Entrevistas ao vivo em grandes redes de televisão têm imenso valor e devem prosseguir, saber dos candidatos como lidam e vão lidar com idéias, projetos e dificuldades. Sabatinas são imprescindíveis. Deve-se interrogar de tudo, pontos fracos e fortes de cada candidato e até em alguns momentos uniformizar os questionamentos aos postulantes para aferir diferenças nas opiniões.
O presidente Lula criticou de forma indireta um dos apresentadores da mídia televisiva por ter sido grosseiro com a candidata Dilma Roussef, mas atesto que ele foi da mesma maneira com outra candidata, Marina Silva. Se foi grosseiro mesmo, não se pode afirmar veementemente. No entanto há algo que inexplicavelmente não foi questionado, uma vez que as duas têm o que relatar a respeito: corrupção – poupado à Dilma e cobrado à Marina.
Quem está incumbido da tarefa heróica e vilã (depende de quem é entrevistado e como isso repercute) da reportagem presta-se como porta-voz do povo, do órgão da mídia e de si mesmo. Assume uma identidade compartilhada (não dupla personalidade) e dela tem o que prestar contas. Isenção em si, difícil – tarefa redobrada em policiar-se.
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