Com um déficit de US$ 113 milhões no comércio bilateral com o Marrocos, no período de janeiro a maio deste ano, o Brasil busca, com os tratados assinados, reverter os números a seu favor. Os acordos envolvem as áreas de investimentos diretos, transportes aéreos, cooperação entre academias diplomáticas, defesa, eliminação de bitributação, intercâmbio e aplicação de tecnologia agrícola e negociações comerciais triangulares.
Na parte de transportes, os acordos vão estimular um maior número de conexões aéreas entre os dois países, a fim de estimular o turismo e a construções de instalações hoteleiras.
Nasser Bourita e Ernesto Araújo. Foto -Raylson Ribeiro/MRE |
O embaixador de Marrocos no Brasil, Nabil Adghoghi, destacou a importância dos acordos como “um marco legal” destinado a facilitar as relações bilaterais. “Agora é montar uma estrutura de cooperação entre o Brasil e o Marrocos destinada a expandir não só o comércio como também estimular negociações sobre investimentos e projetos”.
Saara Ocidental
Durante o encontro, o ministro Nasser Bourita pediu o apoio do chanceler brasileiro à proposta marroquina de dar autonomia, mas não independência, aos habitantes do Saara Ocidental, território considerado pelas Nações Unidas como “não autônomo”. Em resposta, o ministro brasileiro disse que a proposta marroquina é “realista” e merece as “boas vindas” da comunidade internacional. O controle do território é disputado pelo Marrocos e pelo movimento independentista Frente Polisário.
Com informações da Agência Brasil
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