A Ferrovia Norte-Sul, cujas obras estão em execução há uns 30 anos, vai ter a operação de um de seus trechos entregue à iniciativa supostamente privada neste ano. O trecho contemplado está sendo construído desde o primeiro governo Lula e AINDA não se encerrou, tem mais ou menos 1,5 mil quilômetros de extensão e vai de Porto Nacional-TO à Estrela d'Oeste-SP.
A grana despendida até agora para tornar esse sonho realidade (uns 6 bilhões de reais), pelo jeito, daria para construir outras 5 ferrovias, mas a concessão valerá apenas 1 bilhão de reais (a intenção inicial era fixar o preço mínimo em 1,5 bilhão), porque a empresa vencedora terá de finalizar a obra e promover outros caríssimos investimentos para finalizar o que já foi declarado finalizado... Isso aqui é Brasil, gente!
E quais são as grandes interessadas no negócio? Não são empresas privadas, mas sim as estatais chinesa (CCCC) e russa (RZD).
A Rússia disse que vem para meter o pé no peito da concorrência (leia-se, pagar altas propinas) para levar a ferrovia. A China aparentemente não está muito interessada, porque está envidando esforços (leia-se, pressionando o governo brasileiro a trabalhar) para construir uma ferrovia que liga o Atlântico ao Pacífico, via Peru, para ela fugir do controle dos ianques no Canal do Panamá.
Além disso, "luta" incessantemente para tornar realidade o Arco do Norte, que liga as produções agrícolas que estão em torno das BRs 163 e 364 aos portos do norte e sul/sudeste. Falando em portos, o de Paranaguá já passou para o glutão Estado da China, que agora têm controle sobre 90% da operação daquela bagaça (formalmente, o Estado do Paraná continua sendo o dono --vamos ver até quando).
Fico com a impressão de que a China faz o Brasil trabalhar.
A China está comprando o Brasil aos pedaços inteiros, sendo que o tiro de misericórdia em nossa autonomia alimentar será quando ela puder comprar terras agricultáveis com a proteção da lei brasileira, a qual está sendo gestada desde o gabinete presidencial.
O povo vai aplaudir, porque a cultura do "rouba, mas faz" é a autorização tácita de que dispõe a ladroagem para fazer as coisas acontecerem, não se importando com os meios.
A China com certeza vai fazer um trabalho melhor do que a burocracia brasileira, que serve apenas para nos roubar. Os lesados aos poucos vão achar lindo os carinhas de um estado do outro lado do mundo tomando conta de nossas águas, energia, comida e infraestrutura.
Possivelmente, os nossos melhores grãos de soja --aliás, deles-- serão separados para serem a comida dos porcos pertencentes ao estado chinês.
O cenário é desolador e sombrio. A depender da nossa velha elite, que nunca deixou de ser capacho de um órgão ou estado estrangeiro, nós, os brasileiros, e com tudo o que existir de interessante aqui, seremos vendidos baratinhos, baratinhos, como está sendo a Norte-Sul.
Nós fomos doutrinados na escola a entender que os EUA usam o seu entretenimento para vender o seu estilo de vida, o qual sofre alguma resistência dos lesados, mas quanto aos demais agentes de poder global, sobram silêncio ensurdecedor e/ou aplausos efusivos.
Quando nos dermos conta de que a China usa a economia para se expandir IMPERIALMENTE e que essa relação NÃO é APENAS econômica, será TARDE demais.
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