Escrita e Memória:

Parthenon, Séc. V a.C.
Povos ágrafos e nômades contavam apenas com a memória para eternizar os feitos dos grandes homens de seu passado reforçando a identidade do grupo. Foi assim que a Ilíada atravessou os séculos até ser posta no papel no séc VII a.C., por ordem de Psístrato, rei de Atenas. Foi só depois de firmada a memória é que o "milagre grego" despontou e irradiou-se no tempo e no espaço.

Por outro lado, nossa memória virou um caldo ralo, sem gosto nem sabor graças aos muitos relativismos e revisionismos que nosso passado comum sofreu.

Só a memória comum regada todos os dias sustenta monumentos de pedra.

Lucília Coutinho

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