Marcia Mendes e Gilmar Tiburi - Ícones da República desmoronada

Que o Brasil passou por mudanças profundas nas últimas décadas ninguém duvida. Entretanto, além da inequívoca transformação, comprovamos que o Brasil também retrocedeu sobremaneira. Até mesmo os ícones dos mais corriqueiros setores nacionais expõem o nosso esfacelamento social.

Esta semana foi amplamente divulgado um vídeo onde uma autointitulada “filósofa” declara sem qualquer constrangimento moral aparente que assaltar é compreensível e que o crime seria justificável se olharmos sob a ótica do capitalismo opressor - já que o criminoso instigado pela cobiça inerente ao sistema, teria o “legítimo” direito de buscar - por intermédio do ato criminoso - aquilo que não poderia normalmente adquirir.

A autora do absurdo é uma brasileira medíocre, cevada intelectualmente no ambiente marcuseano, nutrida pelo atraso ‘woodstoquiano' da extrema-esquerda - aquele que parou de raciocinar há pelo menos cinco décadas. Local em que a bandidagem não só é defendida com unhas e dentes como também é cultivada para se tornar uma das armas da tão falada revolução. Marcia Tiburi, a autora do disparate, escreveu um livreto que cinicamente denominou “Como Conversar com um Fascista”. A mesma pessoa que em outro episódio desafiou o conteúdo de sua hipócrita obra literária recusando a sentar-se à mesa com um desafeto ideológico. A empoderada criatura que diante de câmaras e microfones provou por A mais B que não passa de um subproduto daquilo que prega e que, jamais põe em prática. Descortinando assim, a hipocrisia da lei prevista no Código de Superioridade Moral, defendido por todo e qualquer agente do marxismo.

Em outro caso, um magistrado da mais Alta Corte do país - conhecido por sua suprema bondade com criminosos do colarinho branco -, quando de um banal voo comercial, foi esculachado por uma porção de passageiros indignados com a tamanha patifaria institucional brasileira. Gilmar Mendes provou o gostinho da máxima reprovação popular, do asco que sua figura pública provoca. Ele sentiu na pele que é uma persona non grata - apesar de não se importar muito com isso.

Tempos não tão remotos, enchíamos a boca ao falarmos dos nossos homens públicos. Aqueles escolhidos pelo notório saber jurídico e reputação ilibada, pessoas que respeitávamos e tínhamos como representantes máximos da nossa egrégia Justiça. Em um tempo onde ela, justiça, (ainda) não tinha se tornado (completamente) um aparelho estatal de transformação social. Um tempo em que bandidos assim eram reconhecidos e tratados.

O Brasil mudou! A República desmoronou e nos seus escombros encontramos Márcia e Gilmar. Dois notáveis representantes do novo Brasil que regrediu intelectual, institucional e moralmente.

O pior é pensarmos que Márcia - a fascista que se diz antifascista - defende a legitimidade do assalto. E Gilmar - que diz obedecer a lei - entende que ela está certa - desde, claro, que milhões - quiçá bilhões - sejam assaltados. Hoje Gilmar Tiburi e Marcia Mendes são duas construções típicas do novo e incivilizado Brasil. Pessoas de diferentes profissões, mas de igual valia.

Claudia Wild

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