Encontro entre Jair Bolsonaro e Donald Trump - Socialismo, comércio e notícias falsas:

Nessa terça-feira, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro se encontrou com o presidente Donald Trump na Casa Branca, onde os dois líderes sinalizaram um novo relacionamento para os países baseado em seus objetivos comuns de derrotar o socialismo, melhorar o comércio e expor notícias falsas.

Trump começou parabenizando Bolsonaro por sua vitória nas eleições. "Outubro passado foi um feito incrível", disse Trump. “E realmente um desafio verdadeiramente incrível e o resultado final foi algo que o mundo inteiro estava falando.”

Trump previu que eles teriam "uma relação de trabalho fantástica" e notaram que eles "têm muitas visões semelhantes".

"Eu acho que o relacionamento do Brasil com os Estados Unidos por causa da nossa amizade é provavelmente melhor do que nunca (antes)", afirmou Trump.

Trump também agradeceu a Bolsonaro e ao povo do Brasil por fornecer ajuda àqueles que sofrem sob a ditadura socialista na Venezuela. “Também quero expressar nossa profunda gratidão ao Presidente Bolsonaro e a todo o povo brasileiro por seu esforço em fornecer ajuda humanitária”, afirmou. “Também agradecemos por permitir que os Estados Unidos prestem assistência extensa e ajuda maciça na fronteira brasileira. O povo brasileiro tem sido incrível. ”

Trump então se voltou para o socialismo, declarando que “a hora do crepúsculo do socialismo chegou ao nosso hemisfério”.

“Espero que, a propósito, também chegue - aquela hora do crepúsculo - em nosso grande país”, acrescentou Trump, referindo-se a um aumento nos democratas que se identificam como socialistas democráticos.

“A última coisa que queremos nos Estados Unidos é o socialismo”, enfatizou Trump.

Antes da posse de Bolsonaro, o Brasil era controlado por uma administração socialista e Bolsonaro - que concorreu contra vários socialistas - era visto como "uma das últimas esperanças do Brasil contra o socialismo", notou The Daily Wire .

Durante sua coletiva de imprensa conjunta de 25 minutos, Trump também disse que pretende designar o Brasil como um importante possível aliado da OTAN - um status que permitiria ao Brasil ter acesso mais fácil à compra de equipamentos militares dos EUA. Trump acrescentou que ele possivelmente apoiaria o Brasil se tornar um aliado da Otan, embora haja alguma controvérsia se o Brasil se qualificar.

Trump também enfatizou que ele e Bolsonaro compartilham pontos de vista sobre economia e comércio. “Em nossas reuniões, também discutimos os fortes laços econômicos entre nossas nações, fundamentados nos princípios de justiça e reciprocidade - minha palavra favorita, reciprocidade. O presidente Bolsonaro e eu estamos comprometidos em reduzir as barreiras comerciais, facilitar o investimento e apoiar a inovação em vários setores, especialmente energia, infraestrutura, agricultura e tecnologia ”, disse ele.

Trump aplaudiu as visões capitalistas de Bolsonaro, afirmando que as empresas americanas estão "prontas para ir" e investirem no Brasil enquanto Bolsonaro realiza sua visão de "libertar o setor privado e abrir a economia".

Quando foi a vez de Bolsonaro falar, ele convidou Trump para visitar o Brasil, assegurando que ele seria "muito bem recebido pelo povo brasileiro", acrescentando que "sempre admirou" os EUA, mas que seu senso de admiração aumentou quando Trump assumiu.

Bolsonaro ganhou o apelido de “Trump of the Tropics” (Trump dos Trópicos) por suas semelhanças com Trump, incluindo não gostar do politicamente correto e executar uma campanha que dependia muito das mídias sociais em oposição à mídia tradicional.

"Hoje", ele disse, "o Brasil tem um presidente que não é antiamericano, o que é sem precedentes nas últimas décadas". Os dois países "estão unidos pela garantia de liberdade, respeito à família tradicional, o temor a Deus, nosso criador, contra identidade de gênero, política correto e notícias falsas ”, informou a Reuters .

“Inspirado por Ronald Reagan, gostaria de trazer ao Brasil seu estilo de administração, resumido com o seguinte: 'As pessoas deveriam dizer o que o governo deveria fazer, e não o contrário'”, disse Bolsonaro.

Estabelecer a democracia na Venezuela é também “um interesse compartilhado” entre os dois países, afirmou Bolsonaro.

Enquanto recebia perguntas de repórteres, Trump levou um momento para reconhecer o filho de Bolsonaro, o congressista brasileiro Eduardo Bolsonaro.

“Eu vejo na audiência, o filho do presidente, que tem sido fantástico. Você poderia se levantar?” Trump disse. “O trabalho que você fez durante um período muito duro de tempo é simplesmente fantástico, e eu sei que seu pai aprecia isto, que eu posso lhe dizer.”

Eduardo tem sido um forte defensor do conservadorismo americano. Como The Daily Wire relatou anteriormente, Eduardo tem estátuas de Reagan e Trump em seus escritórios, junto com uma moldura mostrando o texto da Segunda Emenda.

Ao responder a uma pergunta, Bolsonaro disse a repórteres que acredita que Trump será reeleito em 2020.

"Obrigado, eu concordo", respondeu Trump.

Com informações do www.dailywire.com

Créditos das imagens - Pedro Henrique Medeiros.