Para o SLM na Política - As opiniões e sua validade:

As verdadeiras são, as demais são só "agonias mentais". E, sim, vou "desenhar" nas próximas linhas.

Se você acredita que dar opinião é um direito maior que o dever de conhecer bem sobre o que fala, escreve, só será levado seriamente por descuidados ou criadores de chacota.

"Aquele que não dá o melhor de si para adquirir conhecimento e aprimorar-se intelectualmente não tem nenhum direito de opinar em público sobre o que quer que seja. Nem sua fé religiosa, nem suas virtudes morais, se existem, nem os cargos que porventura ocupe, nem o prestígio de que talvez desfrute em tais ou quais ambientes lhe conferem esse direito."

"O direito de cada um à atenção pública é proporcional ao seu esforço de dialogar com essa herança, de falar em nome dela e de lhe acrescentar, com as palavras que dirige à audiência, alguma contribuição significativa. O resto, por “bem-intencionado” que pareça, é presunção vaidosa e vigarice." 

"Respeitar uma opinião da qual discordamos só é possível em questões muito obscuras e difíceis -- por exemplo, o alcance ontológico da física quântica, ou as causas das mudanças climáticas -- nas quais, não sendo possível chegar a conclusões definitivas, temos de admitir que certas opiniões que nos parecem erradas podem ter sido úteis e valiosas na busca progressiva da verdade. Opiniões erradas dignas de respeito são comuns nas ciências e na filosofia. Mas, nas discussões populares, onde a maioria não busca a verdade e sim apenas a persuasão, nada disso é possível nem necessário. A afetação de respeito por qualquer imbecilidade que se pretenda contestar é um fingimento que só serve para tornar o debate mais confuso do que ele já é."

"Mas quais são as pessoas em que prestaremos atenção? Para mim o critério é o seguinte: só o conhecedor do status quaestionis tem o direito de opinar publicamente com alguma autoridade. Status quaestionis é o desenvolvimento histórico da questão discutida até o ponto em que o sujeito entrou na discussão. Se o sujeito não conhece o status quaestionis ele é um palpiteiro que entra numa festa e começa a dar palpites a esmo totalmente deslocados do contexto."

(OdeC)

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