Ocupar espaços com bons "quadros":

Flavio Lindolfo Sobral 
"Ocupar espaços" é uma estratégia política e cultural decisiva, mas, para que ela possa ocorrer, é preciso ter "quadros". O que é um quadro? É um indivíduo que foi preparado dentro de um movimento ou coletividade, ou seja, passou por uma vivência e formação política, cultural e social que privilegiava as pautas, bandeiras e valores do seu grupo. Se não há movimento cultural de direita, logo não há movimento político de direita e, logo, não há também quadros de direita. 

Do nosso lado há apenas fragmentos e individualidades lutando solitariamente. Sem contar os muitos picaretas e infiltrados que atrapalham e fazem um estrago considerável. Com a vitória de Bolsonaro houve uma aglutinação de pessoas notáveis. Isto não é nem em sonhos febris um movimento, estando mais para um grupo de caubóis esforçados. 

Por mais notáveis que sejam, eles precisam de suporte e apoio e são outros quadros que fazem este trabalho. O quadro principal está no centro do poder formal, mas em torno dele há outros poderes intermediários que precisam ser preenchidos com quadros que comunguem do mesmo programa, ideal, missão e cultura. 

Ademais, esta estrutura que se encontra do Estado faz parte do movimento político que está inserido dentro de algo ainda maior: o movimento cultural. Quando o PT estava na presidência, era isto que estava armado. Ao ser impichado, só uma pequena parte foi removida, ficando a outra intacta.

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