Os que serão contados entre os heróis da luta pela integridade do Brasil:

Por Filipe G. Martins
A história ocidental está repleta de figuras como a de João da Áustria, filho ilegítimo do Imperador Carlos V, que venceu a decisiva batalha de Lepanto contra os muçulmanos que ameaçavam a Europa. 

A cultura ocidental, do mesmo modo, está repleta de lembretes de que os heróis não surgem prontos, trajando a armadura majestosa de quem foi preparado desde o berço para o heroísmo: quando os gigantes zombam de Israel, um jovem pastor de ovelhas o desafia; quando os grandes calam, as pedras clamam; quando os heróis se acovardam, os hobbits lutam.

Nossos heróis sempre foram erguidos dentre os mais desprezadas e achincalhados pelo sistema.

Não espanta, portanto, que diante de uma nova ameaça ao Ocidente, se levantem não os pomposos políticos republicanos ou os sábios clérigos católicos, mas o vulgar Donald Trump, o controverso Nigel Farage e o falastrão Matteo Salvini.

Não espanta também que, na hora mais difícil da nossa nação, ganhe força não um candidato que cita Russell Kirk ou que negue sua essência para seguir os maus conselhos de um marqueteiro, como alguns dos guardiões do conservadorismo gostariam, mas sim um político do baixo clero, sem dinheiro nem partido, sem marqueteiro nem tempo de TV, execrado pelas pessoas inteligentinhas por ser ele mesmo e se expressar de forma simples grosseira, mas munido de uma disposição única de derramar o seu sangue pela pátria.

O Brasil enfrenta uma ameaça real e não serão os intelectuais pomposos ou os políticos supostamente preparados que a derrotarão.

Eu sei que vocês se incomodam com a covardia dos que se calam; sei que muitos de vocês se indignam com as desculpas de quem só aceita ser governado por um Churchill; mas são vocês, e não eles, que serão contados como heróis desta luta pela alma e pela integridade do Brasil -- vocês e as senhorinhas do WhatsApp; vocês e a molecada dos memes; vocês e o povo sofrido do Brasil."

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