Filipe Martins - SEM FAMÍLIAS NÃO HÁ LIBERDADE:

Relembrando texto do ano passado

Muita gente achou curiosa, e até contraditória, a foto que escolhi para ilustrar minha reflexão sobre a morte do David Rockefeller, mas não há nada de contraditório ali...

A família tradicional é o organismo mais efetivo para a conquista e a manutenção do poder e, por isso mesmo, os poderosos fazem de tudo para transformá-la em um privilégio cada vez menos acessível às massas.

Os Rockefellers e outras dinastias têm consciência de que sem os laços profundos, orgânicos e duradouros que só existem no seio de uma família patriarcal é impossível alcançar a transmissão intergeracional de tradições, o compromisso com um conjunto de objetivos permanentes e a unidade de ação, que são imprescindíveis para o ganho sustentável e continuado de bem-estar, crescimento pessoal, riqueza e poder por parte das pessoas que as compõem.

A atomização dos indivíduos promovida pelas ideologias modernas (liberalismo, socialismo, e outros ismos), e patrocinada por dinastias como a dos Rockefellers, é essencial para manter o poder concentrado nas mãos de uns poucos, enquanto os demais vivem de modo desordenado, dominados por suas paixões carnais ou pelos modismos do dia; cada vez mais vulneráveis às mudanças sociais promovidas pelos revolucionários e pelos engenheiros sociais, cada vez mais dependentes da "generosidade" estatal, e cada vez mais dóceis à vontade dos poderosos. É por isso que quanto mais as famílias em geral são destruídas, mais as dinastias brigam pela preservação de suas próprias famílias, garantindo a elas a manutenção e a ampliação do seu poder ao longo dos séculos e por muitas e muitas gerações. Não há segredo. Famílias para os aristocratas, degeneração para o povão.
_____

P.S.: A imagem é meramente ilustrativa. Há uma série de outras famílias possíveis. Pensem, no contexto nacional, nas famílias Marinho, Civita, Frias, Setúbal, etc...

Postar um comentário

0 Comentários

Close Menu