O Brasil que eu quero é um Brasil sem subsídios, que causam distorções na economia. Mas, principalmente, sem "subzídios" - que causam contorções (e contrações) nos meus ouvidos.
Um Brasil que ampare quem viva da lavoura de subsistência, e ignore solenemente a de "subzistência" - que não existe.
Um Brasil sem o "poblema" dos "mendingos", que fazem qualquer coisa por um pão com "mortandela" (ou com "salchicha") – até queimar "peneu" nas greves e jogar "parelepípedo" nos grevistas – muitas vezes consumindo "tóchico", sem ter uma casa "própia", enquanto outros têm tantos "previlégios".
Um Brasil sem "estrupo", sem "manico" abrindo a "barguilha" no ônibus – e sem mulheres abusando das "fragâncias" da Jequiti ou acreditando na "supertição" de que ficam mais "afrodisicas" depois de ir ao "cabelereiro" ou tirar a "sombrancelha".
Fico muito "frustado" - subindo pelas paredes feito "largatixa" - por viver num país que tanto maltrata a ortoépia (*).
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O Brasil que eu quero é o Brasil em que os "adevogados", esses "ávaros", percam o direito de advogar, ainda que me modo "gratuíto" (de modo gratuito até poderiam, não fossem tão avaros).
Um país que acabe com a pouca-vergonha dos "púdicos", e valorize o pudor (ou o pundonor, ou a pudicícia) dos pudicos.
Sonho com uma nação onde os cartórios suprimam as "rúbricas", permitindo somente as rubricas.
O Brasil que eu quero é um Brasil que tenha pelo menos um Prêmio Nobel - jamais um "Nóbel". Que não faça cópias ridículas da Torre "Êiffel". Ridículas até podem ser, mas que sejam da Torre Eiffel.
Um Brasil em que a gente se recorde dos recordes, não dos "récordes". Em que todos se amem como recém-casados, jamais como "récem".
E, nesse ínterim, que a gente domine o vocabulário “interim” – porque é muito "rúim" viver num país que é tão ruim para com a prosódia (*).
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(*) Isto é um asterisco, não um "asterístico".
“Asterístico” é uma cacetada tanto na ortoépia (pronúncia correta das palavras) quanto na prosódia (acentuação tônica correta). É mister evitar.
E quem pronunciou “míster”, ainda que de modo “fortuíto”, é porque é mesmo, inexoravelmente (com som de "z"!) um algoz (com “ô”!) da língua portuguesa.
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