Trump aprova tarifas de US$ 50 bilhões sobre produtos chineses
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou na quinta-feira a imposição de tarifas no valor de US$ 50 bilhões aos produtos chineses, uma medida que ameaçava há meses e que Pequim prometeu responder, informou a imprensa americana.
O presidente tomou a decisão em reunião na Casa Branca com seu secretário de Comércio, Wilbur Ross; seu secretário do Tesouro, Steven Mnuchin; e responsável do Comércio Exterior, Robert Lighthizer.
Segundo os veículos de imprensa que vazaram a notícia citando fontes conhecedoras da decisão, a Casa Branca poderia anunciar nesta sexta as tarifas, que entrariam em vigor "em breve".
Trump avançou em março seus planos de impor as tarifas de US$ 50 bilhões aos chineses pelo déficit comercial de Washington em relação a Pequim, e iniciou desta forma um período de confronto comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O governo de Trump identificou cerca de 1,3 mil produtos chineses que planejava taxar em uma lista que incluía dispositivos de última geração das indústrias aeroespacial e robótica.
Estas tarifas seriam adicionadas àquelas já impostas por Trump em nível mundial as importações de aço (25%) e alumínio (10%).
A China, por sua vez, disse que responderia aos encargos de Washington com tarifas de 25% sobre um total de 106 produtos importados dos Estados Unidos, incluindo a soja, automóveis e aviões, no valor de US$ 50 bilhões.
TV norte-coreana mostra imagens inéditas da passagem de Kim em Singapura
A televisão da Coreia do Norte transmitiu uma ampla reportagem sobre a viagem do líder Kim Jong-un a Singapura para participar da cúpula da última terça-feira com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, onde aparecem imagens inéditas da histórica reunião.
O programa, transmitido na quinta-feira e com 42 minutos de duração, oferece detalhes que até agora não tinha sido divulgado como o deslocamento aéreo de Kim de Pyongyang até a cidade-estado, da sua estadia de três dias em Singapura e do seu esperado encontro com Trump, que foi o primeiro entre líderes dos dois países.
As imagens foram captadas por uma equipe da Televisão Central norte-coreana (KCTV) que viajou com o líder ao lado de sua ampla comitiva diplomática e de segurança, e começam com a partida de Kim do aeroporto de Pyongyang, de onde se despediu com uma cerimônia militar antes de embarcar em um Boeing 747 da Air China.
Kim aparece no interior da aeronave anteriormente utilizada por líderes do Partido Comunista chinês, para o qual o ditador tinha escolhido em detrimento de seu jato particular Ilyushin Il-62M, apelidado de "Air Force Um", que foi considerado como uma amostra da boa sintonia entre Pequim e Pyongyang.
Depois de chegar em Singapura, o vídeo enfatiza os inúmeros transeuntes e jornalistas que se reuniram nas ruas da cidade-estado para assistir a caravana de veículos que transportava a delegação norte-coreana, liderada pela limusine blindada de Kim.
As imagens também mostram o improvisado passeio noturno de Kim ao lado do chanceler e do primeiro-ministro de Singapura, Vivian Balakrishnan e Lee Hsien Loong, respectivamente, onde visitaram vários pontos turísticos como o luxuoso hotel Marina Bay Sands.
Kim aparece percorrendo o mirante localizado no terraço que une os três arranha-céus do hotel e passeando ao lado da piscina ao ar livre, enquanto os hóspedes assistem atônitos a visita do líder e tiram fotos com seus aparelhos de celular.
Após a chegada de Trump e Kim na última terça-feira, ao hotel Capella, na ilha de Sentosa e a pose juntos para os veículos de imprensa da histórica cúpula, as câmeras norte-coreanas captaram já no interior do imóvel o presidente americano devolvendo uma saudação militar a No Kwang-chol, novo ministro da Defesa do regime.
O gesto, que o protocolo militar contempla para países aliados ou amigos, gerou críticas em Washington, embora a Casa Branca defendeu que Trump devolvesse a saudação militar como "uma cortesia comum", disse a porta-voz, Sarah Huckabee, em declarações aos veículos de imprensa ontem.
Vários momentos das reuniões de trabalho entre os dois líderes e suas respectivas delegações também são mostrados, encontros nos quais pode ver Kim e Trump conversando e sorridentes, nos corredores do hotel ou durante o passeio pelo jardim do hotel.
A reportagem termina com a chegada do líder supremo a Pyongyang, onde foi recebido com outra cerimônia militar e uma ampla congregação de cidadãos com vestidos tradicionais norte-coreanos e bandeiras do país, algo habitual em desfiles e outros eventos significativos organizados pelo regime.
Brasil
Brasileira ex-esposa de ex-presidente de El Salvador é detida por corrupção
A polícia de El Salvador confirmou nesta terça-feira a detenção da ex-primeira-dama e atual titular da Secretaria de Inclusão Social (SIS), Vanda Pignato, por supostamente participar do desvio de mais de US$ 351 milhões durante o governo de seu ex-marido, Mauricio Funes (2009-2014).
Uma fonte da corporação policial informou que a detenção aconteceu na tarde de hoje em um hospital particular de San Salvador, onde Pignato, nascida no Brasil, está sob custódia policial.
A fonte, que não ofereceu mais detalhes, acrescentou que nas próximas horas a polícia notificará ao juizado respectivo sobre a detenção da funcionária, que enfrenta um câncer há mais de dois anos, motivo pelo qual se encontra hospitalizada e sob custódia policial.
O Quinto Juizado de Paz ordenou nesta segunda-feira a detenção de Pignato, apesar de o Ministério Público não ter solicitado a detenção da brasileira envolvida no caso Funes devido à sua condição de saúde.
O procurador-geral, Douglas Meléndez, informou no último dia 8 de junho que Pignato supostamente se beneficiou com mais de US$ 165.000 em depósitos em contas bancárias, pagamento de empréstimos e cartões de crédito, assim como com a compra de um veículo de luxo.
De acordo com Meléndez, Funes e o empresário Miguel Menéndez lideraram uma estrutura na Casa Presidencial com a qual subtraíram mais de US$ 351 milhões a oito contas particulares e das quais sacaram mais de US$ 292 milhões em dinheiro.
Funes é o terceiro presidente salvadorenho a ser acusado de desviar dinheiro público desde que o país passou a ser uma democracia.
Supremo proíbe condução coercitiva para interrogatório
Os magistrados julgaram duas ações que questionam as conduções coercitivas para interrogatório
Seis ministros votaram por proibir esse instrumento: Gilmar Mendes (relator), Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e Celso de Mello.
Cinco votaram pela legitimidade da medida: Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Os magistrados julgaram duas ações que questionam as conduções coercitivas para interrogatório. As ações foram ajuizadas pelo PT e pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que sustentam que a medida viola o direito dos suspeitos de permanecer em silêncio e de não se autoincriminar.
Desde dezembro passado, as conduções coercitivas para esse fim estão suspensas por uma liminar de Gilmar. Nesta quinta, a maioria dos ministros manteve a liminar e decidiu o mérito da questão, proibindo em definitivo que a polícia leve coercitivamente pessoas investigadas para depor.
Gilmar, Toffoli, Lewandowski e Marco Aurélio enfatizaram em seus votos um ponto em comum: que um sistema penal punitivista afeta também pessoas pobres, e não só políticos corruptos. "A legislação não se aplica somente àqueles envolvidos em possível prática de corrupção, não se aplica somente ao crime do colarinho branco. Não são apenas esses que são conduzidos [pela polícia]. São os envolvidos em geral em prática criminosa. Queremos no Brasil dias melhores? Queremos todos nós. Mas não podemos partir para o justiçamento, sob pena de não ter-se mais segurança jurídica, vivendo a sociedade a sobressaltos", disse Marco Aurélio.
Ao votar, Lewandowski louvou a "jurisprudência garantista" da corte e mencionou decisões recentes nesse sentido, como o habeas corpus que liberou da prisão mulheres grávidas que cometeram crimes de menor potencial ofensivo. "É chegado o momento em que o Supremo, na tutela da liberdade de locomoção, impeça interpretações criativas que atentem contra o direito fundamental de ir e vir e contra a garantia do contraditório, da ampla defesa e da não autoincriminação", afirmou Toffoli.
Na semana passada, quando o julgamento começou, Gilmar classificou as conduções coercitivas de "novo capítulo da espetacularização da investigação que ganhou força no país". "Combate à corrupção tem que ser feito nos termos estritos da lei. Quem defende direito alternativo para combate à corrupção já não está no Estado de direito", sustentou.
Vencidos
Moraes, Fachin, Barroso e Fux votaram pela legalidade do instrumento, ressaltando que deve ser garantido ao investigado o direito de ficar em silêncio e de ser assistido por seu advogado. O voto de Moraes foi mais restritivo. Para ele, a condução coercitiva para interrogatório só é permitida quando o investigado tiver sido intimado previamente e não tiver comparecido.
Já Fachin, Barroso e Fux admitiram essa hipótese e, além dela, que a condução pode ser empregada em substituição às prisões cautelares (temporária ou preventiva) -tipo de uso que foi comum nas operações da Lava Jato sob responsabilidade do juiz Sergio Moro. O argumento dos ministros era que, em benefício do suspeito, o juiz poderia trocar uma medida mais gravosa (prisão) por outra menos gravosa (condução) se entendesse ser suficiente para a investigação.
"Compreendo possível e constitucionalmente adequada a condução coercitiva [...] sempre que for em substituição a uma medida cautelar mais grave, como a prisão temporária ou preventiva, por conveniência da instrução penal", afirmou Fachin, relator da Lava Jato no STF, legitimando as práticas da operação.
Essa posição, contudo, foi vencida. Fachin e Barroso disseram, ao votar, que há um discurso corrente em prol da manutenção de um sistema penal leniente com crimes de colarinho branco que vem disfarçado de preocupação com os direitos dos mais pobres.
"Entendo ser o sistema criminal no Brasil notadamente injusto e desigual. Há rigor excessivo contra uma parcela desabastada da população e injustificada leniência quando criminosos estão às voltas com práticas de corrupção", declarou Fachin. O "surto de garantismo", na verdade, "é um mal revestido de bem", afirmou Barroso.
Agentes da Lava Jato dizem acreditar que, com o fim desse instrumento, o número de prisões temporárias deve aumentar.
Pernambuco
Polícia Civil deflagra operações contra quadrilhas em PE
Operações cumprem mandados no Recife e em cidades da Mata Norte e Sertão
Duas operações foram deflagradas pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (14) em Pernambuco. A primeira operação teve mandados cumpridos nas cidades do Recife, Carpina e Paudalho- estas últimas na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Já a segunda, ocorreu na cidade de Petrolina, no Sertão do Estado. As duas ações visavam associações criminosas suspeitas de homicídios e tráfico de drogas, sendo que a primeira delas, também é suspeita de associação para o tráfico de drogas, comércio de arma de fogo e munições e associação criminosa armada.
O chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle do Amaral, falou sobre a primeira operação, na qual foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva - sendo sete deles contra detentos, nas cidades do Recife, Carpina e Paudalho; e 13 mandados de busca e apreensão domiciliar. “Vários homicídios são atribuídos ao grupo e eles são motivados pelo tráfico de drogas. Hoje foram apreendidos cocaína, maconha e armas de fogo. A organização foi completamente desarticulada”, afirma.
A investigação começou em novembro de 2017 e foi nomeada como Intramuros. Na execução, foram empregados 80 policiais civis. Esta foi a 22ª operação de Repressão Qualificada do ano, vinculada à Diretoria do Interior I - DINTER1, sob a presidência da Delegada Bárbara Fort. Os presos e os materiais apreendidos foram encaminhados para sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, Zona Oeste do Recife.
Operação Desmonte II
A segunda operação, nomeada como Desmonte II, foi a segunda fase de uma investigação ocorrida em junho de 2017, na cidade de Petrolina, e prendeu uma organização criminosa atuante no tráfico de drogas e homicídios na cidade. Nessa nova fase da operação, o foco foi finalizar o trabalho e retirar das ruas os traficantes.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão domiciliar e três de prisão preventiva. A Delegacia de Homicídios também executou outros três mandados de prisão, fruto de relevante investigação para a cidade. A Operação Desmonte II já contava com outros três alvos presos por tráfico de drogas e outros delitos.
A ação é a a 23ª operação de Repressão Qualificada do ano e contou com a participação de 45 policiais civis, 20 policiais militares e 23 viaturas. Ela foi coordenada pelo Delegado Magno Neves, em parceria com a 12ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico- DPRN , coordenada pelo delegado Dark Blaker de Andrade. Os presos e os materiais apreendidos foram encaminhados para sede da 214ª Delegacia de Polícia de Petrolina.
PE tem queda de 22,49% no número de homicídios em maio de 2018
No mês passado, segundo a Secretaria de Defesa Social, o Estado contabilizou 355 assassinatos ao longo dos 31 dias de maio
Em maio de 2018, Pernambuco contabilizou 355 assassinatos ao longo dos 31 dias do mês. O número, segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), representa uma redução de 22,49% em relação a maio do ano passado, quando foram registrados 458 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs).
Abril e maio deste ano tiveram a menor incidência desse tipo de crime em 22 meses, perdendo apenas para julho de 2016 (com 346 mortes). Maio de 2018 foi ainda o sexto mês consecutivo em que os homicídios apresentaram queda quando levamos em consideração o mesmo mês de 2017.
No acumulado dos primeiros cinco meses de deste ano, a retração foi de 22,12% no comparativo com o mesmo período de 2017: caiu de 2.496 para 1.944 CVLIs. A queda se deu em todas as regiões do Estado e, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, 552 vidas foram poupadas.
Queda - Na análise da distribuição dos CVLIs, verificou-se retração em todas as regiões do Estado, no comparativo maio 2018/maio 2017: - 28% no Agreste (de 99 para 71), -24,54% no Sertão (57 para 43), -20% na Zona da Mata (115 contra 92) e -21,88% na Região Metropolitana do Recife (passou de 128 para 100). O Recife apresentou declínio de 16,95% (59 para 49). Quando levamos em consideração os 5 primeiros meses de 2018, em relação aos mesmo período de 2017, os homicídios continuam caindo em todo o território pernambucano: -26,35% no Agreste (foi de 554 para 408), -14,04% no Sertão (292 para 251), -20,25% na Zona da Mata e -19,97% na RMR. Nessa mesma metodologia, o Recife teve 29,11% menos CVLIs (371 para 263).
Homicídio zero - Segundo a SDS, dos 185 municípios pernambucanos, 95 não registraram CVLIs e outros 70 apresentaram queda na modalidade criminosa. No dia 2 de maio, não houve nenhum homicídio em toda a Região Metropolitana do Recife. O CVLI zero também se verificou em sete datas do mês de maio (dias 2,3,9,10,13,17 e 31) nas 61 cidades do Sertão cobertas pela Diretoria Integrada do Interior 2. Entre esses municípios, estão Petrolina, Salgueiro, Arcoverde, Serra Talhada, Afogados da Ingazeira, Ouricuri e Araripina.
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