EUA: Cresce adesão ao movimento “Minha geração vai erradicar o aborto”:

A campanha pró-vida chamada “My generation will end abortion” (minha geração vai acabar com o aborto, tradução literal livre) tem crescido significativamente nos EUA e agora conta com apoio do presidente Donald Trump e de seu vice-presidente, Mike Pence.

A onda de otimismo frente a expansão das iniciativas pró-vida começou faz alguns anos e conta agora com apoio da presidência dos Estados Unidos e comemora avanços concretos.

Apoio da presidência dos Estados Unidos
Em janeiro de 2018 pela primeira vez um presidente americano participou da marcha anual pela vida. Trump fez um discurso 100% em apoio à vida destacando as diversas ações concretas realizadas em seu primeiro ano de governo contra o lobby abortista, como os gigantescos cortes de financiamentos públicos para projetos abortistas.

Agora em março o vice-presidente Mike Pence, em um encontro na organização pró-vida Susan B. Anthony List & Life Institute, destacou:

“Se todos nós fizermos tudo o que pudermos, podemos restaurar a santidade da vida ao centro da lei americana”

A onda de otimismo pela valorização da vida
O frase tem sido cada vez mais repetida nos Estados Unidos e em diversos outros países que tiveram o aborto legalizado há décadas mas hoje comemoram grandes avanços do movimento pró-vida.

A organização pró-vida Texas Alliance for Life fez um vídeo de pouco mais de 5 minutos que traz o título da campanha e chama as pessoas que se intitulam pró-vida para se engajarem nessa luta. O vídeo faz um resumo dos principais marcos desde a legalização do aborto, em 1973, e dá destaque aos recentes avanços do movimento pró-vida, demonstrando as reais chances de sucesso dessa geração em erradicar o aborto tanto pela desestimulação de sua prática quanto pela revogando as leis que favorecem a indústria do aborto.

A queda do movimento abortista e a ascensão pró-vida
A queda do movimento abortista é reflexo da consequência da legalização do aborto e de seus próprios atos. As mentiras usadas para aprovar o aborto legal vêm sendo paulatinamente descobertas e os efeitos colaterais do aborto cada vez tornam-se mais evidentes.

Milhares de pesquisas científicas, documentos e decisões judiciais mostram as mazelas da sociedade que tem o aborto legal: são abortos forçados, aborto coercitivo, seleção de sexo por aborto, aumento no risco de câncer de mama, prematuridade em gestações futuras, depressão, ansiedade, aumento nas taxas de suicídio, infertilidade, perda de libido, destruição das famílias e separação de casais, venda de órgãos e tecidos de fetos etc.

A indústria do aborto vêm contratando pesquisadores, ativistas, jornalistas e subsidiando políticos há décadas para produzir pesquisas que tentem desmentir ou atenuar todos esses problemas, mas pouco resultado tem sido obtido.

Em paralelo, a ciência da embriologia e fetologia também obtiveram avanços significativos desde a década de 1970, quando se legalizou o aborto na maioria dos países como EUA, Canadá e Reino Unido, por exemplo. São estudos cada vez mais robustos que mostram a humanidade do embrião ou do feto nos estágios mais iniciais de uma gestação.

A conversão de pró-escolhas para a posição pró-vida também tem contribuído para a queda do movimento abortista.

Como destaca o vídeo da organização pró-vida do Texas, nas últimas décadas o movimento em defesa da vida cresceu e passou a contar com apoio de ex-militantes e inclusive de ex-funcionários de clínicas de aborto, como é o caso do Dr. Bernard Nathanson e o caso da Srta. Abby Johnson. Abby trabalhava numa clínica da Planned Parenthood e um dia, ao participar de um aborto assistiu a agonia do feto pela tela do aparelho de ultrassonografia. Após o aborto a Srta. Abby pediu demissão e juntou-se aos militantes pró-vida tornando-se uma grande defensora da causa. A experiência de Abby Johnson foi publicada no livro em inglês UnPlanned (disponível na Kindle Store).

Situação brasileira: o Brasil irá erradicar o aborto ou legalizar?
O Brasil é um grande alvo da indústria internacional do aborto e infelizmente os movimentos pró-aborto ainda têm muita força e vem guiando o debate enquanto enfrentam uma tímida oposição de poucos ativistas pró-vida e pesquisadores que atuam em defesa dos não nascidos mas representam a vontade de 87% da população brasileira, que é contra o aborto.

No ambiente cultural as barreiras da língua inglesa dificultam o acesso à informação. O monopólio ideológico dos grandes veículos de comunicação e a infiltração da esquerda abortista nas esferas do serviço público, que vai do STF (por conta da indicação dos ministros pelos governos petistas de Lula e Dilma) até funcionários do Ministério da Saúde, representantes em Associações e Conselhos Profissionais e universidades têm produzido um ambiente perigoso, que ameaça a vida de quem aguarda a hora do parto para ver a luz do dia e a face de seus pais.

Apesar disso, o movimento pró-vida no Brasil também vem crescendo. Contudo, seu crescimento pode não significar outra coisa senão um maior número de pessoas lamentando a legalização do aborto. A onda de otimismo dos EUA é certamente uma esperança para o Brasil mas o movimento pró-vida brasileiro precisará crescer de forma rápida e consistente para tornar-se um obstáculo.

Se o Brasil não fizer a sua parte poderá ver um novo e inusitado cenário: aborto legal no Brasil e aborto proibido nos Estados Unidos.




– Com informações do site Crítica Nacional.


Marlon Derosa, pesquisador e tradutor, escreve e coordena pesquisas para o site EstudosNacionais.com e para a Revista Estudos Nacionais. Desenvolve projetos editoriais na editora Estudos Nacionais e Livraria Pius. Organizador e coautor do livro “Precisamos falar sobre aborto: mitos e verdades”.
http://estudosnacionais.com

Postar um comentário

0 Comentários

Close Menu