Imagens do filme - Apertem os cintos, o piloto sumiu, de 1980. |
A parte 2 do post sobre o dedo nervoso.
Duas experiências pessoais, vamos a elas, primeiro:
Primeira - o combeiro, que por três vezes, em dias diferentes, ao ouvir de mim que precisaria descer no FIM (substantivo) do viaduto, disse que eu queria descer no FINAL. Na quarta vez eu expliquei a diferença, o porquê de falar uma palavra e não outra. Ele concordou e disse ao motorista: "No final desce...".
Segunda - a moça do self-service que frequento há anos, e que já fui vezes suficientes para saber das minhas preferências, ao ouvir que quero pouca farofa, coloca a mesma quantidade que a dos demais fregueses que pedem. Da última vez eu disse: "Pronto", na metade da colher e ela colocou a mesma quantidade de sempre.
No trabalho automático feito por pessoas sem se dar conta desse automatismo é difícil mesmo fazer diferente e, se não for pela educação escolarizada, quem sabe pela troça, "ridendo castigat mores" chegue-se à percepção de tal comportamento. Com o modo de divulgação dos assuntos federais de maneira direta, a publicação em periódicos eletrônicos é ou opinativa ao que se apresentou na fonte primária, ou o que foi dito, realmente, é ampliado pelos muitos sites e blogs, a fim de dar alcance às grandes realizações, ou às questões de menor importância, mas precisas.
Essa liberdade de imprensa (ainda bem que a maioria conseguiu entender e escolher alguém que não disse que faria e nem está "democratizando os meios de comunicação", expressão malandra de quem queria controlar as notícias), que persiste e ganha novos desdobramentos deu às pessoas comuns, sem sala de redação, nem grande equipe de rua a capacidade de ter um informativo para chamar de seu. Daí pululam os qualquercoisanews, blogoládonapedra e outros sérios, entre os mais recentes, e os anteriores, maiores ou modestos enfrentam esse novos concorrentes, sendo que fidelizar o leitor tem a ver com identificação, multiplicidade ou foco abordados quanto aos assuntos e algum atrativo extra no leiaute.
Sobre esse ponto anterior é quase unanimidade, porém, referindo-se a certos leitores, a ausência de observância no corpo do texto que se compartilha, apenas preso ao título ou palavra específica, o desconhecimento de "gatilhos" (palavras, frases que despertem algo, ou impulsionem a atitudes) e das intenções de quem posta (Sim! Isenção é palavra hoje usada para "bater" igualmente em duas pessoas, sendo apenas uma culpada ou maior responsável por algo). Veja só, reclama-se da Globo, Folha, Época, Istoé, entre outros meios por alguma notícia enviesada, mas não se pode descartar o mesmo comportamento de quaisquer que não esses.
O rapaz, na rede social, "virado no setenta", "tome" repassar publicações. Em um momento de pausa, um post que desmente o repassado minutos atrás levaria a uma reflexão e "pé no freio", mas não: decorrido pouco tempo, "tome" colocar a mesma quantidade de farofa no prato, mesmo sob protestos e esclarecimentos.
O humor na imagem do trecho do filme é em situação de emergência inflar um boneco que apenas segura no manche e nada mais. Bem, fez algo além, é verdade, e você descobre assistindo e dando muita risada.
Jacaúna Medeiros
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