A esfinge lançou o desafio e o único capacitado a descobrir tal mistério foi o desafortunado Édipo, pois mesmo tendo livrado Tebas da criatura, casou-se com a mãe e matou o pai, sem saber que ambos eram seus progenitores. Que castigo para quem fez um benefício à humanidade.
Resta saber hoje se as vilãs esfinges político-partidárias podem ser contrariadas, da mesma forma para que, sendo derrotadas, livremos a polis de tamanho horror. Ainda resta saber se os capacitados pretendem verdadeiramente encarar o confronto, uma vez que o castigo pode ser ironicamente igual.
Traduzindo: estamos cercados de escolhidos que não deveriam estar lá, no poder e quem os pôs? Tal qual Édipos, matamos as esfinges, mas acabamos não nos livrando da maldição. Estaríamos mesmo vivendo a mitologia, com traços característicos de nossa democracia, ou quem sabe é só um delírio literário?
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