Sobre avaliar o governo Bolsonaro:



Por que é tão difícil avaliar o governo Bolsonaro?

Todos os governos anteriores não passavam de cartas marcadas em que uma elite hegemônica manteria seu status. O mais irônico é que o petismo era vendido como antídoto contra este estado de coisas, mas que acabou se tornando o mais lucrativo investimento do estamento burocrático (Metacapitalistas investindo em radicais de 
esquerda não é bem uma novidade).

Assim, todos os governos anteriores tinham seu projeto de governo atrelado a um objetivo em comum: manter a ordem histórica, senão caíam. O Collor e a Dilma estão aí para não me deixar mentir. Contudo, esses projetos tinham suas peculiaridades, suas características próprias. É fácil de entender que planos desta envergadura não são frutos de uma única pessoa, e sim a consolidação de várias mentes pensantes, de diversas lideranças, que no contínuo debate buscam um modelo de país e cidadão. 

Deixo claro que não falo daqueles planos de governo que são apresentados em anos de eleição, mas daqueles que são efetivamente executados e só vistos em seu conjunto apenas no final do mandato. Este sim é o verdadeiro. O governo Bolsonaro foi o primeiro a se propor a fazer e executar aquilo que foi exposto publicamente, sendo norteado por bandeiras populares e anseios do povão.

Desde o início do seu governo essa agenda foi sabotada das formas mais incríveis e por diversos agentes, tanto internos quanto externos. E, no meu entender, este é o maior problema da sua gestão. Temos o presidente e político mais popular da nossa história e o povão politicamente mais engajado que já se viu no mundo. Mais ainda: é o primeiro governo que se tem notícia que não tem sustentação na elite do país.

Para aqueles que acham isso nada demais, isto é algo inédito na história não somente do nosso país como também do mundo. Avaliar seu governo como se fosse mais um é ignorar o ineditismo de tudo isto.

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