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As investigações e as suspeitas de vínculos de políticos bolivianos com a corrupção praticada por construtoras brasileiras revelada pela Operação Lava Jato provocaram um bate-boca entre o presidente do país, Evo Morales, e o ex-presidente Carlos Mesa, que será candidato nas eleições de 2019.
Em um evento realizado na região amazônica de Beni, Morales acusou Mesa de tentar envolvê-lo no escândalo e exigiu que o opositor prove as acusações que fez nas próximas 24 horas. Caso contrário, o presidente quer uma retratação.
"Se ele não (apresentar provas), terá que lidar com as consequências. Que ele não se meta com o movimento indígena, com os movimentos sociais. Nós somos a reserva moral da sociedade", alfinetou o presidente boliviano.
Morales também chamou Mesa de "covarde e meliante" e reiterou que defenderá a dignidade dos movimentos sociais do país.
O ex-presidente publicou no Twitter uma resposta a Morales logo depois do evento realizado na região da Amazônia boliviana.
"Perguntei por que o (atual) governo não é incluído na investigação. Por acaso eles aceitaram propinas da Camargo (Côrrea) durante a gestão? O que não farei é me rebaixar ao nível dele, com insultos e acusações sem provas. Ele não é digno do cargo que ocupa", disse Mesa, que enfrentará Morales nas eleições presidenciais de 2019.
No caso da Bolívia, construtoras brasileiras como Camargo Côrrea e Odebrecht teriam pagado propina para funcionários do Serviço Rodoviário Nacional durante a gestão de Mesa (2003-2005).
À pedido de Morales, a Assembleia Legislativa da Bolívia, controlada pelo Movimento ao Socialismo (MAS), partido do presidente, formou uma comissão especial para investigar o esquema envolvendo as empreiteiras brasileiras e funcionários de empresas estatais do país.
O relatório da comissão, que será apresentado no plenário da Assembleia Legislativa amanhã, concluiu que três membros do governo da Bolívia são suspeitos de ter recebido propinas das construtoras durante a década de 2000.
Os nomes dos suspeitos não foram revelados, mas a comissão antecipou que essas pessoas trabalharam nos cargos de ministro, vice-ministro e gerente do Serviço Rodoviário Nacional durante os governos de Mesa (2003-2005), Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-1997 e 2002-2003) e Eduardo Rodríguez Veltzé (2005-2006).
Mesa enviou uma carta ao vice-presidente do país, Álvaro García Linera, que também presidente a Assembleia Legislativa, para pedir para se defender antes da apresentação do relatório.
República Tcheca rejeita Pacto Mundial da ONU para a Migração
O governo da República Tcheca anunciou nesta quarta-feira que não assinará o Pacto Mundial para a Migração da ONU, que deverá ser rubricado em dezembro no Marrocos por cerca de 190 países.
A emissora pública de televisão "CT24" afirmou que o governo do primeiro-ministro, o conservador Andrej Babis, alega que não vê refletidas suas reservas no documento das Nações Unidas, como a falta de distinção entre migração legal e ilegal.
A rejeição tcheca se une a de Estados Unidos, Hungria e Áustria, enquanto outros países, como Polônia, Austrália e Bulgária anunciaram também sua intenção de fazer o mesmo.
"As principais prioridades que a República Tcheca quis introduzir são a proclamada legalidade não vinculativa e a soberania do Estado para decidir quem e em que condições permitir a entrada (de migrantes) no seu território, segundo o direito nacional", destaca um documento elaborado pelo Ministério de Relações Exteriores tcheco.
Praga não vê no pacto "um tratamento distinto entre migração legal e ilegal", assim como uma "confirmação das obrigações dos países de origem de receber outra vez seus cidadãos".
Com este pacto global, negociado por cerca de 190 países, a ONU pretende solucionar a falta de uma visão global sobre a migração, algo que considera necessário para dar soluções a este fenômeno que vai além das fronteiras.
Há poucos dias, o próprio ministro de Relações Exteriores tcheco, Tomás Petricek, reconheceu que uma rejeição ao pacto poderia acabar isolando o país na comunidade internacional.
"Confio que seremos capazes, e isto é uma tarefa do governo, de defender a nossa posição (contrária ao pacto), de modo que nossos parceiros estrangeiros a entendam e que esta decisão não nos isole, já que 90% dos países aceitarão o documento", afirmou o ministro tcheco.
Venezuela, Moçambique e Cuba devem 459,2 milhões dólares ao BNDES em pagamentos atrasados, diz o Estadão.
Os empréstimos foram feitos quando Joaquim Levy, o novo presidente do banco, trabalhava para Lula, Dilma Rousseff e Sérgio Cabral.
Feliz 2019, Lula
Lula só vai ser condenado pela propina do sítio em Atibaia no ano que vem, depois do recesso, a partir de 8 de janeiro.
No mesmo período, ele deve ser condenado também pela propina do Instituto Lula.
Quem é Lula?
O interrogatório de Lula está marcado para as 14 horas.
Como ninguém mais se lembra dele, exceto Gleisi Hoffmann e Gilberto Carvalho, o fórum de Curitiba vai funcionar normalmente nesta quarta-feira.
As autoridades esperam muito menos manifestantes do que em depoimentos anteriores.
Operação Anjos da Lei ocorreu na terça-feira (13). Também foram presas 11 pessoas no Agreste e no Sertão de Pernambuco.
A Polícia Civil prendeu 18 pessoas em Pernambuco, nesta terça (13), na Operação Anjos da Lei, que investiga o tráfico de drogas próximo a escolas e foi deflagrada em todo o país. No estado, também foram presos suspeitos de crimes como corrupção de menores, casa de prostituição e rufianismo, que consiste na prática de obter lucro a partir da prostituição alheia.
Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de prisão e outras sete pessoas foram presas em flagrante em Pernambuco. Cinco prisões ocorreram no Recife, uma em Camaragibe, na Região Metropolitana, e outra aconteceu em São José da Coroa Grande, no Litoral Sul de Pernambuco.
Além disso, quatro pessoas foram presas no Sertão do estado — duas em Petrolina, uma em Araripina e uma em Custódia — e sete suspeitos foram detidos em Caruaru, no Agreste pernambucano. Na operação, atuaram 67 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, além de agentes da Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros Militar e Conselho Tutelar.
Ação em Caruaru
Em Caruaru, foram interditados seis locais onde, segundo a polícia, foram constatadas a exploração sexual de crianças, algumas com a permissão de seus responsáveis. Os menores de idade deixavam de frequentar escolas e faziam uso de drogas.
Os estabelecimentos estão localizados na Feira do Gado, realizada semanalmente no município. Sete pessoas foram presas em flagrante. Quatro crianças foram abrigadas pelo Conselho Tutelar, por estarem sem a presença do responsável e em local impróprio.
PM aposentado briga com motorista de ônibus e arma dispara no Grande Recife
Um policial militar aposentado e um motorista de ônibus foram levados à delegacia, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, após uma briga que teve disparos de arma de fogo, dentro do coletivo. A Polícia Civil ainda investiga se os tiros foram efetuados pelo policial, identificado como Manoel Lucas de Omena, ou se a arma disparou sozinha durante a briga.
O caso ocorreu por volta das 17h30 da segunda-feira (12), no bairro Muribara, e foi divulgado nesta terça-feira (13) pela polícia. Um dos tiros atingiu a camisa do motorista, que não teve o nome divulgado, e outro, a lataria do ônibus. A vítima não ficou ferida.
De acordo com a Polícia Civil, o desentendimento ocorreu após o PM aposentado perceber que havia embarcado na linha errada e ter pedido para que o motorista o deixasse descer do coletivo fora da parada de ônibus. O motorista informou que só poderia parar no local estabelecido e, assim, os dois começaram a discutir.
Os dois homens chegaram a se agredir fisicamente, até que houve os disparos de arma de fogo. A Polícia Militar (PM) foi acionada para a ocorrência e levou os dois envolvidos à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Lourenço da Mata.
Posteriormente, eles foram encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife, onde um inquérito policial foi instaurado para investigar se houve, ou não, tentativa de homicídio. A arma de Manoel Lucas foi apreendida e passa por perícia.
O G1 entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social para saber quais as penalidades possíveis ao policial e aguarda resposta.
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