Exaltação à indolência e pobreza voluntária



A música “Só Fé”, do “cantor/compositor” Grelo, viralizou nas redes sociais nas últimas semanas. A letra fala que você já tem tudo que você precisa para ser feliz, que o mínimo basta, como se a vida fosse só fé e “ter um dinheiro pra comprar um mé, o leitin das criança e o Modess da muié”. É a velha mensagem subliminar de boa parte da chamada “cultura brasileira”, a conhecida romantização da pobreza e da miséria. Se isso não bastasse, a música desse post ainda veste uma roupagem de “fé”, para seduzir os incautos. 

Lembre-se que em Gênesis 3:19 está escrito que “NO suor do teu rosto, comerás o teu pão”. Não é no suor do rosto dos outros: é no suor do SEU rosto. Em provérbios 10:4: “as mãos preguiçosas empobrecem o homem”. Em Provérbios 19:15: “A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome”. Em Provérbios 20:13: “Não ame o sono, senão você acabará ficando pobre; fique desperto, e terá alimento de sobra”. 

Em 2 Tessalonicenses 3:10, lê-se: “se alguém não quiser trabalhar, não coma também”. Não se trata de “só fé”. Nunca se tratou apenas de fé. Ademais, “Ter um dinheiro pra comprar um mé, o leitin das criança e o Modess da muié” não parece ser exatamente o propósito mais elevado para uma criatura que, segundo os textos sagrados, foi feita à imagem e semelhança de Deus. 

O humano foi constituído para “dominar sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão”(Gênesis 1:26). No Spotify, a música “Só Fé” já passou 23 milhões de execuções! 

Eu gostaria de saber exatamente como uma música que exalta a indolência e a pobreza voluntária como sendo “virtudes” para um ser humano pode estar entre as mais ouvidas em um país onde cerca de 87% da população se diz Cristã e afirma seguir os preceitos da Bíblia. Você sabe?

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