A expressão Instituições Democráticas, ou algo do gênero, em meio às tomadas de decisões de órgãos e indivíduos presenciados por essas bandas é "flatus vocis". O restante são ações que, de cada dez, nove serão vetadas, derrubadas, frustradas. É parte do jogo das aparências (dos outros) dizer que tudo corre quase perfeitamente bem. Quem acredite - que se iluda só, ou em companhia de cegos guiando outros.
A preparação pessoal (autoeducação, elevação cultural), de vontade e consciência dessa necessidade continua, agora no neo-despotismo (não esclarecido). O país, sob as rédeas de quem agora está, apertará progressivamente (vide a nova reforma tributária, perfeita peça socialista) e só permitirá - não porque deseje, mas por ser incapaz de lidar, se existirem -, duas correntes muito bem sabedoras uma da outra: a das aparências democráticas, que se encontra em alguns partidos tidos fragilmente por direita, e a furtiva, semimarginal, cujo nome, claro, não permitem detalhes aqui. Se a direita conflitante (sem vírgula, restritiva) não entender isso que passa também por bastante discussão, não a mera troca de insultos, será a derrocada final.
Não me refiro, quanto à discussão, aos inocentes-úteis de redes sociais que, à imediata leitura de alguém lúcido e honesto apontando incongruências de quem se alega à droite já vocifera contra o constatador e mantém fidelidade canina ao vacilante, mas a pessoas de thinktanks em um segundo momento de sua atuação (mobilização sucede debates prolongados de intelectuais, mas o pessoal bobinho que não atinou a isso, e mesmo os brincantes que fazem alguma ideia e permanecem na gozação ficarão estacionados).
A história ensina, ou deveria: no passado, a esquerda, compreendendo que não conseguiria de uma maneira imediatamente direta atingir seu objetivo, este quase completo em nossos dias, levou décadas para implantá-lo a base de infiltrações, publicações em jornais, revistas, participação quase-inocente em mídia eletrônica, show-business, etc., fez corpos e cabeças doentios, mas crendo visionários de uma revolução na esperança deste mundo, apenas. Se ainda não entendeu, por exemplo, PCB e PCdoB escolheram vias diferentes, nos 60: uma pelo voto; outra pela luta armada. Duas frentes, duas.
Não significa que não haja pretendentes a mais de uma estratégia, mas estes permanecem limitados financeiramente, ou por terem despertado apenas nesse momento em que mais se apoia quem mais faz barulho, "mita", diz (ou digita) palavras de ordem, fascinando os emocionados que, preenchidos certos sentimentos abrem carteiras, passam pix e coisas do tipo, ou por tentarem através de esforços próprios, insuficientes, precisando até pausar carreiras e projetos para realizarem o ganha-pão com outras atividades. Novamente, neste caso, dependeriam daqueles deslumbrados com os "influencers", "deputags", etc.
Recordo-me de uma cena do filme Waterworld, o Segredo das Águas, na qual o vilão (Dennis Hopper) está em um petroleiro cheio de iguais bandidos, enquanto discursa no convés superior apontando uma direção, e assim que termina a palavra, os idiotas úteis começam o esforço de remar. Após isso aproxima-se um mais esperto e pergunta:
- "Pra onde tamos indo?"
- "Não se preocupe, vão remar um mês antes de perceberem a mentira.". Confira:
De um modo geral está desse jeito.
Assunto recorrente - em PE há parlamentares que se alegam conservadores, cuja atividade é, por um lado, a de praxe, compreensível, e por outra, deveria ser o apoio àquela que está no meio do terceiro parágrafo. Deveria. O que parece é estarem ocupados demais em exercer o cargo e por não terem a base (nem entre seus assessores alguém, ou pessoas suficientes), base não podem ser dos que poderiam criar as condições para a frente agente e a pensante. Pois é, deixar para depois a preparação intelecto-cultural resulta nisso.
A ver, a ver - grupos de direita no estado podem somar à iniciativa de juventude política no estado, movimento de outros lugares, sim, e aqui carece muito de ajuste, treino e ação coordenada, conjunta.
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