Tóquio, Seul e Pequim prometem colaborar sobre questão da Coreia do Norte
Os líderes do Japão, China e Coreia do Sul apoiaram nesta quarta-feira o acordo alcançado entre Pyongyang e Seul para conseguir a "completa desnuclearização" e uma paz duradoura na península coreana, e se comprometeram em colaborar para conseguir estes fins.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, o premier chinês, Li Keqiang, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, concordaram em juntar forças nessa direção em uma cúpula trilateral realizada hoje, em Tóquio, e centrada no processo de diálogo aberto com Pyongyang para levá-lo a abandonar suas armas nucleares.
Abe destacou a "importância" do acordo intercoreano para a paz e a estabilidade na região, e destacou que compartilha com Pequim e Seul "a posição comum de atender as sucessivas resoluções das Nações Unidas para solucionar o problema norte-coreano".
O primeiro-ministro japonês também pediu "passos concretos" a Coreia do Norte para sua desnuclearização, que, aparentemente, aludiu a necessidade de manter as sanções impostas pela comunidade internacional sobre Pyongyang, um ponto onde os três países vizinhos discordam.
Já o premier chinês destacou "a boa direção" que o diálogo na península avança, e expressou seu apoio a "todas as partes que aproveitem este momento para resolver o conflito".
Li afirmou que Pequim "fará todos os esforços para atingir a desnuclearização" da Coreia, ressaltou a importância de trabalhar com Seul e Tóquio "para atingir uma cooperação estável e saudável" e confiou no bom andamento do diálogo entre Pyongyang e Washington.
O presidente sul-coreano apontou o "grande apoio" expressado por Li e Abe à chamada "Declaração de Panmunjom" assinada entre Seul e Pyongyang na cúpula do último dia 27 de abril, uma posição em que há um "completo acordo", e prometeu fazer "todo o possível" para implementar este pacto.
A reunião foi a primeira cúpula trilateral entre estes países vizinhos após uma época marcada pela piora dos seus laços, especialmente de Seul e Pequim com Tóquio, que é acusado de minimizar as atrocidades do Japão Imperial durante a colonização dos dois países no século XX.
Arábia Saudita anuncia apoio à decisão de Trump de deixar pacto com o Irã
A Arábia Saudita afirmou nesta terça-feira que apoia a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do acordo nuclear firmado com o Irã em 2015.
"O reino (saudita) reafirma seu apoio e dá boas-vindas à estratégia que foi anunciada pelo presidente dos EUA a respeito do Irã", disse o governo através da agência estatal "SPA".
A "SPA" destacou que o governo da Arábia Saudita espera que a comunidade internacional adote uma "postura positiva e unida" em relação ao Irã e aos "atos agressivos" do país, que abalam a estabilidade do Oriente Médio.
A Arábia Saudita é um dos principais rivais do Irã na região e acusa Teerã de interferir nos assuntos dos países vizinhos, sobretudo no Golfo Pérsico, apoiando movimentos armados xiitas.
Os sauditas eram contrários ao acordo nuclear desde sua assinatura em 2015, o que fez com que as relações entre Riad e Washington se deteriorassem até a chegada de Donald Trump ao poder.
Trump anunciou hoje que os EUA deixarão o acordo nuclear com o Irã e voltarão a impor sanções contra a República Islâmica, medidas que foram suspensas devido ao pacto, por considerar que há provas de que Teerã mentiu quando disse que seu programa atômico tinha fins pacíficos.
Netanyahu felicita Trump por abandonar pacto nuclear com o Irã
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, felicitou nesta terça-feira o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela sua decisão de deixar o pacto nuclear com o Irã e voltar a impor sanções a esse país, imediatamente depois que este fez seu anúncio em um discurso televisionado.
"O presidente Trump tomou uma decisão valente", disse Netanyahu, que agradeceu em nome de todos os israelenses as medidas do presidente americano "para conter a atitude agressiva do Irã".
"Trump tomou a decisão correta ao rejeitar o desastroso pacto, todos esses milhões de dólares com os quais em poucos anos teria podido construir um arsenal nuclear. O pacto só abre o caminho para que o Irã desenvolva um arsenal de bombas nucleares em alguns anos. Tirar as sanções não reduziu a agressão iranianoa e já produziu resultados desastrosos", argumentou.
Segundo o chefe do governo israelense, desde a assinatura do acordo em 2015 entre Teerã e o chamado Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, Alemanha, França e Reino Unido), o Irã aumentou "drasticamente" sua agressividade na região, como na Faixa de Gaza, no Iêmen e na Síria, "onde instala bases para atacar Israel".
"O Irã, apesar do pacto, fabrica mísseis balísticos" e "intensificou seus esforços para aumentar sua capacidade nuclear", denunciou.
Para Netanyahu, que se opôs ao acordo desde o primeiro momento e o criticou com dureza perante o Congresso americano no que representou um enfrentamento com o presidente anterior dos EUA, Barack Obama, mantê-lo em vigor "é uma receita para o desastre".
"Os israelenses agradecemos a Trump por sua valentia, sua decisão em frear a agressão iraniana, seu compromisso para garantir que o Irã não consiga armas nucleares, nem agora, nem em uma década nem nunca", sentenciou.
No seu anúncio do abandono do pacto nuclear, Trump indicou que Netanyahu revelou na semana passada provas do suposto arsenal nuclear iraniano.
A decisão de Trump é anunciada pouco depois de o exército israelense afirmar que está em alerta no norte do país perante a possibilidade de um ataque após ter detectado "atividade irregular das forças iranianas na Síria"..
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (8), por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima, há oito meses detido no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Ao rejeitar mais um pedido de liberdade do político, o relator, ministro Edson Fachin, destacou que ele continuou a praticar o crime de lavagem de dinheiro, ao deixar oculto R$ 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento em Salvador, mesmo enquanto cumpria prisão domiciliar.
Tal ato configurou “aparente lavagem de capitais de expressivas proporções, e isso após uma [prisão] preventiva ter sido substituída por domiciliar”, disse Fachin. Geddel Vieira Lima foi preso preventivamente em 2 de julho de 2017, no âmbito da Operação Cui Bono, mas 10 dias depois teve concedida a prisão domiciliar pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
O ex-ministro voltou a ser preso em 8 de setembro, depois de serem encontrados R$ 51 milhões dentro de malas e caixas de papelão no imóvel de um amigo, próximo a sua residência. A apreensão foi possível devido a uma denúncia anônima. Ao seguir o relator e votar para que Geddel continue preso, o ministro Celso de Mello destacou que um colaborador da Justiça relatou a destruição de provas enquanto o político se encontrava em prisão domiciliar.
“Os documentos foram todos picotados e colocados na descarga do vaso sanitário, isso demonstra o grave risco que há para a ordem pública conceder a liberdade a Geddel Vieira Lima”, disse Celso de Mello. Também acompanharam o relator os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
Mais cedo nesta terça-feira, também por unanimidade, a Segunda Turma decidiu abrir ação penal e transformar em réus por associação criminosa e lavagem de dinheiro Geddel Vieira Lima, seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), e a mão deles, Marluce Vieira Lima, de 84 anos.
Defesa
Durante sustentação oral nesta terça-feira, o advogado Gamil Föppel, que representa Geddel, afirmou não haver nenhuma hipótese de que o ex-ministro volte a cometer crimes, até porque “não ocupa nenhum cargo”. O defensor argumentou que a denúncia contra Geddel já foi apresentada pelo Ministério Público, motivo pelo qual também não haveria risco de que ele pudesse destruir provas.
Ao defender a soltura imediata de Geddel, o advogado afirmou que o político é alvo de “uma cruzada de perseguição dos órgãos de controle”, com o intuito de “demonizá-lo perante a opinião pública”.
Corpo de criança é localizado em escombros de prédio no centro de SP
A Arábia Saudita afirmou nesta terça-feira que apoia a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do acordo nuclear firmado com o Irã em 2015.
"O reino (saudita) reafirma seu apoio e dá boas-vindas à estratégia que foi anunciada pelo presidente dos EUA a respeito do Irã", disse o governo através da agência estatal "SPA".
A "SPA" destacou que o governo da Arábia Saudita espera que a comunidade internacional adote uma "postura positiva e unida" em relação ao Irã e aos "atos agressivos" do país, que abalam a estabilidade do Oriente Médio.
A Arábia Saudita é um dos principais rivais do Irã na região e acusa Teerã de interferir nos assuntos dos países vizinhos, sobretudo no Golfo Pérsico, apoiando movimentos armados xiitas.
Os sauditas eram contrários ao acordo nuclear desde sua assinatura em 2015, o que fez com que as relações entre Riad e Washington se deteriorassem até a chegada de Donald Trump ao poder.
Trump anunciou hoje que os EUA deixarão o acordo nuclear com o Irã e voltarão a impor sanções contra a República Islâmica, medidas que foram suspensas devido ao pacto, por considerar que há provas de que Teerã mentiu quando disse que seu programa atômico tinha fins pacíficos.
Netanyahu felicita Trump por abandonar pacto nuclear com o Irã
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, felicitou nesta terça-feira o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela sua decisão de deixar o pacto nuclear com o Irã e voltar a impor sanções a esse país, imediatamente depois que este fez seu anúncio em um discurso televisionado.
"O presidente Trump tomou uma decisão valente", disse Netanyahu, que agradeceu em nome de todos os israelenses as medidas do presidente americano "para conter a atitude agressiva do Irã".
"Trump tomou a decisão correta ao rejeitar o desastroso pacto, todos esses milhões de dólares com os quais em poucos anos teria podido construir um arsenal nuclear. O pacto só abre o caminho para que o Irã desenvolva um arsenal de bombas nucleares em alguns anos. Tirar as sanções não reduziu a agressão iranianoa e já produziu resultados desastrosos", argumentou.
Segundo o chefe do governo israelense, desde a assinatura do acordo em 2015 entre Teerã e o chamado Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, Alemanha, França e Reino Unido), o Irã aumentou "drasticamente" sua agressividade na região, como na Faixa de Gaza, no Iêmen e na Síria, "onde instala bases para atacar Israel".
"O Irã, apesar do pacto, fabrica mísseis balísticos" e "intensificou seus esforços para aumentar sua capacidade nuclear", denunciou.
Para Netanyahu, que se opôs ao acordo desde o primeiro momento e o criticou com dureza perante o Congresso americano no que representou um enfrentamento com o presidente anterior dos EUA, Barack Obama, mantê-lo em vigor "é uma receita para o desastre".
"Os israelenses agradecemos a Trump por sua valentia, sua decisão em frear a agressão iraniana, seu compromisso para garantir que o Irã não consiga armas nucleares, nem agora, nem em uma década nem nunca", sentenciou.
No seu anúncio do abandono do pacto nuclear, Trump indicou que Netanyahu revelou na semana passada provas do suposto arsenal nuclear iraniano.
A decisão de Trump é anunciada pouco depois de o exército israelense afirmar que está em alerta no norte do país perante a possibilidade de um ataque após ter detectado "atividade irregular das forças iranianas na Síria"..
Brasil
STF decide manter prisão preventiva de ex-ministro Geddel Vieira LimaA Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (8), por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima, há oito meses detido no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Ao rejeitar mais um pedido de liberdade do político, o relator, ministro Edson Fachin, destacou que ele continuou a praticar o crime de lavagem de dinheiro, ao deixar oculto R$ 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento em Salvador, mesmo enquanto cumpria prisão domiciliar.
Tal ato configurou “aparente lavagem de capitais de expressivas proporções, e isso após uma [prisão] preventiva ter sido substituída por domiciliar”, disse Fachin. Geddel Vieira Lima foi preso preventivamente em 2 de julho de 2017, no âmbito da Operação Cui Bono, mas 10 dias depois teve concedida a prisão domiciliar pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
O ex-ministro voltou a ser preso em 8 de setembro, depois de serem encontrados R$ 51 milhões dentro de malas e caixas de papelão no imóvel de um amigo, próximo a sua residência. A apreensão foi possível devido a uma denúncia anônima. Ao seguir o relator e votar para que Geddel continue preso, o ministro Celso de Mello destacou que um colaborador da Justiça relatou a destruição de provas enquanto o político se encontrava em prisão domiciliar.
“Os documentos foram todos picotados e colocados na descarga do vaso sanitário, isso demonstra o grave risco que há para a ordem pública conceder a liberdade a Geddel Vieira Lima”, disse Celso de Mello. Também acompanharam o relator os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
Mais cedo nesta terça-feira, também por unanimidade, a Segunda Turma decidiu abrir ação penal e transformar em réus por associação criminosa e lavagem de dinheiro Geddel Vieira Lima, seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), e a mão deles, Marluce Vieira Lima, de 84 anos.
Defesa
Durante sustentação oral nesta terça-feira, o advogado Gamil Föppel, que representa Geddel, afirmou não haver nenhuma hipótese de que o ex-ministro volte a cometer crimes, até porque “não ocupa nenhum cargo”. O defensor argumentou que a denúncia contra Geddel já foi apresentada pelo Ministério Público, motivo pelo qual também não haveria risco de que ele pudesse destruir provas.
Ao defender a soltura imediata de Geddel, o advogado afirmou que o político é alvo de “uma cruzada de perseguição dos órgãos de controle”, com o intuito de “demonizá-lo perante a opinião pública”.
Os bombeiros localizaram, por volta das 6h30 desta terça-feira (8), o corpo carbonizado de uma criança sob os escombros do prédio Wilton Paes de Almeida de 26 andares que desabou na madrugada da última terça (1º), no centro de São Paulo, após um incêndio atingir todo o edifício.
"Encontramos um corpo de pequeno porte que tinha sinais de carbonização e pode ser de uma criança. Há indícios de que outras vítimas possam ser encontradas na mesma região", disse Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros em São Paulo.
Os bombeiros trabalharam durante toda a madrugada retirando manualmente os escombros em um ponto região em frente ao antigo prédio. Eles concentraram as buscas após terem encontrado peças de roupas.
Esse é o segundo corpo localizado nos escombros. O primeiro foi o de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, conhecido como "Tatuagem", na sexta-feira (4). Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, Ricardo foi depois identificado por meio de impressões digitais. Áudio revelado pelo Fantástico e depois obtido pela reportagem mostra que Ricardo acionou o serviço de emergência da PM em busca de socorro no momento em que se viu encurralado pelo fogo. Ele chegou a ter o corpo amarrado pelos bombeiros, mas foi engolido pelo desabamento do prédio momentos antes do resgate.
No início desta semana, o número oficial de possíveis vítimas foi atualizado pelo Corpo de Bombeiros. Foram incluídos na lista dois homens: Artur Hector de Paula, 45, e Francisco Lemos Dantas, 56. A atualização se deu após parentes relatarem o desaparecimento deles. Já eram procurados a faxineira Eva Barbosa, 42, e o marido dela, Valmir de Souza Santos, além de Selma Almeida da Silva, 40, e seus filhos gêmeos, Wendel e Wender, 10. A prefeitura também diz que ainda não localizou o paradeiro de 49 pessoas que constavam na lista de habitantes da ocupação.
Na manhã desta terça-feira, as buscas aos desaparecidos, que continuam ininterruptas há oito dias, tiveram que ser suspensas após a localização desse segundo corpo. Isso porque o maquinário pesado que remove os escombros atingiu uma rede encanada de gás natural. Um vazamento foi registrado por volta das 6h10.
De acordo com a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), a rede afetada abastecia a igreja Martin Luther, que teve 80% de seu prédio destruído após a queda do edifício. "A equipe técnica adotou todas as medidas de segurança e eliminou o vazamento às 6h55", informou a Comgás.
Para os bombeiros, a região dos destroços onde os trabalhos estão concentrados é muito sensível. "Estamos no ponto crucial. Sabíamos que não haveria vítimas nos andares superiores, já que do 11º andar para cima ninguém morava. Acabamos de entrar nos andares abaixo disso, e vamos agir com cuidado para não causar danos", afirmou Palumbo.
Curto-circuito
Na semana passada, a polícia disse que, após ouvir uma testemunha, concluiu que um curto-circuito no quinto andar, provocado por excesso de aparelhos ligados em uma tomada foi a causa do fogo no prédio. No local havia quatro pessoas: marido, mulher e duas filhas.
O desabamento provocou ainda a interdição de cinco imóveis em seu entorno, sendo quatro prédios e a igreja. Segundo a Defesa Civil, todos os bloqueios são totais e não há previsão de liberação. Não foi encontrado risco iminente de colapso em nenhum deles, mas eles seguem monitorados pelo órgão.
Um desses imóveis é o edifício Caracu, localizado na rua Antônio de Godói, que foi liberado para a entrada de moradores pela primeira vez nesta sexta-feira. As pessoas puderam retirar pertences pessoais, como documentos e medicamentos, mas não puderam permanecer no local.
Também estão interditados a igreja, no número 34 da av. Rio Branco; um prédio, no largo do Paissandu, 132; e um edifício estreito da Antônio de Godói, que ficou com marcas das
chamas em sua fachada. Essa última construção conta como duas interdições por ter duas numerações (8 e 26).
Ex-funcionário de padaria no Cordeiro é preso por servir de informante para presidiário"Encontramos um corpo de pequeno porte que tinha sinais de carbonização e pode ser de uma criança. Há indícios de que outras vítimas possam ser encontradas na mesma região", disse Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros em São Paulo.
Os bombeiros trabalharam durante toda a madrugada retirando manualmente os escombros em um ponto região em frente ao antigo prédio. Eles concentraram as buscas após terem encontrado peças de roupas.
Esse é o segundo corpo localizado nos escombros. O primeiro foi o de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, conhecido como "Tatuagem", na sexta-feira (4). Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, Ricardo foi depois identificado por meio de impressões digitais. Áudio revelado pelo Fantástico e depois obtido pela reportagem mostra que Ricardo acionou o serviço de emergência da PM em busca de socorro no momento em que se viu encurralado pelo fogo. Ele chegou a ter o corpo amarrado pelos bombeiros, mas foi engolido pelo desabamento do prédio momentos antes do resgate.
No início desta semana, o número oficial de possíveis vítimas foi atualizado pelo Corpo de Bombeiros. Foram incluídos na lista dois homens: Artur Hector de Paula, 45, e Francisco Lemos Dantas, 56. A atualização se deu após parentes relatarem o desaparecimento deles. Já eram procurados a faxineira Eva Barbosa, 42, e o marido dela, Valmir de Souza Santos, além de Selma Almeida da Silva, 40, e seus filhos gêmeos, Wendel e Wender, 10. A prefeitura também diz que ainda não localizou o paradeiro de 49 pessoas que constavam na lista de habitantes da ocupação.
Na manhã desta terça-feira, as buscas aos desaparecidos, que continuam ininterruptas há oito dias, tiveram que ser suspensas após a localização desse segundo corpo. Isso porque o maquinário pesado que remove os escombros atingiu uma rede encanada de gás natural. Um vazamento foi registrado por volta das 6h10.
De acordo com a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), a rede afetada abastecia a igreja Martin Luther, que teve 80% de seu prédio destruído após a queda do edifício. "A equipe técnica adotou todas as medidas de segurança e eliminou o vazamento às 6h55", informou a Comgás.
Para os bombeiros, a região dos destroços onde os trabalhos estão concentrados é muito sensível. "Estamos no ponto crucial. Sabíamos que não haveria vítimas nos andares superiores, já que do 11º andar para cima ninguém morava. Acabamos de entrar nos andares abaixo disso, e vamos agir com cuidado para não causar danos", afirmou Palumbo.
Curto-circuito
Na semana passada, a polícia disse que, após ouvir uma testemunha, concluiu que um curto-circuito no quinto andar, provocado por excesso de aparelhos ligados em uma tomada foi a causa do fogo no prédio. No local havia quatro pessoas: marido, mulher e duas filhas.
O desabamento provocou ainda a interdição de cinco imóveis em seu entorno, sendo quatro prédios e a igreja. Segundo a Defesa Civil, todos os bloqueios são totais e não há previsão de liberação. Não foi encontrado risco iminente de colapso em nenhum deles, mas eles seguem monitorados pelo órgão.
Um desses imóveis é o edifício Caracu, localizado na rua Antônio de Godói, que foi liberado para a entrada de moradores pela primeira vez nesta sexta-feira. As pessoas puderam retirar pertences pessoais, como documentos e medicamentos, mas não puderam permanecer no local.
Também estão interditados a igreja, no número 34 da av. Rio Branco; um prédio, no largo do Paissandu, 132; e um edifício estreito da Antônio de Godói, que ficou com marcas das
chamas em sua fachada. Essa última construção conta como duas interdições por ter duas numerações (8 e 26).
Pernambuco
O ex-funcionário de uma padaria foi preso após repassar informações privilegiadas sobre o funcionamento do estabelecimento comercial a um detento, que acionou duas duplas para assaltar o comércio. Os integrantes das duas duplas não se conheciam e decidiram roubar o estabelecimento no mesmo horário e dia - no último 24 de fevereiro.
Pedro Paulo do Carmo de Oliveira foi identificado pela Polícia Civil de Pernambuco como o homem que facilitou a informação. O delegado responsável pelo caso, Carlos Couto, explicou como a polícia chegou até ele. "Em meio a confusão, no conforto das duplas, três aparelhos de telefone caíram no chão, dois eram dos bandidos e outro de um cliente. Dado momento um dos telefones toca e alguém pergunta se tinha dado tudo certo [era o Pedro Paulo], conseguimos deter ele em um bar na BR-101".
Segundo informações da Polícia Civil, um presidiário conhecido como Alexandre também está envolvido no caso. Ele repassou para uma das duplas informações do acumulado do caixa, de quem era os donos e funcionários da padaria. O delegado informou que as investigações continuam com diligencia para identificar não só a primeira pessoa que se chama Renato conhecido como galego ou pescador, a segunda dupla [Tiago e Geraldo] e o presidiário que serviu de elo para o assalto.
Entenda o caso
No dia 24 de fevereiro, a primeira dupla [Renato da Silva dos Anjos e Galego] chega por volta das 16h na padaria. Eles trancam o estabelecimento para subtrair pertences de funcionários e levam R$ 12 mil que estava no caixa. O problema é que quando estavam encerrando a ação a segunda dupla [Thiago de Souza Accioly e José Geraldo Cordeiro] chega ao local e há o confronto no interior da padaria e posteriormente na parte externa.
Boa parte do valor roubado foi recuperado pelo Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas, DHPP.
Thiago de Souza Accioly e José Geraldo Cordeiro da Silva respondem neste caso por roubo tentado a padaria. Os dois estavam sendo monitorados de forma eletrônica e se aproveitaram da saída temporada da unidade prisional para fazer esse assalto."José Geraldo e Thiago respondem a vários processos, são velhos conhecidos da policia, roubo, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa", afirmou em coletiva o delegado Carlos Couto.
Os quatro suspeitos fugiram do local no momento do assalto, sendo apenas Renato da Silva dos Anjos capturado pela Polícia. Renato e Pedro Paulo foram autuados em flagrante delito por roubo majorado pelo concurso de pessoas.
Em audiência de custódia no Tribunal de Justiça o ex-funcionário da padaria foi liberado e passou a chantagear os proprietários da padaria, mandando inclusive fotos simulando como se estivesse morto. "Houve uma nítida intenção de intimidar a vítima para não prestar nenhum depoimento contra ele", explica Couto.
A Unidade de Fauna da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) recolheu, nesta terça-feira (8), quatro animais silvestres encontrados na Região Metropolitana do Recife e em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Um quati, um mergulhão, uma coruja e uma iguana foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), no Bairro da Guabiraba, onde serão avaliados e preparados para o retorno à natureza.
O quati (Nasua nasua) adulto foi visto por moradores da comunidade Fernando Lyra, próxima ao Bairro Universitário, em Caruaru. Segundo os moradores, ele estaria se alimentando de calopsitas da vizinhança. A Prefeitura de Caruaru foi acionada e fez o resgate na tarde dessa segunda (7).
Em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, a CPRH recolheu o mergulhão (Tachybaptus dominicus) em um condomínio da praia de Conceição, no terraço de uma das casas de um privê que se situa próximo à PE-22 e a um manguezal, de onde a ave pode ter vindo.
Já a iguana (Iguana iguana) e a coruja-da-igreja (Tyto furcata) foram levados ao órgão ambiental estadual pelo biólogo Diego Victor, do projeto Trilogiabio, que faz resgate de animais silvestres. A iguana apareceu nos jardins da Associação de Fornecedores de Cana, na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. Já a coruja foi encontrada no domingo (6) por moradores do Conjunto Dom Helder Câmara, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. Os moradores chegaram a alimentar a ave. A Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Jaboatão realizou o resgate, e a equipe da Trilogiabio recolheu o animal.
Com EFE, folhape
0 Comentários