A senhora continuou: "Eu passo o dia todo aqui, vendendo lanches e quando chego em casa, só tenho tempo de olhar os (tele)jornais. Não gosto de novela, só assisto (a)os telejornais. O rapaz da farmácia aqui, na esquina só fala dele, daí como ele fala o tempo todo, me deu curiosidade".
O desconhecimento sobre Jair Bolsonaro nos telejornais que essa senhora acompanha é perfeitamente compreensível. Ele não tem sido exposto pela grande mídia, que prefere outras pessoas alinhadas ao establisment para dar algum destaque. Você que me lê, apoie-o ou não, já constatou que não há cenário favorável nas telas e nas páginas impressas.
Já li "analistas políticos" atribuindo aos apoiadores de Jair uma militância semelhante à de Lula. Ora, ambos são patentemente diferentes e por sua vez os apoiadores também: o primeiro não tem problemas com a cadeia, nem é ficha suja; o segundo está preso por corrupção e condenado em segunda instância, caiu na lei Ficha Limpa, de iniciativa popular que ele aprovou, quando presidente.
Apoiadores de Bolsonaro não o veem como uma figura mítica - um santo, uma "divindade". Fazem brincadeiras, chamam-no de Mito muitíssimas vezes por dar respostas ora contundentes, ora desconcertantes a quem se opõe a ele. Só quem não acessa redes sociais, ou tem má vontade, ou mesmo vergonha de reconhecer isso desconhece o fato. Lula é visto como Jesus e muitas vezes deu a entender isso em seus discursos, de fato uma blasfêmia (pelo culto à figura) contra o Senhor da Verdade. Porém esquerdistas pouco se importam com isso, por definição da ideologia.
Finalmente, quando ouvi que, se Lula não for candidato (e não pode ser, já foram apontados os fatos acima sobre a personagem macunaímica), ela poderá votar em Bolsonaro, duas coisas: o desconhecimento sobre ele a quem (quantos, não temos informação segura) acessa os meios mais antigos, tradicionais de informação e, esse desconhecimento ocasiona não a rejeição, mas alternativa. Quem está querendo o capitão como presidente deve intensificar a divulgação.
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