Carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro:

CARTA ABERTA A BOLSONARO

Com o cumprimento da ameaça de parte de Felipe Santa Cruz, candidato a vereador pelo Rio de Janeiro, pelo PT, em 2004, atualmente presidente da OAB nacional, protocolando junto ao STF um Pedido de Explicações ao presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sinto-me no dever de sair em defesa do presidente, dando-lhe ulteriores subsídios, além daqueles que já dei no post “A OAB E OS FOLIÕES”, de (ante)ontem, 30 de julho de 2019.

Isto faço para que ele, em querendo, desde que alguém faça chegar em suas mãos este post, e o de ontem, responda à altura, se quiser, à afronta e o constrangimento que o presidente petista da OAB nacional, junto com a mídia, especialmente a Rede Globo, pretendem lhe gravar.

Inicialmente, sinto-me obrigado a preservar a minha fonte, e disso não abro mão, sendo de todo inútil indagar quem informou, pois que sequer responderei.

Os fatos imediatamente pregressos ao desaparecimento de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, o “Carlos”, da APML, aos 23 de fevereiro de 1974, sábado de carnaval, no Rio de Janeiro, enquanto estudante de direito (UFF), transferindo-se do Rio de Janeiro para São Paulo, naquele ano, como funcionário público na Companhia de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo, teve os seguintes bastidores, e disso deve saber o excelentíssimo presidente da República:

Fernando veio do Rio de Janeiro para pretensamente servir no DAE (Departamento de Águas e Esgotos), então situado na Avenida Paulista, ao final de 1973, início de 1974, pelas mãos de Alceu Fernandes, então engenheiro-chefe do DAE, que lá abrigou cerca de duas dezenas de terroristas de extrema-esquerda.

Esse pessoal recebia salário sem trabalhar, pois, evidentemente o engenheiro-chefe Alceu Fernandes usava o DAE como escudo, liberando o seu pessoal para as ações de guerrilha às custas do Estado brasileiro, que ignaro, não só os custeava, como escondia...

Naquele fevereiro de 1974, certo dia, a esposa de Alceu Fernandes adentrou correndo no DAE e foi direito para a sala do marido, falou com ele, que se levantou e escafedeu-se com a mulher na mesma hora, na frente de seus subordinados, sem pegar um papel ou um lápis.

Décadas depois, já no governo executivo presidencial do PT, um comerciante de nome Geraldo de Resende Santarosa, que trabalhava à época no DAE e que reside na cidade de Promissão, proprietário de uma loja de agropecuária, por acaso encontrou em Brasília o então engenheiro-chefe do DAE, Alceu Fernandes, trabalhando no Palácio do Planalto, mas este se esquivou, apresentando-se com outro nome, evidentemente por ter mudado de identidade, tal como fez José Dirceu.

Fato é que Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, o “Carlos”, da APML, foi até o apartamento de Alceu Fernandes na companhia de outro membro da organização, encontrando o apartamento vazio e todo revirado.

A partir deste momento, Fernando, o “advogado do Rio de Janeiro”, segundo seus colegas do DAE, não mais foi visto por quem fosse, se supondo que tenha partido para o Rio de Janeiro com a esposa, em busca de guarida e saber de Alceu Fernandes, que com certa certeza, era um dos expoentes da luta armada.

O que disse a mulher do até então insuspeito Alceu Fernandes a ele, se desconhece, mas fácil é intuir que ele tinha sido dedurado por alguém que sabia de sua posição na organização, e o DOI-CODI de São Paulo estivesse em seu encalço.

Colhendo outras informações, Alceu Fernandes tinha contatos com a Ação Católica e o Var-Palmares de Lamarca e Dilma Roussef, sumindo em 1974, não deixando rastros, para ressurgir em Brasília, décadas depois, com outra identidade, trabalhando no Planalto, levado pelo PT.

Ocorre que em 1974, a luta armada se encontrava praticamente desarticulada, sendo que Carlos Lamarca, dissidente do Var-Palmares, transferiu-se para o MR-8, concentrando esforços na guerrilha rural, primeiro no Vale do Ribeira, próximo a Eldorado, terra na qual Bolsonaro passou infância e juventude e, acuado, foi-se para a Bahia, Brotas, onde encontrou a morte em 1971.

A maioria das lideranças guerrilheiras extremistas dispersou-se, brigando entre si numa sucessão de dissidências, refugiando-se, a maioria, no Chile de Allende, para escaparem de lá em 1973, quando Pinochet tomou o poder, promovendo êxodo para Cuba e para a Europa, na qual muitos dos guerrilheiros uniram-se aos grupos terroristas: Brigadas Vermelhas (Itália) e Baader-Meinhof-Gruppe (Alemanha Ocidental), ambas financiadas por Moscou da ex-URSS, introduzindo o Mini Manual do Guerrilheiro Urbano, de Carlos Marighela, traduzido, como método de assalto e de terror.

De expoentes da guerrilha, permaneceram vivos após o êxito das Forças Armadas no combate no Araguaia, último reduto dos extremistas armados de esquerda, cujo auge foi em 1972/1973: Antônio Roberto Espinosa, pertencente ao Grupo de Osasco, integrado à VPR e VAR, depois professor da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios, no campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo, no curso de Relações Internacionais, atuante como jornalista e ex-comandante das organizações armadas VPR e VAR, morrendo de câncer do pulmão em 2018; Roque Aparecido da Silva, ainda vivo, militante petista, que integrou o secretariado municipal petista em Salvador, e: José Ibrahim, líder sindical e promotor de greves a partir de 1968, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, da Central Única dos Trabalhadores e da Força Sindical, morto em 2013.

Em 1974, todos os grupos terroristas de extrema-esquerda no Brasil estavam literalmente derrotados, e desmoralizados, não contando com nenhum apoio popular, tanto que o mais importante deles, o VAR-Palmares, saiu completamente de combate, destroçado, em 1973.

Todo o pessoal remanescente da extrema-esquerda volta a ter relevância após 1979, com a Anistia, reorganizando-se sob o manto do PT de Lula e do PSDB de FHC, intimamente associados, enquanto Leonel Brizola dissidia com o seu PDT, até tomarem o poder central em 2002, pelo voto.

O único fato que se tem, fora todas as especulações, inclusive contidas em documentos oficiais, destacando-se o da Aeronáutica, repletos de condicionantes variáveis, do tipo: “provavelmente”, “supostamente”, e por aí afora, a respeito do desaparecimento, em 1974, de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, o “Carlos”, da APML, aos 23 de fevereiro, um sábado de carnaval, no Rio de Janeiro, é que sumiu no interior do apartamento do terrorista Eduardo Collier, após a fuga do chefe Alceu Fernandes e sua mulher, de São Paulo, correndo ambos da sede do DAE na Avenida Paulista após terem sido alertados não se sabe de quê.

"Queima de arquivo"?

De modo que, se querem mesmo saber a verdade, os serviços de informação devem rastrear Alceu Fernandes a partir da sua ficha funcional no antigo DAE, cruzando dados até chegarem à sua atual identidade funcional no Planalto, se é que ainda está vivo.

Uma coisa é certa: O presidente da República não só está sob ataque cerrado, mas sob ameaça física de parte de uma legião que sobreviveu aos chamados “anos de chumbo”, inconformada pela vitória nas eleições de 2018, furiosa por Bolsonaro ter-lhes tirado o osso das garras quando pensavam em tomar de assalto o Brasil.

Paulo Emendabili Souza Barros De Carvalhosa
Dia de Mercúrio, 30 de julho de 2019
87º da Revolução Constitucionalista

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