Pedro Henrique Medeiros - Um ditador que escuta o povo?

Tô de olho em você que chama o Bolsonaro de ditador-radical-extremista-intolerante, que diz que o capitão não sabe dialogar, que fala que o Jair não vai conseguir governar o país. Mas tô vendo aqui que você não sabe o nome do vice do seu candidato do Centrão, e nem teve sua opinião ouvida no processo de formação da chapa do seu candidato de Esquerda.

Você que teve que aceitar qualquer um que o partido escolheu, baseado em negociações espúrias com corruptos de todos os tipos. Gente que você nunca viu, que você não sabe o que pensa, que você não sabe o que diz.

Enquanto isso, nós, os eleitores do Bolsonaro, dialogamos diretamente com o nosso canditado a presidente via redes sociais sobre cada etapa da campanha, da nossa campanha. Acompanhamos de perto cada passo, cada detalhe, cada movimento. Temos nossas vontades e nossos anseios condensados e traduzidos por intelectuais que expressam aquilo que o povo quer dizer, e não aquilo que organizações internacionais dizem ser o melhor para a gente.

Mesmo em tempos de fake news, de jornalistas que distorcem tudo o que dizemos e que inventam narrativas que não condizem com a realidade, tempo de agências de checagem que gastam recursos checando figuras de linguagem, ainda conseguimos mandar nosso recado, driblando a mídia mainstream e passando a bola embaixo das pernas do establishment.

Estamos aqui, todo os dias, mostrando nossas opiniões, expondo nossas preferências, expressando nossos contentamentos e descontentamentos, e vemos o nosso canditado a presidente prestar atenção a todas essas manifestações, reagindo e tomando decisões baseado na nossa opinião, opinião do povo, online, dialogando com a gente enquanto corta o cabelo numa live, ao vivo no Facebook, no Instagram, no Twitter, no YouTube, etc.

A candidatura do Bolsonaro está inaugurando uma nova forma de se fazer democracia no Brasil, e talvez seja algo que não encontra pararelo em lugar algum do mundo, utilizando a Internet como uma ferramenta de conexão direta entre cada eleitor e o político, seu representante no poder. Não é algo que é imposto de cima pra baixo, mas que vai se construindo de baixo pra cima.

Pode admitir, esquerdista. Eu sei que você sente inveja. Se não sente, é porque já perdeu a sua capacidade de pensar e fazer suas próprias escolhas. Saibam que seus políticos e intelectuais querem destruir essa conexão, porque acham que vocês são incapazes de dizer o que é melhor pra vocês, por isso tomam decisões sem lhes consultar. Então acordem enquanto é tempo, antes que regulem a Internet e acabem de vez a nossa liberdade.