Vou assistir, claro. Mas, de antemão: por que tantas críticas? A resposta é simples: desde que passaram a achar que Cinema é fonte histórica! Eu aprendi que “Cinema é a maior diversão”. Por isso no filme Napoleão (1769-1821) presencia a decapitação de Maria Antonieta (1755-1793) – estava bem longe de Paris, em Toulon, combatendo contrarrevolucionários – e dinamita as pirâmides. Bem, apesar de filmes não terem essa obrigação de fidelidade histórica, caso queiram saber a dúzia de erros históricos de um “filme histórico”, leiam a excelente crítica do Prof. Dr. Francisco Gracia Alonso (1960-) da Universidad de Barcelona (ele conclui que o filme é um crime...).
Sou medievalista: já estou acostumado a “licenças poéticas” em relação à Idade Média por parte de Hollywood. Quem quer aprender História, tem que ler livros – e que se baseiem em fontes primárias (documentos de época).
Ricardo da Costa em publicação originalmente do Facebook.
Comentários do post:
Kaliel Souza de Aguirre
O espectador médio de cinema poderia jurar que "Cowboys e Aliens" (2011) é uma história real, ou melhor, um documentário sobre a vida animal em Marte. Trata-se de uma hipérbole, embora eu tenha minhas dúvidas, mas uma hipérbole bastante realista. O jovem entusiasta do cinema está satisfeito em absorver a narrativa que dominou a historiografia dos séculos XVI a XIX; afinal, é mais conveniente do que passar algumas dezenas de horas imerso em antologias documentais e análises históricas sérias.
Bruno Gimenes Di Lascio
Não é só pelas imprecisões historiográficas. Todas as escolhas de roteiro e edição foram erradas. O filme não tem qualquer inspiração e o biografado é retratado como um paspalhão, tornando impossível ao espectador conectar o agente aos seus respectivos feitos.
Thiago Rachid
Parece-me até um bom serviço esses tiros nas pirâmides para que se desmoralize a ideia dos filmes como fonte histórica.
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