Delegação apresentou trabalhos que visam segurança e discutiu prioridades para a comunidade aeronáutica
Fonte: DECEA, por Gisele Bastos
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Jonathan Jayme - Revisão: Capitão Landenberger
Uma comitiva do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) representou o Brasil na 13ª Conferência de Navegação Aérea (AN-Conf/13), em Montreal, no Canadá. O evento, realizado entre os dias 9 e 19 de outubro, foi promovido pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), da qual o Brasil é signatário desde sua fundação.
A delegação brasileira participou de painéis de discussão e apresentou trabalhos que estão em desenvolvimento. O Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, foi escolhido para ser o vice-presidente da conferência.
O encontro incentiva a colaboração entre os Estados-Membros e as organizações internacionais no alcance de estratégias globais de planejamento, desenvolvimento e implementação de ações que contribuam para a segurança da navegação aérea, além de reunir múltiplas perspectivas da aviação em torno de objetivos e do estabelecimento de prioridades para a comunidade aeronáutica em todo o mundo. É também o momento em que os especialistas apresentam a experiência de seus países, com o objetivo de definir acordos e recomendações nas principais áreas de desempenho do sistema de navegação aérea. Uma vez consolidadas, as orientações serão submetidas à aprovação do Conselho da OACI, durante a 40a Sessão da Assembleia, que será realizada em 2019.
A agenda do Comitê foi dividida por temas: Estratégia Global de Navegação Aérea; Capacitação no Sistema Global de Navegação Aérea; Melhorias no Sistema Global de Navegação Aérea; A Implementação do Sistema Global de Navegação Aérea e o Papel do Planejamento e dos Grupos Regionais; Questões Emergentes.
Foram tratadas, ainda, questões de Segurança Organizacional, subdivididas em Planejamento Estratégico, Implementação de Gerenciamento de Segurança, Monitoramento e Supervisão. Por fim, os últimos itens da agenda falaram dos Riscos da Segurança Operacional e Problemas Emergentes de Segurança.
Trabalhos apresentados
O Coronel Engenheiro Alessander de Andrade Santoro, da Divisão de Tecnologia e Segurança da Informação do Subdepartamento Técnico do DECEA, expôs sobre o desenvolvimento de uma rede estruturada e segura em ambiente digital. O militar solicitou apoio da OACI, em cooperação com a indústria e os provedores de serviços, para encontrar tecnologias que contribuam com a necessidade de cibersegurança no sistema de aviação civil internacional, em um futuro próximo.
O Tenente-Coronel Aviador Mauro Carrinho de Moura, Comandante do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), abordou o tema “Gestão de Tráfego Desconhecido e Operações Autônomas”. O uso de aeronaves remotamente pilotadas, ou drones, tem sido utilizado como equipamento para a entrega de mercadorias, de forma ágil, em várias cidades do mundo. O método de desenvolvimento projetado para fornecer um controle do espaço aéreo em ambiente não tripulado, principalmente abaixo de 400 pés, foi intitulado Gerenciamento de Tráfego de Sistemas de Aeronaves não tripuladas. O Brasil está preocupado com essa demanda futura, que exigirá, no mínimo, sua regulamentação, e é um tema que ainda precisa ser discutido por especialistas em aeronaves remotamente pilotadas (RPAS).
O Major Aviador Hugo Dominato Rossi, da Seção de Planejamento de Gerenciamento de Tráfego Aéreo do Subdepartamento de Operações do DECEA (SDOP), apresentou dois trabalhos. Um deles foi sobre o projeto de reestruturação da Terminal São Paulo, dimensionada para aumentar a eficiência do tráfego aéreo com a remodelação das rotas de voo por instrumentos com a inserção de técnicas da Navegação Baseada em Performance (PBN, do inglês Performance Based Navigation).
O Major Rossi falou, ainda, sobre a “Cooperação Técnica entre o Brasil e a Argentina para implementação do Serviço de Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo”, além de descrever outros acordos de cooperação em processo de negociação com Paraguai, Uruguai, Panamá e Bolívia.
Também da Seção de Planejamento de Gerenciamento de Tráfego Aéreo do SDOP, o Tenente Davi Monteiro de Medeiros apresentou três trabalhos na Conferência de Navegação Aérea. Um deles deu destaque ao SWIM (do inglês, System-Wide Information Management), conceito mundial que propõe uma mudança de paradigma na prestação do serviço aeronáutico e na segurança da informação por ser um sistema interoperável, ou seja, que trabalha com padrões abertos. O conceito SWIM, preconizado pela OACI, aponta para o aumento da consciência situacional por meio da troca de informações em tempo real, asseguradas a qualidade, a integridade e a segurança.
O segundo, em complemento ao primeiro, propôs na Conferência que sejam solicitados aos Escritórios Regionais da OACI apoio na realização de demonstrações regionais de gerenciamento de informação em todo o sistema (SWIM), por meio dos respectivos projetos dos Grupos Regionais de Planejamento e Implementação (PIRGs).
Por fim, o Tenente Davi apresentou o tema "Operações Baseadas em Trajetórias", que apoia o desenvolvimento do conceito pela OACI, destacando seus benefícios. O documento aponta a necessidade de uma rede segura, em que todas as partes interessadas sejam identificadas e a troca de informações seja resiliente às ameaças cibernéticas.
A última apresentação foi do Capitão Engenheiro em Telecomunicações Wallace Gutemberg Medeiros Luz, da Divisão de Coordenação e Delineamento Técnicos do Subdepartamento Técnico, que trouxe detalhes sobre a implementação do CPDLC (do inglês, Controller Pilot Data Link Communications) no espaço aéreo continental. A palestra falou sobre o Projeto LANDELL, que reúne um grupo de trabalho composto por engenheiros, especialistas em comunicações, controladores de tráfego aéreo e analistas de sistemas com o objetivo de planejar e realizar o teste operacional do conceito CPDLC no espaço aéreo continental brasileiro.
Fotos: Delegação DECEA
A delegação brasileira participou de painéis de discussão e apresentou trabalhos que estão em desenvolvimento. O Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, foi escolhido para ser o vice-presidente da conferência.
O encontro incentiva a colaboração entre os Estados-Membros e as organizações internacionais no alcance de estratégias globais de planejamento, desenvolvimento e implementação de ações que contribuam para a segurança da navegação aérea, além de reunir múltiplas perspectivas da aviação em torno de objetivos e do estabelecimento de prioridades para a comunidade aeronáutica em todo o mundo. É também o momento em que os especialistas apresentam a experiência de seus países, com o objetivo de definir acordos e recomendações nas principais áreas de desempenho do sistema de navegação aérea. Uma vez consolidadas, as orientações serão submetidas à aprovação do Conselho da OACI, durante a 40a Sessão da Assembleia, que será realizada em 2019.
A agenda do Comitê foi dividida por temas: Estratégia Global de Navegação Aérea; Capacitação no Sistema Global de Navegação Aérea; Melhorias no Sistema Global de Navegação Aérea; A Implementação do Sistema Global de Navegação Aérea e o Papel do Planejamento e dos Grupos Regionais; Questões Emergentes.
Foram tratadas, ainda, questões de Segurança Organizacional, subdivididas em Planejamento Estratégico, Implementação de Gerenciamento de Segurança, Monitoramento e Supervisão. Por fim, os últimos itens da agenda falaram dos Riscos da Segurança Operacional e Problemas Emergentes de Segurança.
Trabalhos apresentados
O Coronel Engenheiro Alessander de Andrade Santoro, da Divisão de Tecnologia e Segurança da Informação do Subdepartamento Técnico do DECEA, expôs sobre o desenvolvimento de uma rede estruturada e segura em ambiente digital. O militar solicitou apoio da OACI, em cooperação com a indústria e os provedores de serviços, para encontrar tecnologias que contribuam com a necessidade de cibersegurança no sistema de aviação civil internacional, em um futuro próximo.
O Tenente-Coronel Aviador Mauro Carrinho de Moura, Comandante do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), abordou o tema “Gestão de Tráfego Desconhecido e Operações Autônomas”. O uso de aeronaves remotamente pilotadas, ou drones, tem sido utilizado como equipamento para a entrega de mercadorias, de forma ágil, em várias cidades do mundo. O método de desenvolvimento projetado para fornecer um controle do espaço aéreo em ambiente não tripulado, principalmente abaixo de 400 pés, foi intitulado Gerenciamento de Tráfego de Sistemas de Aeronaves não tripuladas. O Brasil está preocupado com essa demanda futura, que exigirá, no mínimo, sua regulamentação, e é um tema que ainda precisa ser discutido por especialistas em aeronaves remotamente pilotadas (RPAS).
O Major Aviador Hugo Dominato Rossi, da Seção de Planejamento de Gerenciamento de Tráfego Aéreo do Subdepartamento de Operações do DECEA (SDOP), apresentou dois trabalhos. Um deles foi sobre o projeto de reestruturação da Terminal São Paulo, dimensionada para aumentar a eficiência do tráfego aéreo com a remodelação das rotas de voo por instrumentos com a inserção de técnicas da Navegação Baseada em Performance (PBN, do inglês Performance Based Navigation).
O Major Rossi falou, ainda, sobre a “Cooperação Técnica entre o Brasil e a Argentina para implementação do Serviço de Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo”, além de descrever outros acordos de cooperação em processo de negociação com Paraguai, Uruguai, Panamá e Bolívia.
Também da Seção de Planejamento de Gerenciamento de Tráfego Aéreo do SDOP, o Tenente Davi Monteiro de Medeiros apresentou três trabalhos na Conferência de Navegação Aérea. Um deles deu destaque ao SWIM (do inglês, System-Wide Information Management), conceito mundial que propõe uma mudança de paradigma na prestação do serviço aeronáutico e na segurança da informação por ser um sistema interoperável, ou seja, que trabalha com padrões abertos. O conceito SWIM, preconizado pela OACI, aponta para o aumento da consciência situacional por meio da troca de informações em tempo real, asseguradas a qualidade, a integridade e a segurança.
O segundo, em complemento ao primeiro, propôs na Conferência que sejam solicitados aos Escritórios Regionais da OACI apoio na realização de demonstrações regionais de gerenciamento de informação em todo o sistema (SWIM), por meio dos respectivos projetos dos Grupos Regionais de Planejamento e Implementação (PIRGs).
Por fim, o Tenente Davi apresentou o tema "Operações Baseadas em Trajetórias", que apoia o desenvolvimento do conceito pela OACI, destacando seus benefícios. O documento aponta a necessidade de uma rede segura, em que todas as partes interessadas sejam identificadas e a troca de informações seja resiliente às ameaças cibernéticas.
A última apresentação foi do Capitão Engenheiro em Telecomunicações Wallace Gutemberg Medeiros Luz, da Divisão de Coordenação e Delineamento Técnicos do Subdepartamento Técnico, que trouxe detalhes sobre a implementação do CPDLC (do inglês, Controller Pilot Data Link Communications) no espaço aéreo continental. A palestra falou sobre o Projeto LANDELL, que reúne um grupo de trabalho composto por engenheiros, especialistas em comunicações, controladores de tráfego aéreo e analistas de sistemas com o objetivo de planejar e realizar o teste operacional do conceito CPDLC no espaço aéreo continental brasileiro.
Fotos: Delegação DECEA
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