Olhando para os números do dia 15 de novembro, vindos daquele lugar onde só se pode recorrer à recontagem nele mesmo, perguntei a Brito, que tem melhor lembrança dos dados de eleições anteriores e que nesse assunto não é nenhum palpiteiro de Whatsapp, soube por ele que já houve vitória semelhante, perto da casa dos três mil votos.
Proporcionalmente, considerando época passada, com menos eleitores, a vitória atual foi apertada. 2.930 votos a mais pode ter parecido confortável aos colaboradores mais entusiasmados, porém "tirando as crianças da sala", creio que a avaliação do staff deve ter sido realista.
É preciso mais, dada a conta simples de que qualquer número acima dos 50 por cento faria um tranquilo e robusto apoio futuro a candidatos em 22, e não se teve isso, ou você acha que os perdedores irão deixar o espólio político à toa? Há muitos acordos firmados para suporte em dois anos, daí pode ser que um ou dois dos postulantes, dos seis que não conseguiram, deixem os que lhe confiaram os votos para lá, mas não os demais.
Em uma cidade a qual duas famílias costumavam dividir dois terços dos votos entre si, restando ao terceiro terço dos votantes o convencimento de última hora, ou aborrecimento e com isso a escolha de outro, apenas 10 por cento a mais dos votos válidos foram conseguidos pelo vencedor. É uma informação segura para o argumento no título do post.
A matemática anterior e a excessiva confiança não serviram aos que estavam garantindo vitória fácil e que não conseguiram, e nessa sanha alguns exageraram ao ponto de apostarem mais que a vontade, no caso de fracasso, e alguma suposta reserva moral, como fiel da balança - eu já trouxe a expressão em outros textos - foi um verdadeiro exercício de wishful thinking.
0 Comentários