O São Paulo dá sinais de "cansaço do cansaço".


Um incêndio ocorrido na antessala do alojamento do porta-aviões, provavelmente provocado por uma pane elétrica, matou um marinheiro e deixou outro ferido nesta madrugada (quarta), no Rio de Janeiro. O acidente poderia ter sido pior, no entanto todo marinheiro aprende a combater incêndios (eu fui e aprendi) e o CAv (controle de avarias) debelou o fogo. Tendo sido construído de 1957 a 1960 para o serviço na marinha francesa (faz tempo, hein!?), o porta-aviões ou navio aeródromo (NAe) que possuía o nome de FS Foch (homenagem a Ferdinand Foch, comandante das tropas aliadas na Primeira Guerra Mundial), chegou aqui nos anos 2000, vendido à Marinha Brasileira por 12 milhões de dólares com o fim de ser usado para coordenar a defesa costeira brasileira, recebeu o nome de São Paulo, substituindo o Minas Gerais, o anterior que possuíamos da época da Segunda Guerra Mundial (este foi vendido à China e virou parque), inclusive o Minas Gerais é o último aeródromo da 2a GM (merecia melhor destino). Equipado eletrônica e belicamente, a Nau Capitânia São Paulo comporta até quarenta aeronaves e dois mil marujos (em comparação aos EUA, os ianques da classe Nymitz podem comportar noventa aviões e seis mil homens). A marinha, ao meu ver fez um péssimo negócio com um navio de mais de 50 anos que estava para ser aposentado, porém não se pode culpar a MB de todo, pois depende do governo federal para compras maiores. Não é só a preocupação com uma guerra que pode vir ou não, trata-se da capacidade de defesa, proteção a mais de sete mil quilômetros de litoral o qual deve ter modernos navios de patrulha, fragatas, submarinos e aeródromos com aviação capaz.



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