Hoje, o professor, filósofo Olavo de Carvalho completa 70 anos – uma fortaleza moral, intelectual e sem trancas, a fim de que os bons ocupantes de sua sabedoria melhorem a si e sejam úteis aos demais. Começo com ele porque permanece uma força avassaladora contra os “regressistas”, copiadores baratos e indolentes, mesmo entre nós. Sem as preciosas informações, esquemas de aulas, dicas e tantos outros benefícios que a própria vida dele denota, estaríamos tateando diante de invólucro pernicioso – ou sob controle de subintelectualóides social-democratas, ou debaixo de qualquer outro esquema globalista.
É a ele quem devemos escutar quando pensamos em movimento de Direita (começo e meio), o que é, se existe, de onde vêm as ideias, etc. Sei que há uma grande quantidade de pessoas, cuja inveja e ressentimento contra o Olavo é enorme (no Brasil, ou quanto aos brasileiros, o sucesso próprio é ofensivo) e, quando não o imitam (macaqueiam) alegando originalidade em ideias e termos, atestam saber mais para, logo em seguida, ouvirmos os “flatus vocis” (algo como soltar pum pela boca) ou obviedades que os denunciam como farsantes, aproveitadores.
Há uma dissociação atual entre ser inteligente e fazer inteligentemente quanto à militância, como se fossem paradoxais: Prepara-se mais uma mobilização para o dia primeiro de maio e na abundância dos porquês dessa, ora se alega que é o gesto a ser dado ao presidente, que recentemente disse estar esperando algum (qual, exatamente, creem alguns ser este do dia 1 de maio; outros perguntam: “Mais um?”, pensando nas várias manifestações feitas como esse sinal.) para tomar medidas enérgicas. Mesmo com muita insistência da dupla necessidade de preparo e ação, juntos, como estratégia acertada para esclarecer e expandir o pensamento conservador, têm-se escolhido apenas o caráter instantâneo da próxima saída às ruas.
É preciso reconhecer a possibilidade de estar acontecendo dessa maneira, solta, por causa daqueles imitadores baratos do professor que não se entendem como braços do movimento, mas neurônios; não se situando corretamente, então, agem como sabedores de araque, dadores de frases de efeito. De outro jeito é quem só sabe fazer descrição física, não psicológica. De outra maneira é falar sobre a paisagem através de um vidro sujo e nem reparar que está embaçado. Assim, a massa disposta, mas não preparada, aguarda o “Urgente” seguinte da semana da parte desses indivíduos.
Da mesma sorte, pela confusão funcional, aguarda-se apenas a próxima “micareta à droite”, ficando presos a um looping festivo e momentaneamente importante. Também não desconheço a própria falta de vontade de certos em se debruçar sobre saber e poder a partir do primeiro substantivo. Sim, sei dos muitos que acham excêntrico, ou pedante uma leiturazinha inicial para entender comportamentos e esquemas simples, do tipo “daqui vamos para ali e depois acolá”. A esses, o negócio é ser aríete.
Quando um indivíduo exasperado por ouvir insistentemente tal argumento e perguntando o que fazer, nem sempre querendo de fato saber o que, mas como desculpa para não ser mais aporrinhado com a fala repetida dessa ação duplamente necessária escuta ou lê (pode ser o caso agora) alguém, o esperado por ele é “vapt-vupt!”, aquele encontro de fim de semana e só. O resto dá conta, ainda que não entenda muito, mas quem precisa, não é?
Repare que esse prejuízo administrado, essa negligência desde 2018, com a eleição de Bolsonaro e a entrada de uns poucos alinhados na Câmara e Senado só se avolumou lá (restante do país) e cá (PE). Não há um partido conservador (sim, há tentativas e tentativas, arranjos, remendos – PSL, APB, PTB e agora, quem sabe, o “Brasil”, ex-PMB, 35, diz Roberto Jefferson), nem pessoas suficientemente conservadoras neles (há uma porção de bons torcedores do conservadorismo que desconhecem o estatuto do time, os fundadores da agremiação esportiva, os melhores momentos, inclusive achando que basta trocar de camisa que “tá tudo certo”, como aconteceu muito em 18 e já vejo o replay em 22).
O jornalismo local, o qual já critiquei muito (e continuarei) faz o “pesque-e-pague” (clickbait) todos os dias: lança prefeitos como pré a governador supostamente direitistas desde pequenininhos, troca as figuras, lança de novo, fala que são oposição, depois os mostram em fotos constrangedoras (talvez não para eles), e de novo. É uma tremenda confusão, mas quem deles liga? O negócio é ser lido e autoevidenciar-se como tal e qual. No jornalismo local (impresso e eletrônico), o qual a maioria (senão todos) pertence ideologicamente à esquerda (embora não confessem, obviamente) e muito dos poucos não alinhados são imitadores dos grandes, logo reproduzindo segundo sua espécie, filtrar informações deles é trabalhoso demais.
Sim, mas era para ter feito o que que eu já me esqueci que você escreveu tantas vezes neste ano, nos anteriores e não dei atenção? O que era para fazer que eu nunca li porque achei besteira, por acreditar que poderia ficar para depois (sempre fica)? Qual a dica, porque seu blog não está nas minhas leituras, só os sites “tops”, de fora, aqueles que NUNCA discutiram ou honestamente discutiram o local, etc., etc.?
- Para começar: reconhecer, fidelizar, apoiar, mas bem difícil, pois o “sincericídio” continua sendo o forte aqui e isso afugenta quem não quer mudar.
E depois? E quanto ao ano que vem? Fica para a parte 2, nos próximos dias.
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