Assim que soube, comecei a reunir-me com a irmandade a fim pedirmos pela vida de nosso amado. Reconhecemos a soberania de Deus em qualquer decisão, no entanto, em sua Santa Escritura, ele dissera que poderíamos rogar pelas pessoas. E fizemos assim por dias. Muitos dobraram os joelhos, fecharam os olhos nas refeições, lembraram dele enquanto deitavam e levantaram nas madrugadas, na intenção. Alguma coisa sucedeu: quem se aproximava do corpo adormecido de João sentia algo, uma força sobrenatural, da enfermeira mais constante a alguns que iam a fim de dirigir preces ao lado do leito. Confesso ter sentido algo igual, em uma tarde que fui para visitar e orar por nosso amado, na UTI.
Deus atendeu nossos pedidos, sua misericórdia cooperou com sua vontade e nos trouxe João Henrique. Fizemos semelhante às pessoas que Dorcas ajudou (Atos 9:39), mostramos em oração o quanto aquele querido irmão mesmo doente renal anos atrás não deixava de agradecer ao Grande, pela oportunidade de falar sobre o amor de Cristo aos que acompanhavam as diálises.
Orações movem o coração de Deus, como diz um hino popular e, além dele, moveram também o daquele médico que desacreditara todo o caso, fazendo-o ir até Tati, mulher de João, e pedir desculpas por não ter acreditado. Um milagre fora operado, em uma junção de rogos, mãos médicas e o dedo do Senhor. Um cristão prega pelas suas palavras, sua vida, sua dedicação.
Hoje, meses depois, ao visitar o casal em sua residência, notei o mesmo João - problemas diversos de saúde, mas nenhum sinal de abatimento espiritual, pelo contrário, convocando-me para mais uma atividade, o que aceitei de pronto. Vi muito amor naquela casa, com uma esposa cheia de uma fé de aço, dedicação incansável e um marido correspondendo-a com um olhar de enamoramento, contentamento vindo do Alto.
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