CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL
TODA GUERRA TEM OBJETIVOS ECONÔMICOS!
Guerra de 5ª geração é toda tentativa de origem externa, por quaisquer meios, que objetive minar o cenário político – econômico – tecnológico – psicossocial – ambiental – militar e a soberania de um país, através de agentes internos ou externos.
São Paulo, 30 de novembro de 2009.
Antônio José Ribas Paiva
coordenador
AÇÕES CONCRETIZADAS COM EMPREGO DE GUERRA
DE 5ª GERAÇÃO CONTRA O BRASIL
A) Destruição da malha ferroviária:
Objetivos: estrangular o escoamento de produtos agrícolas, industriais e submeter os custos ao transporte rodoviário 14 vezes mais caro. Dificultar a integração nacional e a defesa do território comprometendo inclusive a Indústria de Mecânica Pesada.
B) Dificultar a utilização de hidrovias:
Objetivos: impedir a otimização dos transportes e barateamento de cargas volumosas e pesadas, porque o transporte hidroviário é 64 vezes mais barato que o rodoviário.
C) Estrangulamento da logística:
Objetivos: encarecer e dificultar o transporte de produtos destinados à exportação, principalmente, grãos, açúcar e álcool.
Ação:
1) proposital desarticulação das obras necessárias;
2) Construção de pontes baixas com pilares no meio para bloquear as hidrovias;
3) Construção de eclusas estreitas para tornar as poucas hidrovias economicamente inviáveis ;
4) Bloqueios de obras por ação de falsos ecologistas e indigenistas.
Obs.: Segundo especialistas da Escola Politécnica de São Paulo serão necessários dez anos de obras contínuas para desfazer os gargalos às exportações, à custos altíssimos.
D) Guerrilha Rural e Urbana:
Através dos seguintes instrumentos: MST, Congêneres, Movimento de Sem Teto, tráfico de drogas e outras atividades criminosas.
Objetivos: provocar o caos e consequente insegurança, para dominar a nação pelo medo, submetendo o Brasil a interesses político econômico transnacionais.
E) Suposto Indigenismo:
Objetivos: sobrestar o desenvolvimento, criar áreas liberadas,
controlar a extração e transporte de minérios e pedras preciosas, garantir a posse e exploração do potencial de Biodiversidade e até a balcanização do Brasil.
F) Suposto Ambientalismo (Ecologia):
Objetivos: Coadjuvando o suposto Indigenismo. Tem os mesmos objetivos daquele suposto “movimento”: controlar reservas ricas em minérios e biodiversidade, para garantir e controlar as cotações da Bolsa de Metais de Londres.
G) Crime Organizado:
Conceito: Associação delitiva de criminosos com servidores públicos.
Objetivos: Domínio das estruturas do Estado, através de corruptos e traidores. Controle da estrutura político-partidária através de corrupção.
Exemplo: Não existe oposição real no Brasil, a classe política cumpre acordo velado de não agressão. Os debates são pasteurizados e não versam sobre o essencial, a soberania e a nacionalidade. Fernando Henrique, liderança do PSDB, suposta oposição, salvou o governo Lula de impedimento e queda quando do escândalo do mensalão. O PT salvou, agora, o ex-governador de Minas Eduardo Azeredo, fazendo com que Tofolli pedisse vistas do processo no STF. O controle do crime tem tentáculos nos três Poderes da República. Controla os partidos políticos como a máfia americana controla os sindicatos.
H) Desarmamento dos cidadãos:
Objetivos: submeter a sociedade ao crime e impedir a formação de eventuais focos de resistência ao Governo do Crime, bloqueando o constitucional direito à legítima defesa, impedindo o acesso do cidadão aos seus instrumentos.
I) Destruição das Forças Armadas:
Objetivos: submeter a Soberania Nacional, a Segurança e as Riquezas do Brasil aos interesses estrangeiros.
Meios: politização do emprego das Forças Armadas; estrangulamento dos meios e recursos; formação de forças paralelas, pauperização dos militares, para tornar pouco atraente a carreira das armas.
J) Reforma agrária:
Objetivos: O Brasil tem vocação natural para a produção de alimentos, porque o seu território beneficia-se da fusão nuclear do sol 365 dias ano, propiciando pelo menos 3 (três) colheitas ano. A produção de carne vermelha de forma extensiva não concorre na cadeia alimentar do homem. Além disso, detemos 1/3 (um terço) das terras agricultáveis do mundo. Tudo isso significa grande excedente de produção, a preços imbatíveis, para exportação.
Os países do hemisfério norte, para garantir sua segurança alimentar (produção própria de alimentos) gastam mais de 1 bilhão de dólares por dia em subsídios agrícolas.
As nossas potencialidades agrícolas são grande problema estratégico para a segurança alimentar dos países ditos desenvolvidos, que para não aumentarem os seus subsídios agrícolas, empreendem guerra de 5ª geração contra o agronegócio Brasileiro, com o apoio consciente ou inconsciente de governantes e políticos nacionais, objetivando inibir os investimentos no agronegócio, para limitar e encarecer os produtos agropecuários brasileiros. Com essa guerra ao campo viabilizam seus produtos economizando subsídios.
Os financistas transnacionais, que controlam as cotações das comodities são aliados dos países desenvolvidos, porque a supercapacidade do agronegócio brasileiro, que produz com qualidade e a preços imbatíveis (superávit comercial de 60 bilhões de dólares ano) tem potencial para usurpar o poder de controle das cotações, aos financistas.
Com a colaboração de governantes brasileiros, os países e financistas vêm empreendendo guerra de 5ª geração contra o Brasil, particularmente contra o agronegócio. O nosso potencial mineral também é alvo dessa guerra, pelos mesmos motivos.
As “bolas de ferro nos pés” dos produtores são:
a) Terrorismo administrativo;
b) estrangulamento logístico;
c) falta de política agrícola;
d) financiamentos caros ou inexistentes;
e) leis ambientais draconianas, para reduzir a área agricultável;
f) quilombolismo com o mesmo objetivo, além de criar “conflitos raciais”;
g) indigenismo, para reduzir a área agricultável, controlar o subsolo, rico em minérios estratégicos e apoderar-se da biodiversidade e, com o tempo, internacionalizar as “terras indígenas”. Em 1904 o Brasil perdeu parte de
Roraima para a Inglaterra, porque os índios falavam inglês e optaram pela soberania inglesa. A “Raposa Serra do Sol”, poderá constituir-se no “Kosovo brasileiro”;
h) imposição de índices de ocupação do solo e produtividades além dos controle absoluto da produção; até o fornecimento de notas fiscais é limitado;
i) deficiência de armazenamento e de transporte dos produtos;
j) falta de ferrovias, hidrovias e estradas sem qualquer manutenção, inexistência de navegação de cabotagem de longo curso;
k) gargalos de exportação até nos portos;
l) inexistência de seguros agrícolas;
m) Movimento dos Sem Terra: são agentes combatentes. Praticam guerrilha de pequena para média intensidade contra os produtores rurais. Na sua ação guerrilheira, gozam de total imunidade, garantida pelo Estado, nos três níveis e Poderes. São financiados com recursos públicos e internacionais. Tudo para inibir a produção e encarecer os produtos do agronegócio, ao talante de países e financistas internacionais.
Os assentamentos e acampamentos do MST situam-se em lugares estratégicos, junto às hidrovias, rodovias, centrais hidrelétricas e linhas de transmissão, para ao seu talante e de seus controladores internos e externos, dificultar o abastecimento dos centros urbanos e sabotar o fornecimento de energia elétrica, provocando apagões.
K) Destruição da Indústria Bélica Nacional:
Objetivos: Desarmar o país, impedir o desenvolvimento de tecnologia própria, transformando o Brasil de exportador em importador de armamentos (Engesa).
Impedido o desenvolvimento de tecnologia, nossa “BOLHA” defensiva sempre será menor do que a “Bolha” ofensiva de eventuais atacantes. O Brasil está a mercê de eventuais antagonismos tanto de Guerra de 1ª geração, como das subsequentes gerações de guerra!!
L) Privatização de Estatais estratégicas como: Embratel, Vale do Rio Doce, Siderúrgica Nacional, Petrobrás, etc.:
Impedido o desenvolvimento de tecnologia, nossa “BOLHA” defensiva sempre será menor do que a “Bolha” ofensiva de eventuais atacantes. O Brasil está a mercê de eventuais antagonismos tanto de Guerra de 1ª geração, como das subsequentes gerações de guerra!!
L) Privatização de Estatais estratégicas como: Embratel, Vale do Rio Doce, Siderúrgica Nacional, Petrobrás, etc.:
Objetivos: Controle econômico e Tributação da população através de endividamento, remessa de Royalties, dividendos, bonificações e importações superfaturadas e exportações subfaturadas.
M) Produção e controle de Transgênicos, adubos, tratores defensivos e sementes, por multinacionais estrangeiros:
Objetivos: Regular a produção e as cotações de grãos, submetendo a segurança alimentar e as cotações das comodities agrícolas, aos interesses transnacionais e de cartéis especuladores que controlam o comércio de grãos no Brasil.
N) Câmbio: supervalorização ou desvalorização da moeda nacional ao talante de especuladores internacionais, destruindo ou incapacitando os setores produtivos dependentes do comércio internacional:
Objetivos: Inviabilizar exportações e pauperizar segmentos da economia, possibilitando incursões estrangeiras ou nacionais complacentes na compra e dominação de segmentos estratégicos da economia como: pesquisa agropecuária, adubos, petroquímica, álcool, industria têxtil, etc.
O) Extinção do “Loyd Brasileiro” e quebra de empresas de navegação de longo curso particulares nacionais:
Objetivos: o custo do frete nas exportações e importações chega a 35% (trinta e cinco por cento) do preço dos produtos. Como não temos frotas nacionais o preço do frete é verdadeiro “imposto” estrangeiro, lançado ao comércio internacional brasileiro.
Além disso, ao depender, exclusivamente de frotas internacionais, nosso comércio transnacional perde flexibilidade, afetando tanto a política como a estratégia de comércio exterior, pondo em risco a segurança nacional.
P) Destruição da navegação de cabotagem:
Objetivos: Os transportes fluviais e de cabotagem são 64 vezes mais baratos do que o transporte rodoviário. Portanto, essa ação de guerra de 5ª geração objetiva encarecer os produtos nacionais e dificultar os transportes e até o turismo.
A Rússia Czarista teve os mesmos problemas quando decidiu construir ferrovias na Sibéria.
Q) Atentado à base de Alcântara, onde foram dizimados todos os técnicos aeroespaciais brasileiros.
Obs.: Os exemplos de guerra de 5ª geração acima elencados não esgotam a matéria, apenas apontam atos de guerra já concretizados e vitoriosos. Caso a política e estratégia de defesa não contemplem esse tipo de guerra (5ª geração), os ataques se repetirão “ad infinitum”, sem qualquer oposição, como tem ocorrido. Observe-se, que a concretização desses ataques aos interesses e à soberania nacionais só foram possíveis graças à traição dos governantes.
São Paulo, 30 de novembro de 2009.
Originalmente em http://undbrasil.org/?p=52
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