Tradicional por abrir o ciclo de debates, a rede Bandeirantes escolheu Ricardo Boechat, repórter, apresentador para mediar um formato limitado por tempo e todos contra todos dentro das possibilidades engessadas. Blocos em que se perguntassem mais com menos pessoas para fazerem os questionamentos daria mais condição de ideias serem apresentadas.
Com mais de sessenta mil assassinatos no Brasil, ativismo para libertar bandidos, malfeitores; demonizar polícia, o primeiro assunto a ser tratado foi... Economia.
Álvaro Dias
Parecia como um garoto animado na fila do achocolatado. Apesar da experiência política - senador, governador, etc., trouxe pouca contribuição ao debate. Uma frase que usou algumas vezes: "Abra o olho", talvez para transmitir uma ideia fácil de ser entendida para os telespectadores, soou mais como um espaço para preencher discurso curto. Afirmar que colocaria Sérgio Moro como ministro da justiça, caso fosse eleito presidente, não empolgou a busca por ele, como se vê na imagem do topo.
Cabo Daciolo
Salientou sua religiosidade de maneira repetitiva, como se estivesse em um culto; citou trecho de Jeremias 29:11 e versos seguintes, não explicando a aplicação de sua leitura, não deixando claro quais as situações da época e as de hoje, semelhanças e diferenças. Isso é comum a pessoas que expressam a fé de maneira superficial, quanto à leitura cuidadosa das Escrituras. Devido à forma enfática que se referia aos demais candidatos, propositalmente ou não, foi visto como um Boulos trocado, inclusive, o Cabo Daciolo já pertenceu ao PSOL, uma incompatibilidade entre quem acredita, segue a Deus e faz parte de uma agremiação política cuja identidade é contrária ao Criador, uma vez que o materialismo científico é a "teologia" da esquerda. Lembrou-se do Eneas Carneiro, homem culto e que foi ridicularizado quando candidatou-se à presidente em eleições passadas, mas ao Daciolo faltou a "amarração". Pareceu um assunto-caixinha.
Ciro Gomes
Tentou manter a tranquilidade, cordialidade, para que não houvesse uma repetição vista em muitos vídeos de entrevistas, conversas, nas quais ele denota seu destempero. Não respondeu e negou sobre o Foro de São Paulo e sua participação - organização que pretende dominar toda a América Latina. O PDT faz parte do FORO e José Dirceu, anos atrás, falou sobre Ciro e a organização:
Ciro pediu desculpas por ter mentido sobre a esposa do juiz Sérgio Moro, quando afirmou que ela era juíza e recebia auxílio moradia. Sua proposta de tirar 63 milhões de pessoas do SPC, sem materialização de como, denotou irrealismo, ainda que Ciro fale bastante sobre economia. Tratar sobre o ensino militar como "um chicote", e não como uma das melhores chances de sagrar-se vencedor intelectual, a exemplo dos quatro alunos que conseguiram ser aprovados em Harvard e outras universidades, recentemente, é no mínimo, desconhecer a qualidade do que é estudado e a instituição.
Geraldo Alckmin
Morno, procurou tratar mais os malabarismos retóricos com Marina e Meirelles, no velho "Mané Luis", como diz o Jessier Quirino. Alckmin, Marina e Meirelles foram "maracujinas", protagonizando momentos mais sonolentos. Geraldo, com dificuldades até em pesquisas no estado em que foi governador, São Paulo, além de não conseguir decolar o suficiente, teve dificuldade de apresentar-se como Centrão, unido a partidos e pessoas que pertencem à velha política de esquerda, de compadrio capitalista.
Guilherme Boulos
Iniciou exaltando o condenado, presidiário Lula. Isso deu o tom de suas assertivas, xingamentos, descolamento da realidade e "lacração". Criticou, demonizou o bolsa-banqueiro, mas, claro, não citou que seu amado Lula fez a mesma coisa com banqueiros. Safadeza só é ruim do lado de lá da conversa. Sobre o aborto, tentou desconversar sobre ser favorável (inclusive foi o PSOL, seu partido, que pediu para o judiciário, cuja competência do assunto deveria ser o Legislativo, para aprovar o aborto até três meses). Ao dizer que a decisão é da mulher (e não do bebê no ventre, mesmo que seja uma mulher), já deu o gatilho necessário para atender seu nicho. E momento depois, afirmou ser o aborto, sim, pauta dele. Foi ignorado pelos debatedores mais por pouco a contribuir de fato para o debate e por conta de sua pequenez política.
"Cinquenta tons de Temer", disse, repetidamente, em um formato semelhante a um papagaio de pirata, ou com medo que o "HD" da população assistente fosse pequeno para guardar o chavão. Algo que se esqueceu foi de citar de todos os tons de Lula nele.
Ser candidato em nome de Paulo Freire, cujo método emburreceu o alunado, de Zumbi, que escravizou outros negros, foi assassino já são o suficiente para "entender" a cabeça do psolista.
Henrique Meirelles
Pouco à vontade, tratou do que disse mais como um burocrata, que dirigiu instituições financeiras e quase nada lidou além disso. Foi poupado de perguntas sobre outros setores da sociedade (segurança, costumes, etc), um mundo além dos números bancários. Não empolgou (debate também é isso, para convencimento de certos telespectadores) e por ter pequena contagem nas pesquisas, foi saco de pancadas do Boulos, e mais instigado por Ciro e Álvaro.
Marina Silva
A inevitável constatação de reaparecimento de tempos em tempos esteve presente, quando afirmou certas questões anteriores, quando candidata a presidente, quatro anos atrás. Deixou claro que, sobre aborto, os outros decidem; ela não tem posição firme, uma vez que o partido dela, com pessoas que não comungam com as ideias pró-vida, poderiam criticá-la. E justo por não se posicionar nisto ela está na "isentosfera". Pior que não ter ponto criticado é não ter nenhum.
Jair Bolsonaro
A primeira imagem atesta quem foi o grande vencedor do debate. Bolsonaro manteve sua "Superioridade aérea". A pecha que lhe atribuem, de ser pessoa que não se dá bem com homossexuais, mulheres, etc., atribuída por quem tem medo de sua ascensão e quebra do monopólio cultural que vem sendo demolido. Até a Folha lhe fez elogios, quanto ao debate. Ele procurou manter-se sereno e observador do que os outros estavam debatendo. Foi evitado mais que atacado, pois seus adversários certamente já assistiram seu desempenho em debates anteriores, colocando entrevistadores "no bolso" e quanto mais se dirigissem a ele, mais estaria em evidência. Boulos, por motivos óbvios (se não, coloco - Bolsonaro, o único conservador da roda, defensor de fato das instituições policiais, familiares, sociais) tentou manchá-lo, falando de uma "funcionária fantasma", Val, que, Boulos, curiosamente, disse não ter culpa de ser fantasma. Ora, se ela foi fantasma, tinha culpa de sê-lo, aceitou ser. A emenda ficou pior que o soneto (não queria ficar mal com uma pessoa comum, mas ficou). Jair deixou claro o que ela é e o que faz, não a tornando fantasma. Não deu certo para o Guilherme.
Jair falou sobre a realidade, assuntos deixados de lado, o que arrepia seus contendores e que não podem falar contra, por serem falsidades deles se assim dissessem: ideologia de gênero, unidade das pessoas divididas pela esquerda - negros, brancos, mulheres, homens, héteros, homossexuais; cuidado de fato com a segurança das pessoas, proteção delas e das forças de segurança; a não-aceitação de conchavos, conluios, corrupção; o fim de ideologias criminosas, como o comunismo, socialismo; o combate ao Foro de São Paulo e demais grupos inseridos no globalismo.
Extras:
Nas redes sociais:
No twitter - alguém posta: Bolsonaro e sua maldita mania de enfiar Deus nos assuntos". Alguém responde: O cara é cristão, num país cristão. Quer que ele fale de quem, de Odin?
Durante o debate, alguém tuitou que Boulos era o mais preparado...
Mais preparado para xingar opositores, certamente. Fez a escola do Lula.
A presença de Fernando Haddad, o vice do PT, mas candidato a presidente, quando a justiça reafirmar que o preso, condenado, ficha suja Lula não pode ser candidato pelos motivos já escritos. Inaugurado o triplex eletivo - o candidato preso, o vice e a vice do vice, que lutou como uma garota, segundo a estampa. Não foram vistos, nem comentados sobre outros candidatos a vice presentes.
Bene Barbosa, em tom jocoso, preferia a Cúpula do Trovão. Referência a um dos filmes da antiga trilogia de Mad Max, em um momento em que o adversários se digladiavam em uma redoma metálica. Foi um touché do Bene.
Deus virou doce na boca de esquerdistas bregas e chiques. Na "moda", citar Deus é "cool" em um país com maioria conservadora e crente nEle. Agora, qual deus? Aquele que é o único, ou um assunto-caixinha para ser desengavetado quando rende alguma simpatia?
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