Sakineh Mohammadi Ashtiani, iraniana condenada à morte por supostamente ter se relacionado com dois homens depois que o marido morreu está no centro da discussão. A justiça iraniana recentemente mudou a morte por apedrejamento para enforcamento; isto não muda o fato de que ambos levam a condenada ao óbito. No exposto há pelo menos duas coisas a pensar: Se Sakineh cometeu adultério não era necessário haver um marido então, e esse marido vivo? O que acontecerá aos supostos dois homens que se relacionaram com ela?
Certa vez a Jesus foi levada uma mulher flagrada em adultério, a lei autorizava que esta mulher fosse apedrejada até a morte. Os acusadores esperavam que Jesus se posicionasse a respeito e ele o fez. O resultado foi a mulher viva e, eu não esqueci – Jesus disse: “Vai e não peques mais”. A lei contida no Corão a respeito de pecado – Sura 42:37 diz: "Os que evitam grandes ofensas e obscenidades" e Sura 53:32: "Os que evitam grandes ofensas e obscenidades, mas são inclinados a fraquezas, a misericórdia do seu Senhor é grande".
Em nenhum momento defende-se o erro, a transgressão. Defende-se a verdade e como ela é vista na ótica de determinados grupos religiosos. Outro fato curioso é que um “grande pecado” (inclusive os teólogos diferem sobre o número dos pecados maiores) é acusar falsamente uma mulher de adultério.
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