Renato Rabelo |
Nas visitas do deputado federal João Campos (PSB-PE) e do senador Humberto Costa (PT-PE) a Afogados da Ingazeira, eu tive a oportunidade de perguntar aos dois sobre a seriedade da proposta. Ao primeiro, perguntei o que ele faria para evitar a fuga de milionários do país. Ao segundo, perguntei o porquê de o PT não ter cobrado as grandes empresas quando teve a chance. Os arrodeios sempre voltam para o mesmo argumento: se todos cobram, por que a gente não cobra também?
Pois bem, vamos analisar o caso concreto. É verdade que todos os países desenvolvidos cobram mais impostos dos mais ricos? A resposta é NÃO. Muitos países realmente estão cobrando impostos sobre a fortuna, mas a massiva fuga de empresas destes países para a China também é real. Donald Trump se elegeu prometendo combater esta fuga e a Alemanha já desistiu completamente de taxar os seus cidadãos mais bem sucedidos.
Agora vamos para a outra premissa. É verdade que nós, aqui no Brasil, não taxamos os mais ricos? A resposta também é NÃO. Nós JÁ TAXAMOS MAIS os ricos através de vários impostos, como o imposto de renda progressivo (IR), defendido por Karl Marx. O imposto sobre o consumo (ICMS), sobre o patrimônio (IPVA e IPTU), sobre a herança (ITCMD), e tantos outros, também já atingem em cheio os mais ricos e já tornam a permanência no Brasil um sacrifício patriótico. O imposto sobre dividendos e sobre grandes fortunas seriam mais dois ralos drenando tudo o que um empresário honesto ganha com dificuldade servindo esta terra socialista.
Não se enganem com a retórica de esquerda. Diante da derrota, a entrega do nosso país para a China é a cartada final dos revolucionários para se salvarem de um barco que está afundando rapidamente. E esta entrega acontece não só através da fuga de milionários como também com a tolerância ao dumping chinês. Mas este é um assunto para outro post.
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