Membro do Foro São Paulo, a vitória de Obrador no México foi recebida com entusiasmo por todos os partidos da organização, o que inclui vários partidos do Brasil, dentre os quais o PT, o PDT, o PSB e o PCdoB, todos com participação ativa no momento pré-eleitoral do nosso país.
Isso é significativo, já que o Brasil também atingiu a maior taxa de homicídio de sua história no ano passado. Na realidade, os 25.339 homicídios do México em 2017 se empalidecem diante dos nossos quase 70 mil homicídios anuais, um verdadeiro massacre da população.
Trazida à força para o centro do debate, por insistência do Deputado Jair Bolsonaro, a segurança pública que sempre foi negligenciada por aqui está recebendo uma atenção um pouco maior em 2018, com várias propostas que só agravariam ainda mais a situação.
Dentre os candidatos dos partidos ligados ao Foro, não é incomum a defesa de idéias similares às de Obrador; há flertes e até defesas abertas da legalização das drogas, o que provavelmente levaria à anistia de traficantes, e as críticas a um suposto punitivismo é onipresente.
Dentre os candidatos ligados a outras alas da esquerda, como a ecológica e a social-democrata, a conversa não muda muito e, há no máximo, a defesa de algumas medidas administrativas que, sozinhas, sequer tangenciam o problema e criam falsos bons resultados -- como os de SP.
O único conservador na disputa preconiza mais repressão ao crime, a adoção de punições mais duras e o resgate do direito à legítima defesa, propostas que são rejeitadas pelos especialistas de palanque, que aplaudem Obrador, mas apoiadas pelos agentes da segurança pública.
Diante disso, não é difícil concluir que nós temos duas alternativas em outubro: continuar caminhando junto com o México nas estatísticas ou oferecer um contraponto às políticas de Obrador, demonstrando em definitiva o melhor caminho para derrotar o crime e o banditismo.
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