O que o movimento sofista dizia da filosofia era ser uma "agradável diletância de desocupados", ou seja, um tipo de atividade desprezível praticada apenas por apaixonados por especulações e que seria comparável com colecionar selos, discos e inutilidades do gênero.
Quando em política, os sofistas eram pragmáticos e materialistas: para eles a virtude e as leis não estavam conectadas com qualquer ordem cósmica ou Deus.
A ética sofista, desta forma estava muito pouco relacionada com a filosofia, chegando a afirmar que a lei fosse a conveniência pura.
Então vieram Sócrates com a maiêutica, Platão com a teoria das ideias, Aristóteles com toda sua criação, Jesus Cristo com a resposta existencial (na qualidade de Deus, não de filósofo); desenvolveu-se paralelamente de outro lado o Império Romano, no qual o direito alcançado após um milênio de desenvolvimento, através da filosofia grega e da religião judaico-cristã, e enfim, ainda na idade média a sociedade ocidental já estava pronta para ser fundada com filosofia (como método), religião (como fundamento) e direito (como norma).
Todos de acordo até aqui?! Espero que sim.
Neste cenário surgem os revolucionários franceses primeiro tentando destituir Deus, e logo em seguida um Karl Marx visando a religião cristã como alvo central de seu novo mundo projetado.
Oras, a revolução cultural posterior a Frankfurt veio, e o que sobrou entre seus adeptos, senão um bando de tresloucados, perdidos e angustiados, com as mesmas dúvidas existenciais de antes de Jesus Cristo e com idênticas dificuldades metodológicas anteriores a Sócrates?
Não foi Marx quem disse que os reacionários queriam "girar a roda da história para trás?!", é o contrário! São os marxistas que desejam voltar ao status quo pré-socrático!
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