Epidemiologista, cuja projeção de alta infecção pelo Covid-19 foi amplamente citada, reduz os números:

O epidemiologista Neil Ferguson, que criou o modelo amplamente citado de coronavírus do Imperial College London, divulgado por organizações como The New York Times e tornado fundamental para as ações político-governamentais, fez uma grande revisão do modelo, na quarta-feira.

O modelo de Ferguson projetava 2,2 milhões de pessoas mortas nos Estados Unidos e 500.000 no Reino Unido a partir COVID-19, se nenhuma ação fosse tomada para retardar o vírus e atenuar sua curva.

No entanto, depois de apenas um dia de lockdowns (fechamento de estabelecimentos e vias, redução de pessoas nas ruas) encomendados no Reino Unido, Ferguson apresentou estimativas drasticamente reduzidas, revelando que muito mais pessoas provavelmente adquiriram o vírus do que sua equipe descobriu. 


Agora, o epidemiologista prevê que hospitais socorrerão pessoas com o COVID-19 e as estimativas são de que 20.000 pessoas ou muito menos morrerão do próprio vírus, ou em consequência de outras doenças, como relatado pelo New Scientist, quarta-feira.

Ferguson reduziu, assim, sua previsão de 500.000 mortos para 20.000.

Autor e ex-repórter do New York Times, Alex Berenson, soltou o relatório-bomba via Twitter, na quinta-feira, pela manhã (ver Twitter abaixo).

“Esta é uma incrível virada de Neil Ferguson, que liderou a equipe [do Imperial College] que advertiu 500.000 mortes no Reino Unido - e que já testaram positivo para #COVID”, início do comentário de Berenson.
 

Ele diz que o Reino Unido deve ter leitos de UTI suficientes e que o coronavírus provavelmente matará em 20.000 pessoas no Reino Unido - mais da metade, os quais morreriam até o final do ano, de qualquer forma, porque os pacientes são idosos e doentes.

Para contextualizar esse número - geralmente há milhares de mortes por gripe a cada ano no Reino Unido. Eis algumas informações a partir da Universidade de Oxford sobre as mortes que vão entre 600 e 13.000 por ano:

A Influenza (gripe) é uma doença muito comum, altamente infecciosa causada por um vírus. Pode ser muito perigosa, causando complicações graves e morte, especialmente para as pessoas em grupos de risco. Em casos raros, a gripe pode matar as pessoas que são saudáveis. No Reino Unido, estima-se que uma média de 600 pessoas por ano morrem de complicações da gripe. Em alguns anos, estima-se que possa subir para mais de 10.000 mortes (ver, por exemplo, este estudo no Reino Unido a partir de 2013 , que estimou mais de 13.000 mortes resultantes da gripe em 2008-2009). A gripe lidera os casos para centenas de acometidos e dezenas de milhares de hospitalizações por ano.

Berenson continuou: “Essencialmente, o que aconteceu é que as estimativas de transmissibilidade dos vírus aumentaram - o que implica que muitas pessoas já adquiriram a doença, mais do que imaginamos - que por sua vez implica que é menos perigoso.”

“Ferguson agora prevê que a epidemia no Reino Unido atingirá o pico e diminuirá dentro de duas a três semanas - documentos da semana passada diziam que seria necessário 18 meses ou mais de quarentena”, destacou o ex-repórter.

“Um último ponto aqui: Ferguson apresenta o crédito de bloqueio, no qual o 'interessante' é - o Reino Unido só começou o [seu] bloqueio dois dias atrás, e a teoria seria que bloqueios levariam duas semanas ou mais de trabalho”, salientou Berenson. “Não surpreendentemente, este testemunho não recebeu nenhuma atenção nos EUA - Achei apenas em jornais do Reino Unido. A Equipe Apocalipse não estava interessada.”

A mudança de Tom de Ferguson veio dias após o
epidemiologista Sunetra Gupta, da Oxford, ter criticado modelo do professor.

“Estou surpreso que tenha havido tal aceitação incondicional do modelo Imperial College,”, disse Gupta, de acordo com o Financial Times.

O Professor Gupta liderou uma equipe de pesquisadores na Universidade de Oxford, em um estudo de modelagem que sugere que o vírus se espalhou invisivelmente por pelo menos um mês antes do que se suspeitava, concluindo que até metade das pessoas no Reino Unido já foram infectadas pelo COVID-19.

Se seu modelo for preciso, menos de uma pessoa em mil que já foi infectada com COVID-19 ficou muito doente a ponto de ser hospitalizada, deixando a grande maioria das pessoas com casos leves, ou sem sintomas. Em outras palavras, o modelo inicial
de Ferguson, altamente divulgado, estava muito inflacionado.





https://www.dailywire.com/news/epidemiologist-behind-highly-cited-coronavirus-model-admits-he-was-wrong-drastically-revises-model

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