Helio Angotti Neto - Reflexões sobre a cultura "pop" dos heróis da Marvel

Por mais que a Marvel tente ser politicamente correta e tal, é impossível que filmes de super heróis não tenham fortes traços conservadores.

O vilão, o tal do Thanos, é um tipo de Stálin de nível intergaláctico, que julga poder controlar a sociedade, assim como todos os socialistas acreditam, e alcançar a perfeição por meio da aplicação da racionalidade "científica". Além disso, o vilão também possui fortes traços da ideologia de Thomas Malthus, ansiando pelo controle populacional planejado.

Lá está, do lado das trevas, o progressismo utilitarista, centralizador e planificador da sociedade.

Do lado dos mocinhos, permanece a ideia extremamente conservadora e cristã de que cada vida importa, e que não se negocia a vida de ninguém. Também subsiste a ideia do sacrifício pessoal em busca do bem do próximo. Da salvação pelo martírio.

Tais polaridades estão entranhadas tão fundo na religião, na realidade social e na psique humana que é extremamente improvável ver um filme, desenho ou narrativa heroica que não as repitam em maior ou menor grau.

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