Pela liberdade de imprensa, de pesquisa e de ensino.

Coronel Luiz Meira
O rei está nu.

Primeiramente gostaria de iniciar o texto lembrando que autonomia e autossuficiência andam juntas e que dependência política ou econômica geram ineficiências que podem ser grandes males na comunicação e no ensino e na pesquisa, em particular universitária. E nesse sentido gostaria de fazer um apelo a Dr. João Carlos Paes Mendonça, presidente do maior sistema de comunicação do nosso estado, reconhecidamente, um Pernambucano de coração, que não deixe o governo do estado impor a mordaça em seus blogs, jornais, TV e rádios sob a ameaça de não saldar a milionária dívida contraída com publicidade e propaganda governamental, um caso certo de dependência econômica. Não deixe esse governo sem escrúpulos arrastar esse sistema de comunicação tão arduamente construído para o mar de lama que hoje envolve o Palácio.

Tenho envidado esforços, no sentido de contribuir com a construção de um estado livre da ação nociva das práticas nefastas do Lulopetismo, que tal como metástase, ainda ataca órgãos vitais do Governo Federal em nosso estado. Entre idas e vindas à Brasília, venho conversando com Ministros, senadores, deputados e lideres do Governo federal, que se mostraram solidários ao meu desejo de transformar a educação em Pernambuco. Perante o exposto, tenho acumulado com farta documentação, onde são evidenciadas inúmeras fraudes dentro da UFPE, tais como:

• Fraude na formulação da listra tríplice para escolha do Reitor, fato este inclusive sob investigação do Ministério público Federal (oficio nº 3714/2019 – MPF).

• Superfaturamento de obras. Uma delas levou mais de dez anos para ser concluída e custou R$ 76,5 milhões (R$ 5.760,54 por m² construído) financiados pela Petrobrás, hoje não tem sequer verba para a manutenção dos elevadores (LITPEG).

Lamentavelmente tenho repassado essas informações e documentos para a imprensa local e tenho ouvido de todos a mesma justificativa: “Mas Coronel Meira, o senhor não sabe que aqui o PT e PSB andam de mãos dadas e estão comandando as universidades. Há meses que não recebemos do contrato de publicidade do Gov. do Estado, se publicarmos essa matéria não receberemos nem tão cedo”. Uma flagrante denúncia do mal-uso do poder na área de comunicação por grupos que se apoderaram do estado.
Esse tipo de interferência política é ainda mais nefasto quando se trata de uma universidade. Além de causar ineficiências claras na utilização do suado dinheiro público, como as citadas acima, distorce o critério meritório necessário de uma universidade. O resultado é visível na forma de fatos contra os quais não há como gerar distorções. Tomemos, por exemplo a reportagem recente publicada na coluna do Jamildo (http://bit.ly/2ZoS1PL).

ARTIGO ENVIADO PELOS PROFESSORES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Estranho a intervenção da professora Meunier à matéria na coluna Jamildo, onde o Coronel Meira externa sua insatisfação com certos desdobramentos das condutas adotadas pelas direções universitárias e da administração pública do passado recente que levaram a universidade federal de Pernambuco à posição caótica em que se encontra hoje. Há momentos em que se precisa fazer uma revisão de estratégia, sobretudo quando confrontados com resultados.

Estivesse a UFPE figurando entre as 200 universidades (pelo menos entre as 200) relacionadas no Lens Index publicado pela reconhecida revista científica internacional Nature, e talvez fosse uma questão de insistir um pouco mais no modelo e reclamações atuais. Mas não. Quando nos damos conta de que apenas uma universidade brasileira, a USP, aparece no Lens Index e mesmo assim na 192ª posição, uma vergonha para a oitava economia do mundo, é tempo de fazer uma revisão de modelo. E provavelmente de modelo para toda a universidade brasileira. Quando o Brasil cai da 64ª para a 66ª posição indicie de inovação global, é sinal de que seja lá o que estivemos fazendo em ensino, pesquisa e inovação no passado recente, não está dando certo, e tem que ser revisado. E é isso que tem sido proposto corajosamente pelo Coronel Meira e pelo novo governo federal.

Estivesse a UFPE navegando em águas profundas, sem problemas para pagar a conta de luz, sem problemas para ligar ar-condicionados, sem problemas de presença de pessoal, em particular pessoal médico, sem problemas para fazer uso das melhores tecnologias de pesquisa e ensino, sem problemas de pesquisas redundantes, sem falta de recursos para fazer a manutenção dos prédios, ou pior sem inaugurar projetos e prédios capazes de consumir de maneira no mínimo irresponsável e não meritória os já escassos recursos públicos, e talvez, ainda assim talvez, não devêssemos repensar o modelo de universidade.

Na academia, como em qualquer outra área é preciso se ter coragem para sair de posições confortáveis e acompanhar, ou de preferência estar à frente, das mudanças do mundo. Na própria UFPE, qualquer um que circule pode notar uma certa discrepância entre, por exemplo, o CCEN e o Centro de Educação ou de Saúde. Enquanto no CCEN se constroem prédios e projetos contando com parcerias com setor privado, como se faz nas grandes universidades do mundo, nos outros centros se assiste à destruição lenta (no mínimo por falta de manutenção) do patrimônio público. E essa constatação todos os pernambucanos pagadores de impostos estão convidados a fazer. Só não façam esse passeio de fiscalização dos gastos realizados com seu suado dinheiro a noite, porque a UFPE também enfrenta sérios problemas de segurança.

Se levar a universidade a esse estágio era o objetivo das últimas 3 décadas de administração federal e estadual, então o caos é sinônimo do sucesso das últimas 3 décadas de administração. Mas a maioria dos professores, estudantes, servidores e do povo contribuinte certamente não compactua com esse projeto socialmente suicida, como foi visto nas últimas eleições. E embora possam ter sido enganados com discursos vazios no passado, não podem mais ser enganados pelos resultados. Mas do alto de toda a montanha de títulos nem sempre significativos, as vezes fica difícil de vencer a vaidade acadêmica e gritar que o “rei está nu”. E para isso precisamos da humildade de reconhecer a verdade dos fatos, e é para isso que precisamos da voz e visão do Coronel Meira. Sobretudo numa economia globalizada, nosso benchmark tem que ser os melhores do mundo, porque embora incomode muitos, inclusive outros países, é lá nosso lugar. Chega de uma academia fechada que bate palmas para seus próprios membros, e de uma universidade que não otimiza o uso e retorno para a sociedade de cada centavo nela investido. E esse é o momento crítico em que um cidadão patriota grita que “O rei está nu".

O Coronel Luiz Meira foi pré-candidato a governador, em 2018.

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