– Tem algo errado. – respirei fundo – Minha filha é transsexual não-binário.
– E o que isso tem a ver? – perguntou o meliante em tom de indignação.
– A voz dela está mais grave, por causa da suplementação de testosterona. – esclareci. Houve uma pausa constrangedora
O suposto sequestrador resolveu ignorar e dizer:
O suposto sequestrador resolveu ignorar e dizer:
– Olha, cê tem que transferir R$ 7 mil para salvar sua filha. Se não fizer isso, vou ter que matar.
– Meu Deus! Tem uma outra questão. – alertei.
– Qual? – indagou o bandido Respondi com firmeza:
– “Minha filha” nunca esteve no Rio de Janeiro. Surpreso, o bandido respondeu: – E quem disse que extou no Riu di Janeiro? Exxxtou no interior do Sul. E eu rebati: – Então, fala “bah” e “tchê”. Impaciente, o bandido disse:
– Olha, vai transferir o dinheiro ou eu vou ter que matar sua filha?
– Olha, vai transferir o dinheiro ou eu vou ter que matar sua filha?
– Pode matar. Eu acredito em reencarnação. Ela vai nascer de novo. A ligação foi encerrada. É cada uma, né? No Brasil, encarcerado tem celular com crédito. Kkkkkkk Beijo, gente!
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