A China e dois eventos semelhantes, de pesca ilegal e conflito na América do Sul:

Oceano Pesca 1, AFP
O caso recente do ataque sofrido ao navio Oceano Pesca 1, brasileiro, por parte da embarcação Chang Rong 4, chinesa, durante a pesca de atum, ocorrido a 700 quilômetros do litoral do Rio Grande do Norte, acontecido na quinta-feira, 22 de novembro, e repercutido nos últimos dias, demonstra mais que um conflito por peixe.

Dez tripulantes brasileiros estavam na embarcação. Nenhum ficou ferido. O grupo afirmou que o navio chinês manobrou seis vezes para atingir diretamente a embarcação brasileira. O motivo do ataque ainda não está claro, mas acredita-se que tenha relação com a disputa pela pesca de atum.

Chang Rong 4
"Quando ele [o navio chinês] fez a manobra, ele veio para nos afundar. A pancada foi forte e furou na parte de cima. A gente ficou sem saber ou entender por que eles nos atingiram. Ele queria botar a gente no fundo a todo custo", afirmou o contramestre do barco, Antônio Arcanjo.

Os brasileiros não quiseram falar com a imprensa. O grupo é formado por pescadores do Rio Grande do Norte e do Ceará. Para escapar do ataque, o comandante do navio, Carlos Derlano, ficou circulando em torno da embarcação chinesa, para evitar que ela pegasse velocidade para novos ataques. Os brasileiros também pediram ajuda para outros dois navios.

A Capitania dos Portos abriu um inquérito para investigar o ataque.

Circulavam informações que o governo Dilma Roussef havia cedido a área aos chineses, o que não é verdadeiro. Não existe cessão de áreas pesqueiras à China (https://docs.google.com/spreadsheets/d/1zbUOPJRhcvhqFCEElHnsPjK_7oiFlR3Kceq3Mjc4Tzo/edit#gid=0).

Navio argentino que afundou o pesqueiro chinês. 
Evento parecido aconteceu dois anos atrás (https://brasil.elpais.com/brasil/2016/03/15/internacional/1458071690_194944.html) no governo do argentino de Maurício Macri, alinhado à direita, como o recém-eleito Jair Bolsonaro, no Brasil. A marinha argentina metralhou um barco chinês que, após diversos avisos que estava ilegalmente em águas daquele país, tentou realizar uma manobra semelhante ao Chang Rong 4, dando marcha a ré para provocar o afundamento do vaso de guerra.

A pesca ilegal realizada pela China em águas da América do Sul precisa ser verificada, coibida e, além disso, atestar se eram apenas barcos dedicados à pesca ilegal.

Com informações de Destak e El País.

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