Rodrigo Jungmann - Fatos sobre Israel:

Em homenagem a Valeria Rozen Scher:

UM ARGUMENTO SIMPLÍSSIMO E IRREFUTÁVEL A FAVOR DE UM ESTADO DE ISRAEL INDEPENDENTE, COM FRONTEIRAS SEGURAS E MAIORIA JUDAICA

Quem não sabe que há no Oriente Médio uma exígua faixa de terra habitada por judeus e palestinos, mergulhados num conflito aparentemente interminável?

Informo-lhes, para começo de conversa, que Israel nunca fez questão de expulsar os palestinos de lá.

Que opções sobram? Três e somente três.

1) Se o amigo é maluco e pensa que os judeus não têm direito algum a uma mísera gleba de terra em toda a região, informo-lhe que tal alegação carece de qualquer fundamento histórico e legal.

(Em havendo interesse do amável leitor, a partir de amanhã eu mostro a razão).

Se o amigo amalucado insiste, retruco que, de toda sorte, a existência de Israel é um fato consumado.

Israel e o seu povo só sairão das terras hoje ocupadas se os seus opositores quiserem promover um banho de sangue - quiça com os mísseis iranianos. Se o amigo deseja isso, eu não vou perder meu tempo com você.

2) Se, como Chomsky, o leitor se bate pelo estabelecimento de um único estado, a um só tempo árabe e judeu, e, notadamente, com o reintegração dos assim chamados refugiados dos conflitos de 1947 e 1948, cumpro o doloroso dever de adverti-lo de que seu plano, além de inviável, é traiçoeiro.

Israel não vai cometer suicídio demográfico. Não vai se deixar destruir pela simples força dos números, ajoelhando-se diante de um povo cuja taxa de crescimento populacional é grandemente maior do que a sua.

Não vai cair na armadilha que intenta, pretextando nobres intenções, transformar seu estado de facto secular e democrático em apenas mais um estado árabe - muito provavelmente só mais uma tirania fundamentalista.

O leitor pode até não gostar de judeu. Mas acha que judeu é trouxa? Poupe-me.

3) Se o amigo tem juízo na cabeça - ufa!!! - saberá que a única solução realista é o estabelecimento de dois estados: um judeu e um palestino, convivendo lado a lado com fronteiras seguras e reconhecidas.

Pois é.

Pena que os palestinos nunca tenham aceitado essa solução. Foi-lhes proposta a partição da área no Plano Peel em 1937, ainda sob o Mandato Britânico. Israel aceitou a proposta. Os palestinos rejeitaram-na.

O mesmo se dirá do Plano de Partição da ONU, de 1947, que levaria a criação do estado de Israel no ano seguinte. Os judeus aceitaram a coexistência de dois estados contíguos. Os palestinos e seus apoiadores árabes, não.

Ora, que diabos, Israel tinha apenas um dia de idade quando seus vizinhos tentaram invadi-la pela primeira vez em 1948!

Em 2000, em Camp David, e depois em Taba, sempre com a mediação de Bill Clinton, pareceu a muitos que o mundo respiraria aliviado. Ora, qual nada!

O premier israelense Ehud Barak concedeu a Yasser Arafat praticamente TUDO que ele pedia. Na verdade, Barak surpreendeu o mundo com a concessão de cerca de 97% dos territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias (1967) ao que poderia ter sido um nascente estado palestino, além da Cidade Antiga de Jerusalém e 30 bilhões de dólares em compensação aos refugiados.

Arafat quis a paz? Não. Pior que isso: mal retornado ao seu quartel-general, cuidou pessoalmente para que fosse lançada mais uma onda de terror.

A verdade nua e crua é que Israel quer a paz. A verdade pura e simples é que os inimigos de Israel desejam destruí-la. A verdade é que Israel respira civilização e que seus inimigos se comprazem no terror.

De resto, podem criticar Israel aí a vontade e marcar quem bem quiserem sob essa postagem. Eu marcarei os amigos de sempre. Desculpem se eu me esquecer de alguém.

Eu defendo Israel e defendo o seu direito de existir. Se alguém quiser atacá-la, eu a defenderei. E tenho dito.

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