. Você, ao avisar da perfídia, será tratado como instrumento de intriga. Caso encontre uma pessoa de um metro e trinta e diga que ela é baixa, será tachado como alguém de péssima visão. Isso tudo já é ruim, agora potencialize em uma cidade pequena, onde existam, na cabeça de limitados afetivos, duas frentes agremiativas.
Paixão político-partidária invalida a discussão, por seu grau de comprometimento: os fatos não interessam, só a narrativa tendenciosa. É aquele jogo de cartas marcadas: ainda que o jogador honesto seja habilidoso, seu contrário já determinou o resultado da partida.
A frase: "Quem dá em Chico, bate em Francisco" só pode receber validade se AMBOS estiverem errados, no entanto o politicamente correto só aceita tratar o certo e o errado como errados. "- Se você falou mal do meu querido, fale do outro também!". - Mas e se o outro não estiver errado no assunto tratado?
- Não interessa, tem que bater!"
Ao passional é mandamento a coerção informativa, só é possível publicar notícias favoráveis do queridinho do momento, ou para desvio de foco, acusar-se a ausência delas. Do povo também podem vir pessoas sem ética.
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