"Deus a devolveu para mim três vezes".
Embora eu tenha prestado atenção ao restante da história, a frase ficou guardada e esperei a explicação. No final você ficará sabendo também.
É difícil a vida do fiel casado, comprometido com o amor da vida terrena, e este alheio a aliança com Jesus.
Antes de continuar, vejamos: "Falei essas coisas para que em mim vocês tenham paz. No mundo, vocês passam por aflições; mas tenham coragem: eu venci o mundo." (Jo 16:23)
Continuo: as orações dele foram e são as mesmas na forma. Já as ouvi diversas vezes. O conteúdo ora é mudado, ora acrescentado, ora reduzido, mas sempre em tom de fé e vontade entregue. Agradecimento, confiança, esperança encarnada naquilo que o escritor de Hebreus descreveu no capítulo 11.
Ele continua falando da sua esposa, e isso com um riso de satisfação no canto da boca. O outro ouvinte da história estava acompanhando automaticamente. Eu olho para ela, e um riso tímido em resposta, concordando com a fala dele atesta a afirmação de que Deus ouvira as muitas vezes que orou, sendo a maior parte delas uma conversa particular.
"O meu Senhor e eu temos um trato especial: o meu Senhor cuida de mim, e eu cuido das coisas do meu Senhor", um trecho de hino lembrado por mim, sobre a conversa.
O "É verdade" dito por ela vai além de ambos terem voltado às reuniões juntos. Foi um reconhecimento semelhante ao de Pedro: "Senhor, para quem iremos? O senhor tem as palavras da vida eterna."
Mudamos de assunto e no fim do encontro eu perguntei: "O que você quis dizer com Deus a devolveu três vezes?" Ela esteve a ponto de ir embora dessa vida em três situações, respondeu. Eu não duvido que todas as vezes que ele a pediu de volta foi pela oportunidade de ter a irmã restaurada lá em cima e aqui, entre nós. Ele ganhou não só o par nas reuniões, mas a esposa companheira de uma vida. Ele ainda a olha notada ou discretamente.
Belo, celestial. Obrigado pela conversa, meu caro.
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