Para o SLM na Política - Patrimônio alheio:

O post anterior referia-se ao mau populacho. Sim, sim, há esses em meio à gente boa resistente à voragem politiqueira. Por agora é momento de apresentar quem ainda pode estar usando um fogo com lenha de terceiros.

Uma vez ao ano, em visita à terra de meus avós, passeava pela cidade que residiam e quando alguém que não me conhecia, procurava informações a meu respeito, saber quem era, alguém próximo dizia: "É neto de S. Mané Pequeno". Pronto, a pessoa já sabia até o número da minha identidade: "Ah, já sei quem é você!".

A situação sempre me passou de maneira divertida, aquele imediato reconhecimento devido a outra pessoa, mesmo sem nada conhecer a meu respeito. Bom, eu sabia que não me conheciam, no entanto era uma maneira educada de referirem-se a mim: O neto de Mané Pequeno. As indicações foram boas, porém não era eu.

Claro que você, leitor, já constatou isso na olhadela acima. Continuo - isso nunca me foi prejudicial porque em nenhum momento precisei dessa perspectiva a qualquer pleito, não sou candidato nem a Presidente de Liga de Futebol de Botão, portanto a mim é inócuo, nesta perspectiva, ver-me em outro parente, não possuir identidade pessoal extensiva a demais.

Aí é que está: temos pré-candidatos, gestor cujos parentes antecessores foram tão significativos, que o peso do patrimônio (preste ou não) ainda é evidente. O atual gestor, Bruno Pereira, apesar de exercer um cargo proeminente, ainda está a reboque do pai e do avô; o deputado em busca da re-eleição na Alepe, Vinícius Labanca, semelhantemente, em visitas que tem feito, os mais velhos e mesmo os nem tanto citam mais o pai, como fiador político do filho; o Netinho Lapenda, pleiteando a Câmara Federal, tem, em conversas nos cantos que vai, a recordação do avô prefeito, já falecido. 

Em tempo: patrimônio de vida política, ações populares permanentes, produção e guarda dos ativos e passivos eleitorais junto às pessoas. Estes demoram e precisam de grande acúmulo.

Uma pergunta simples: Quando citados os nomes Pereira, Labanca e Lapenda, quem é mais lembrado? Avós, pais, filhos, netos? E reforço, não que os mais jovens não tenham produzido algo, mas é o senso de proporções e o "Recall" próprio que ainda necessitam de equilíbrio e soma. Por mais desejoso que almejem a memória celebrada dos anteriores, a atuação deve ser dos jovens senhores.

Hoje, após anos de falecimento do meu gentil avô, voltando à cidade que residiu, já sabem quem sou e o que faço. Não esqueceram do Mané e conhecem (bem) o neto.

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