Generalidades Notícias, número 98:

Sérgio Cabral se torna réu pela 26ª vez

Sérgio Cabral se tornou réu pela 26ª vez –o ex-governador do Rio agora é acusado de lavagem de dinheiro através de uma rede de restaurantes japoneses chamada Manekineko, relata a Agência Brasil.

Além de Cabral, foram denunciados pelo MPF, a mulher dele, Adriana Ancelmo, Thiago de Aragão Gonçalves Pereira e Silva e Ítalo Garritano Barros.


Moro e Bolsonaro devem se encontrar amanhã


“O juiz Sergio Moro é esperado amanhã, no Rio de Janeiro, para um encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro”, diz O Globo.

O encontro, que foi antecipado por O Antagonista, deve acertar a ida da Lava Jato para o governo.


Bolsonaro discursa em culto evangélico


Em sua visita à igreja de Silas Malafaia – a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, na Penha, zona norte do Rio–, Jair Bolsonaro discursou por cerca de dez minutos, registra O Globo.

Aos gritos de “mito, mito” e diante de um templo lotado, o presidente eleito agradeceu a Deus pela vitória e disse não ser o mais preparado para a “missão” –mas afirmou que Deus capacita os escolhidos.

“Primeiro, eu quero agradecer a Deus por estar vivo, pelas mãos de profissionais da saúde, de Juiz de Fora. Em São Paulo, Deus operou milagre. Depois, quero agradecer a Deus por essa missão, porque o Brasil está em uma situação um tanto quanto complicada. Crise ética, moral e econômica”, afirmou Bolsonaro.


Malafaia e a imprensa livre

Visitado ontem por Jair Bolsonaro, a quem apoiou na eleição presidencial, Silas Malafaia deu a seguinte declaração sobre a imprensa:

“Não existe democracia sem imprensa livre. O resto é falácia.”

E acrescentou, segundo o repórter Henrique Coelho, do G1:

“Mas, hoje, cada celular é uma emissora de televisão, é uma editoria de jornal. Acabou o monopólio”.

Lulopetismo aposta na baderna


O ato contra Jair Bolsonaro organizado por MTST, UNE e CUT acabou em baderna.

Uma barricada foi erguida no meio da rua, relata o G1, e ao menos uma agência bancária foi depredada durante o confronto com a PM.


Ciro diz que foi “miseravelmente traído” por Lula

Ciro Gomes, em entrevista à Folha de S. Paulo, disse que foi “miseravelmente traído” por “Lula e seus asseclas”.

Leia aqui:

“Fomos miseravelmente traídos. Aí, é traição, traição mesmo. Palavra dada e não cumprida, clandestinidade, acertos espúrios, grana (…).

Você imagina conseguir do PSB neutralidade trocando o governo de Pernambuco e de Minas? Em nome de que foi feito isso? De qual espírito público, razão nacional, interesse popular? Projeto de poder miúdo. De poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro.

Todas as pesquisas, não sou eu quem estou dizendo, dizem isso. O Haddad é uma boa pessoa, mas ele, jamais, se fosse uma pessoa que tivesse mais fibra, deveria ter aceito esse papelão. Toda segunda ir lá visitar Lula, rapaz. Quem acha que o povo vai eleger pessoa assim? Lula nunca permitiu nascer ninguém perto dele.”


“O lulopetismo virou um caudilhismo corrupto e corruptor”


Ciro Gomes sempre insinuou que tiraria Lula da cadeia.

Só agora, depois de voltar de Paris, ele entendeu que fez o cálculo errado.

Ele disse para a Folha de S. Paulo:

“O lulopetismo virou um caudilhismo corrupto e corruptor que criou uma força antagônica que é a maior força política no Brasil hoje. E o Bolsonaro estava no lugar certo, na hora certa. Só o petismo fanático vai chamar os 60% do povo brasileiro de fascista. Eu não, de forma nenhuma.”


PSDB perdeu sintonia com o Brasil, diz governador


Reeleito governador de Mato Grosso do Sul, o tucano Reinaldo Azambuja defendeu que o PSDB discuta internamente o quanto antes o futuro do partido, relata a Folha.

Além do fracasso de Geraldo Alckmin, que teve menos de 5% dos votos na eleição presidencial, os tucanos perderam a disputa em oito estados –fizeram só os governadores de São Paulo e do Rio Grande do Sul, além de MS.

Witzel quer usar snipers para abater criminosos com fuzis


Wilson Witzel, governador eleito do Rio, afirmou hoje à GloboNews que quer treinar atiradores de elite para abater criminosos em favelas da capital fluminense.

O ex-juiz alegou que dificilmente esses policiais atiram em inocentes. “Raramente sniper atira em quem está de guarda-chuva. E muito menos em quem está com furadeira. Nesses casos, eram militares que não estavam preparados para esse tipo de missão.”

“Hoje, na Cidade de Deus, um helicóptero filmou cinco elementos armados de fuzis. Ali, se você tem uma operação em que nossos militares estão autorizados a realizar o abate, todos eles serão eliminados”, acrescentou.


Indústria têxtil reclama de fusão de ministérios

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, Fernando Pimentel, disse ontem que é “equivocada” a decisão de Jair Bolsonaro de acabar com o Mdic –o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

O plano do presidente eleito, reiterado hoje por Paulo Guedes, é fundir Mdic, Fazenda e Planejamento numa pasta só, a da Economia.

“A indústria está se renovando no mundo inteiro, é uma nova era de transformação, com a indústria 4.0. Um ministério para o setor é necessário, para discutir políticas”, alegou o presidente da Abit.

A chiadeira de setores que se dirão afetados pela reestruturação ministerial está só no começo –é melhor já ir se preparando.


Haddad chora e diz que queria ‘vencer por Lula’


Fernando Haddad, o poste de Lula derrotado na eleição deste domingo, chorou durante reunião com outros petistas hoje de manhã, afirma a Folha.

Segundo participantes, Haddad se emocionou ao falar de sua família e dos “ataques sofridos via WhatsApp”.

O ex-prefeito de São Paulo pediu desculpas por eventuais erros na campanha contra Jair Bolsonaro e, segundo o jornal, foi “muito aplaudido” ao dizer que gostaria de ter vencido pelo legado petista.

O Antagonista lembra que o “legado petista” incluiu aparelhamento do Estado, assalto à Petrobras e 14 milhões de desempregados. No domingo, quase 58 milhões de brasileiros votaram para repudiá-lo.


PF realiza nova fase de operação que investiga fraude em instituto de previdência no Grande Recife


A Polícia Federal desencadeou, nesta quarta-feira (31), a uma nova fase da Operação Abismo. Na 1ª etapa, o foco foi um esquema de fraudes no instituto de previdência dos servidores do Cabo de Santo Agotinho, na Região Metropolitana do Recife. Na ocasião, o prefeito do município, Lula Cabral (PSB), foi preso.

Até as 6h50, a PF não havia divulgado outros detalhes da ação desta quarta-feira. No dia 19 de outubro, foram presas outras 21 pessoas, além do prefeito. Também foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão.

Segundo a PF, os envolvidos receberam propina para transferir R$ 90 milhões do instituto, que estavam em uma instituição financeira sólida, para uma empresa composta por ativos de risco. A transferência, equivalente a cerca de 50% do total do fundo, poderia comprometer o pagamento futuro das aposentadorias, apontam os investigadores.

Esquema criminoso

As investigações apontam que uma empresa de gestão de fundos de investimentos estava utilizando lobistas para captar clientes e negociar com eles em seu nome. Esses lobistas ficavam encarregados de oferecer o pagamento indevido de benefícios aos clientes, como forma de "convencê-los" a fechar o negócio com a empresa.

A delegada federal Andréa Pinho apontou em entrevista coletiva que, a princípio, o prefeito não tem como transferir diretamente os recursos do Instituto de Previdência, mas que ele nomeia a pessoa responsável pelo fundo de aposentadoria do município.

Os investigadores encontraram indícios de que a transferência dessa carteira de investimentos foi feita a mando do prefeito do município, em razão do recebimento de propina.

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores depositados em contas em nome dos investigados.


MPPE assume investigação de desvio de verba para merenda por causa de risco de extinção de delegacia
As investigações de denúncias de desvio de verba para merenda escolar envolvendo a empresa Casa de Farinha passaram a ser comandadas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A medida foi tomada por causa do risco de extinção da Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) da Polícia Civil.

Na noite da segunda-feira (30), documentos e computadores apreendidos na empresa investigada foram levados à sede do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do MPPE.

As investigações sobre o caso estavam com a Polícia Civil. Segundo o MPPE, a transferência ocorreu por uma preocupação dos promotores de Justiça com o projeto de lei aprovado em primeira votação nesta terça-feira (30), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para a criação do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e extinção da Decasp.

O projeto de lei é assinado pelo governador Paulo Câmara (PSB) e foi remetido à Alepe em caráter de urgência, no dia 19 deste mês. Ele chegou a ser discutido no dia 23, mas teve a votação adiada para esta terça-feira. O projeto ainda precisa ser aprovado numa segunda votação, agendada para a quarta-feira (31).

A Casa de Farinha é alvo de três investigações da Polícia Civil para apurar fraudes em licitações para o fornecimento de merenda escolar. No início de outubro, policiais da Decasp prenderam o empresário Romero Fittipaldi Pontual Filho, um dos donos da empresa.

Em julho, a Casa de Farinha venceu uma licitação de R$ 22 milhões na Prefeitura de Ipojuca, no Grande Recife, mas, segundo a polícia, a empresa teria coagido as concorrentes para que não disputassem a licitação.

Desde então, computadores, pen drives, HDs, celulares e centenas de documentos apreendidos durante a Operação Castelo de Farinha estavam na sede da Decasp, no Centro do Recife. O material foi retirado na noite da segunda-feira (29) por uma equipe do Gaeco.

De acordo com o promotor George Pessoa, foram transferidos para a sede do Gaeco 10 notebooks, três pendrives, dois celulares, 35 computadores e um HD portátil.

"Hoje, o Gaeco conta com a segurança necessária para a custódia desses equipamentos. Será feita a extração de dados e a análise desse material para a verificação da existência de alguma informação relevante para a elucidação dos fatos apurados na operação", disse o promotor.

Entenda o caso

A votação do projeto foi acompanhada por delegados, representantes do Ministério Público e grupos de movimentos sociais, que se juntaram na escadaria da Alepe.

Com cartazes, eles protestaram contra o projeto. O projeto foi aprovado em primeiro votação. A segunda discussão foi marcada para a quarta-feira (31). A terceira etapa é a redação final.

Dos 49 deputados estaduais, oito estavam ausentes e 41 estavam presentes. Apenas 40 participaram da votação, porque o presidente da Alepe só vota em caso de empate. Só quatro votaram contra o projeto: Priscila Krause (DEM), Edilson Silva (PSOL), Socorro Pimentel (PTB) e Antônio Morais (PP).

Socorro Pimentel disse que houve pouco tempo para debater e pediu que a votação fosse adiada. Priscila Krause falou que o combate à corrupção tem tido destaque em todo o país e que fechar as duas delegacias era seguir na direção contrária à do resto do Brasil.

Edilson Silva reclamou da pressa para aprovar e criticou a apresentação do projeto logo depois do período eleitoral. O deputado Isaltino Nascimento, líder do governo na Alepe, usou o microfone pra defender o projeto.

Decasp

A Decasp foi responsável, nos últimos quatro anos, por 15 operações que resultaram em 49 presos, entre políticos e empresários envolvidos em esquemas de corrupção que, juntos, superam R$ 150 milhões.

A Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Assembleia Legislativa deu, na última quarta-feira (24), parecer favorável ao projeto de lei. O texto, publicado no Diário Oficial, é assinado pelo relator, o deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB). A medida foi criticada pela Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe).

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco, Francisco Rodrigues, estranha o fato de o projeto de lei ter sido remetido à Alepe em “regime de urgência”. Segundo ele, a Decasp vinha funcionando de maneira efetiva.

Outro ponto polêmico da medida proposta por Paulo Câmara e encaminhada à Assembleia Legislativa está no artigo 5 do projeto de lei. De acordo com o documento, o Departamento de Repressão ao Crime Organizado “será chefiado por delegado de polícia nomeado em comissão pelo governador do Estado”, o que não ocorre em nenhum outro departamento da Polícia Civil.

Por meio de nota, a Polícia Civil afirma que o "projeto transforma a Descap em um Departamento, com duas delegacias. O que significa, na prática, um fortalecimento nas investigações contra crimes que desviam recursos do erário público. A primeira delas terá atuação na Capital e Região Metropolitana, enquanto a segunda, terá foco nas demais áreas do Estado".

O texto diz ainda que, caso o projeto seja aprovado, nenhuma das investigações em curso na atual Decasp será encerrada.

"Serão fortalecidas, com o assessoramento de três Núcleos de Inteligência (hoje a Decasp possui um único) e mais recursos disponíveis, tendo o apoio de Delegacias contra a Ordem Tributária (Deccot), Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPCRICI), de Polícia Interestadual e Capturas (Polinter e do Grupo de Operações Especiais (GOE), que também farão parte do novo Departamento".


Com informações do G1pe e O Antagonista.

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