Do caminho da prosperidade para o caminho da servidão







Não me conformo que a elite brasileira, os intelectuais brasileiros, os economistas, os jornalistas brasileiros e a classe média tenham destruído a última chance do Brasil dar certo. Existe um limite de problemas sem solução que uma economia consegue suportar.

Estamos acumulando problemas há 50 anos, sem sequer discuti-los nas eleições. Já estávamos no limite do suportável, e por causa de um punhado de pessoas vamos para o precipício, do qual talvez jamais retornaremos. Vide Cuba.

O gráfico abaixo mostra que surfamos uma onda que termina em 2022.


FHC, Lula e Dilma, fizeram péssimos governos, simplesmente surfaram o aumento de produtividade demográfica, que acabou.
Agora teremos o inverso, uma queda de produtividade e aumento de impostos à medida que vamos envelhecendo. O gráfico vermelho mostra a proporção da população economicamente ativa, versus a população dependente do que nós ativos produzimos. Em 2060 entraremos em colapso, mais pessoas aposentadas do que trabalhando.

Ou seja, muito antes de 2060 nossos filhos serão taxados em quase 100%, para que seus pais irresponsáveis possam viver. Obviamente entraremos numa guerra civil, ou mais provavelmente nossos jovens vão mudar de país, Estados Unidos ou Canadá, e os velhos morrerão de fome cantando Lula Lá. Existiria outra saída, a de criarmos empresários e engenheiros criativos que consigam triplicar nossa produtividade.

Mas, elegemos um sindicalista e um bando de professores que odeiam metas de produtividade. Estou arrasado porque gastei metade da minha vida alertando sobre esse dia, e esse dia chegou.

30 de outubro de 2022 entrará na história como o dia em que rejeitamos a esperança de dar uma virada no curso da nossa história.
Aos jovens, como Felipe Neto, aos jornalistas, como William Bonner, aos economistas, como Pérsio Arida, aos empresários, como Guilherme Leal, que irresponsabilidade social vocês cometeram.

Eram suas a responsabilidade de olhar para o futuro, eram vocês que deveriam ter alertado da nossa dívida previdenciária de 45 trilhões, que seus próprios netos terão de pagar. Eram vocês que deveriam ter apoiado quem escolheu técnicos e não políticos para cargos no Executivo.

Eram vocês que deveriam ter apoiado o louco que estava reduzindo o tamanho do Estado, reduzindo impostos, e financiando startups. Não é o povo facilmente enganado por políticos populistas que prometem picanha que são os culpados desse desastre eleitoral. Foram vocês, os mais esclarecidos e bem informados, que destruíram o futuro do país pensando em interesses de curto prazo.

Que decepção!

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