Educação ambiental e mais:

Educação ambiental é também sociologia, política, geografia, história, antropologia e tudo mais.












Professora (sentada) Edite Medeiros, que escreveu e publicou o Livro da História de São José do Seridó-RN, aqui com 82 anos de idade, juntamente com familiares que a visitaram em 27 de julho de 2013; da esquerda para à direita: Carminha, Marlene, Nicolau, Socorro, Júlia e Akira.

Capa do Livro Escrito e publicado por Edite Medeiros, sobre a História de São José do Seridó-RN, mostrando parte do Brasão da Família Medeiros, natural de Açores, Portugal.

Hino da Cidade/município de São José do Seridó-RN, uma verdadeira História dessa terra e dessa gente, letra da Professora Edite Medeiros, sobrinha do Fundador da Cidade Joaquim Loló, Joaquim Manoel do Nascimento Medeiros.

É São José do Seridó; a Fazenda da Bonita de Joaquim Loló; e os donatários Inocêncio e José Quirino, nos legaram esse berço tão lindo.

Pelas águas do poço da Bonita, foi ali que tudo começou, os vaqueiros, rebanhos e tropeiros, desfrutando daquele sabor; um oásis em plena caatinga, lugar santo que nunca secou; em mil novecentos e dezessete, o povoado se iniciou.

Logo ergueu-se uma vila, à direita do rio São José; as famílias irmanadas, viram um sonho se tornar verdadeiro, São José da Bonita, este foi seu nome primeiro.

E em meio a tamanha euforia, na planície de uma grande malhada, em novembro deu-se a primeira feira, sob a sombra de uma grande latada. Homens fortes, pessoas de brio, sertanejos de mãos calejadas, que plantavam feijão, arroz e milho; 

Oh! Terra santa e abençoada; os Medeiros, os Quirino, os Balaios, Severos e Dantas; e muitos outros se doaram pela grandeza de nossa cidade; gente simples e altaneira, sobre tudo de amor e coragem.

E por mais de 46 anos, pertenceu a Jardim do Seridó; quando então nos emancipamos, sai BONITA e entra Seridó; São José que acolhe o migrante, és a terra do algodão mocó; és sinônimo de paz e sossego, os teus filhos adoram o teu pó;

Oh, Senhora Aparecida; que do alto Bonita nos vê; nos conduza nesta estrada, nos coloque mais perto de Deus; e São José, nosso Patrono, abençoai este povo que é teu.


Note Bem! Com relação a esta letra do Hino, com texto da professora Edite Medeiros, temos o dever de informar que decorridos 96 anos do início do povoamento de São José da Bonita, que muitos valores aqui enaltecidos já não fazem parte do cenário que se retratou na letra do hino: 
1) água do poço da Bonita, poço escavado no leito do rio São José, pelas enxurradas anuais, no qual os vaqueiros, rebanhos e tropeiros buscavam água doce, fresca, hoje é água (pouca) salgada, inadequada para o banho, para os bichos beberem, imprópria para irrigação de plantas, e parcialmente soterrado, e abandonado; 

2) já não se planta ALGODÃO no RN; 

3) Oh, Senhora Aparecida; trata-se de um oratório (que iremos mostrar) construído há cerca de 20 anos na frente da antiga (provável) casa da Fazenda Bonito, de Joaquim Loló, e portanto não fazia parte do povoado de 1917. O Sr Joaquim Loló e família eram devotos de São José, que inclusive ajudaram a construir a igreja matriz de São José.

Note Bem! O rio São José, que já foi rio temporário, está morto; passam-se até 3 anos sem ter água corrente no seu leito devido à redução no índice pluviométrico, por conta das agressões ambientais ao longo de dezenas de anos; não existem rios maiores no município; nos últimos 30 anos os governos federal e estadual (RN) cavaram dezenas de poços tubulares, tanto para abastecer a cidade, como a área rural de São José; por conta na redução na oferta de chuvas, e com o desmatamento incondicional das margens do rio e riachos, a infiltração de água das chuvas no terreno da caatinga impermeável diminuiu drasticamente, não havendo suprimento dos lençóis subterrâneos; a evaporação de água do solo que até final do Século XX era de 2,5L/m²/dia, mais que duplicou. 

Consequentemente todos os poços que abasteciam a área urbana se esgotaram, e em todo município de São José do Seridó os poços tem água salgada em processo de esgotamento: em SUMA: faliram todas as ideias que a comunidade científica e o governo BR apresentaram, ao longo de 100 anos, para enfrentar a seca em São José, e em todo Seridó RN/PB; dsoriedem.blogspot.com apresentou, nessa oportunidade da visita de 27/07/2.013, a pessoas da Família de Joaquim Loló que ainda moram nessa cidade, material informativo em CD, que aponta soluções inteligentes para EXTIRPAR a seca na área, com os recursos naturais disponíveis; resta torcer para que o material chegue às mãos de pessoas que desejam fazer o Seridó dar certo; a sorte de São José do Seridó-RN foi LANÇADA! Lembrando que não existe outra opção para se reverter o quadro de "secura".

Quarta imagem - Poço no rio São José, chamado de poço da Bonita, próximo à cidade de São José do Seridó-RN, na fazenda da Bonita que originou essa Cidade/município; Segundo a história esse poço que nunca seca, apesar de estar um uma das áreas mais secas do RN, escavado pela esporádicas enchentes no rio, era, no início da colonização, e ocupação dessas terras (para a agropecuária) a fonte segura de água para o gado beber e para se tomar banho, já que ainda não havia os grandes açudes que se mantém com água nas secas e estiagens; o poço criado pela força da água corrente na época das chuvas (rio temporário, hoje rio morto).
Conta a História que das primeiras famílias a se instalar nas imediações do poço do rio havia 2 moças que costumavam tomar banhos despidas no poço, um verdadeiro espetáculo para os homens que se escondiam no matagal próximo para presenciar as moças, nuas, usarem essas pedras (lajedo da fotografia) como trampolim, pulando na água; A palavra "BONITA" foi atribuída porque uma das moças tinha corpo verdadeiramente escultural; Daí surgiu o nome da Fazenda que muitos anos depois pertenceu a Joaquim Loló, fundador da cidade de São José da Bonita, hoje São José do Seridó-RN.
Cidade de São José do Seridó-RN, fundada pelo meu avô paterno Joaquim Loló, da família Medeiros mais Dantas, Araújo, Garcia. 
O povoado começou no início do Século XX com o nome de São José da Bonita, que era o nome da fazenda BONITA, e Joaquim Loló que doou partes das terras de sua fazenda para o povoamento e ainda ajudou a construí-la.

Damião Medeiros junto ao busto do seu avô paterno, Joaquim Loló, fundador desta cidade de São José do Seridó-RN; 

A viagem a esta área teve vários objetivos: 

1) afetiva; 

2) pesquisa sócio ambiental dessa área do RN, chamada Seridó, onde está um dos mais avançados processo de desertificação no NE, o ambiente ideal para que dsoriedem.blogspot.com, única Fonte de Educação Ambiental Científica na Terra, tenha oportunidade ímpar para apresentarmos soluções inteligentes para reverter o processo fatídico e degradante que tornou essa terra hostil, improdutiva; afetivamente seria uma homenagem ao meu avô Joaquim Loló, que aqui se estabeleceu ainda no Século XIX,  como agropecuarista, e acreditou no sucesso e no futuro de São José do Seridó.
Uma das casas da sede da Fazenda da Bonita, em São José do Seridó-RN, com mais de 100 anos, agora em reforma. Fazenda que no final do Século XIX e até meados desse Século XX pertenceu a Joaquim Loló, fundador de São José do Seridó-RN, onde nasceu meu genitor, Severino Cassimiro de Medeiros, Severino Loló, e mais 18 irmãos e irmãs; no alto da colina com terreno e vegetação de caatinga, de onde se avistava 3 dos 4 cantos da fazenda com meia légua de largura e uma légua (6 km) de comprimento, inclusive avistava-se a extremidade das terras onde hoje está situada a área urbana de São José do Seridó-RN.

Casa da sede da fazenda da Bonita em São José do Seridó-RN, hoje em reforma, vendo-se a estrutura das paredes de 50 cm de largura, tijolos rígidos de argila, queimados, retangulares, assentados na parede com caliça - CAL + areia, há mais de 100 anos; a casa foi construída em cima de uma colina, sobre um lajedo (rocha).
Frente da casa sede da fazenda da Bonita que deu origem ao povoado de São José da Bonita, Seridó-RN, em 1917, então município de Jardim do Seridó, cidade/município São José do Seridó-RN. A casa foi construída em cima de uma colina, da caatinga, sobre um grande lajedo, paredes feitas de tijolos rígidos, retangulares, fabricados na área, assentados na parede com caliça; as telhas de argila também fabricadas na área; a madeira do teto é a mesma extraída das matas das várzeas dos rios há 120 anos.
Vista, por baixo, da madeira e telhas de uma casa de fazenda construída há 120 anos no Seridó-RN, com todo material da área da fazenda. o chão, piso, é feito de tijolos rígidos de argila queimada, produzidos também nas terras da fazenda.

Oitão da casa da Fazenda da Bonita, Seridó-RN, com mais de 120 anos de construída, sobre uma colina de caatinga e lajedos emergentes, vendo-se de trás para frente; destacamos a árvore frutífera ATA, fruta de conde, pinha que nasceu no alicerce, base da parede, verde e frutificando; pelas condições, localização, não foi plantada pelo Homem; apesar da casa não ser habitada por muitos anos, a fruteira conseguiu nascer, se manter viva (provavelmente com 5 a 6 anos de vida) exatamente por ter nascido no pé da parede, sobre lajedos, impermeáveis, recebendo muita água no tronco com qualquer chuvinha. A vida no sertão NE se mantém viva com pouco.
Oratório construído há cerca de 20 anos, em uma colina de caatinga, em frente à casa-sede da Fazenda da Bonita, área rural de São José do Seridó- RN; o oratório construído pela Professora e escritora Edite Medeiros, com a imagem (em porcelana) de uma Santa de sua devoção, citada no Hino à cidade/município de São José do Seridó-RN, letra da própria Edite Medeiros, já postado acima.
Vista da colina, na caatinga, de uma das casas da Fazenda da Bonita, vendo-se o Rio São José e suas várzeas; em destaque uma linha de árvores frutíferas em uma das margens desse rio; são mangueiras com mais de 50 anos de idade, plantadas no tempo que se dispunha de água de pouca salinidade no Rio São José, no Seridó RN; além das várzeas do rio é tudo caatinga SEM solo (naturalmente) com vegetação arbustiva, dispersa, CLAREIRA = caatinga, aonde não se planta, e já não há sementes do PASTO para germinar, alimentos que durante 100 anos (ou mais) viabilizaram a ocupação dessas terras para a criação de gado bovino; Desmataram-se indiscriminadamente as várzeas do rios e riachos, as terras mais férteis e úmidas, e aí se plantava lavoura de subsistência - milho, feijão, jerimuns, batata doce, na época das chuvas (média de 400mm ou 400L/m²/ano), e nas caatingas que margeiam essas várzeas plantava-se algodão. 

A vegetação tem tudo a ver com os elementos climáticos de uma região, inclusive na Lei Física: um corpo atrai outro corpo na razão direta das massas e na razão inversa da distância entre as massas; A vegetação é um CORPO, massa vegetal; as nuvens e as chuvas são corpos, massa de água; Essa lei não é única no equilíbrio do clima de um lugar, todavia, no caso da caatinga do sertão PI-CE-RN-PB-PE-AL-SE-BA, semiárido por causa da ausência, ou escassez de solo de sedimentação, um dos 4 Elementos da Natureza, o desmatamento incondicional das várzeas dos rios e riachos foi decisivo para: reduzir a oferta de chuvas, aumentar a evaporação de água do solo, e da superfície da água (dos açudes); aumentar a incidência e reflexão da luz solar - calor, luz; tornar os ventos arredios e descontrolados; enquanto a vegetação de CERRADO nas várzeas dos rios e riachos tinha massa orgânica de 0,3m/m², na caatinga é 10 vezes menor - 0,03m³/m²; dos 500.000 km² de sertão, 250.000km² são de caatingas. Foi decisivo até para reduzir a umidade do AR e do solo, alterar as porcentagens dos 4 gases atmosféricos que constituem 96% dos corpos vivos. Mas nem tudo está perdido: existem formas inteligentes para se ressuscitar o sertão nordestino; o problema é que por ignorância e irresponsabilidade, o Governo e a comunidade científica BR não ACEITAM mudar (transformar); A seca, a fome no nordeste BR é fruto do analfabetismo científico brasileiro. Nesta área do seridó - RN choveu menos de 100 litros de água por m² em 2.012, e menos de 150L/m² em 2.013, cerca de 1/3 da média de chuvas anuais; Assim não tem vida que aguente.

Por Damião Medeiros

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2 Comentários

  1. Olá. Gostaria de saber se consigo um exemplar ou um PDF autorizado do livro. Também sou Medeiros e Dantas. Obrigado.

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