Eduardo Vieira |
Quantas vezes falaram que seus filhos são desequilibrados?
Quantas vezes avisaram que o Moro vai sair do governo? Que o Guedes já não aguenta mais?
Nestes tempos de guerra de narrativas algumas explicações se fazem vitais para a compreensão das armadilhas e dos papéis reais dos atores no tabuleiro político.
A realidade demanda a existência de falhas. Eu tenho, você tem e evidentemente o governo Bolsonaro tem. Até aí estamos no óbvio. Mas quando uma verdadeira miríade de fontes (mídia, analistas, celebridades e seus vizinhos e parentes, repetindo dos anteriores) repete a mesma ladainha incessantemente é inevitável que negar essa onda de espantalhos se torne um fardo árduo demais.
A reação, mais cedo ou mais tarde, é de jogar a toalha. Usualmente aceita-se algum aspecto da narrativa como válvula de escape da pressão. Assim fica mais fácil lidar com a realidade. Uma vez aberta essa brecha entra o seguinte pensamento: "Mas se ao menos o Bolsonaro não dissesse tanta bobagem seria mais fácil apoiá-lo". E aqui está o supremo erro, ponto culminante dos pequenos erros em concessões anteriores. A aceitação da realidade criada pela mídia.
Vou descrever a realidade agora: o governo Bolsonaro é, de longe, o melhor das últimas decadas. Deixa no chinelo FHC, Lula, Dilma e as zebras anteriores que estão convidadas a debater com o MBL. Isso é um fato. Moro na Justiça, Guedes na Economia, Tarcísio asfaltando até a Lua, Weintraub, Araújo, Damares, Salles. É um dream team.
A lista de realizações desse ministério e, assim, do governo Bolsonaro, pois não existe um sem o outro, ao contrário do que sugere a narrativa bizarra vigente, é gigante. Vai de dezenas de obras de outros governo finalizadas até acordos bilionários de comércio, com cortes de impostos nunca vistos. Mas tudo isso mal aparece na mídia. Vamos analisar o porquê?
Basicamente porque o objetivo das críticas e ataques não é corrigir o governo (exceto uns poucos). O objetivo é derrubar o governo. Simples, de fato.
O que é colocado na mente cansada do apoiador do governo é que se a comunicação melhorasse a mídia não precisaria bater tanto. Absurdo completo. A mídia só bate tanto porque assim o deseja. Repito: no melhor governo das últimas décadas a mídia reclama como se estivéssemos sob Maduro (mas este ela elogia).
Por isso o título do texto. Esperar que os ataques diminuam equivale a esperar que o Inferno congele. Nossa realidade é de operar sob fogo feroz de bandidos apoiados pelo fogo feroz de amigos que não entenderam o que acontece. Isso vai durar por décadas. Repito: décadas. O efeito será reduzido gradualmente, com a velocidade dependendo da reação da direita, especialmente no campo midiático-cultural.
Então, meus amigos, lamento lhes dar essa dura notícia. A luta será essa por muitos longos anos. Enquanto isso a banda vai passando pois a realidade não se resume à essa guerra. Reformas acontecerão, melhorias serão implantadas, liberdades devolvidas. E as coisas vão melhorar muito.
Mas o Inferno, mesmo assim, não vai congelar.
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1 Comentários
Excelente!
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